O advogado de defesa do jovem, Pablo Canhadas, disse ao g1 que o rapaz ainda est\u00e1 muito abalado com a viol\u00eancia e precisou ser afastado das atividades militares desde o ocorrido. Segundo Canhadas, as agress\u00f5es duraram cerca de 30 minutos, com peda\u00e7os de ripa de madeira, remo de panela industrial e um cabo de vassoura, que teria sido quebrado na regi\u00e3o do \u00e2nus. (Veja abaixo os ferimentos causados pelas agress\u00f5es. As imagens s\u00e3o fortes). O jovem relatou que dois colegas o seguraram, enquanto o restante o agredia. “Neste momento, estamos trabalhando com o que chamo de ‘a\u00e7\u00e3o de conten\u00e7\u00e3o de \u00f4nus’, \u00e9 mais um acompanhamento de perto para defender que amanh\u00e3 ou depois n\u00e3o criem um arcabou\u00e7o para falar que o meu cliente foi o respons\u00e1vel pelo ato que sofreu dentro do Ex\u00e9rcito, para poder eximir a Uni\u00e3o de pagar uma indeniza\u00e7\u00e3o, de dar um suporte psicol\u00f3gico e psiqui\u00e1trico. Quem disse que amanh\u00e3 ele vai estar bem para seguir a vida? V\u00ea farda e j\u00e1 come\u00e7a a chorar”, disse o advogado. 13\u00ba Regimento de Cavalaria Mecanizada em Pirassununga \u2014 Foto: Rep\u00f3rter Naressi O caso foi registrado como les\u00e3o corporal no 1\u00ba Distrito Policial de Pirassununga. Mas, conforme apurou a reportagem, n\u00e3o haver\u00e1 investiga\u00e7\u00e3o da Pol\u00edcia Civil, apenas do Ex\u00e9rcito. Em nota, o Comando Militar do Sudeste informou que foi instaurado Inqu\u00e9rito Policial Militar para apurar a den\u00fancia e acrescentou que “o Ex\u00e9rcito Brasileiro n\u00e3o compactua com qualquer conduta il\u00edcita envolvendo seus integrantes”. Receio de denunciar De acordo com Canhadas, o jovem completou um ano na corpora\u00e7\u00e3o e via o servi\u00e7o militar com orgulho. “Estava virando a vida toda para o militarismo”, declarou. O advogado admitiu que, inicialmente, o soldado estava receoso em fazer a den\u00fancia, mas teria sido aconselhado por um familiar. “Ele \u00e9 uma pessoa simples, n\u00e3o tem capacidade de pagar m\u00e9dico, mora de aluguel. O medo dele era de denunciar, ser mandado embora e, no m\u00eas, que vem n\u00e3o ter dinheiro nem para o aluguel. S\u00f3 que o trauma, o impacto do que aconteceu foi muito grande. Ele est\u00e1 seguindo \u00e0 base de calmantes. Fisicamente, se n\u00e3o der nenhuma sequela, o tempo cura. Mas, psicologicamente, vai precisar de um trabalho grande.” Canhadas informou que o jovem vai passar por uma avalia\u00e7\u00e3o m\u00e9dica no 13\u00ba Regimento, na quinta-feira (23). “Vou estar com ele para saber se v\u00e3o revalidar o atestado do Pronto-Socorro e se v\u00e3o iniciar acompanhamento m\u00e9dico com ele. Todo ato externo precisa ser revalidado internamente”, explicou. VEJA IMAGENS DOS FERIMENTOS: Imagem mostra n\u00e1dega, perna e cotovelo de soldado ap\u00f3s agress\u00f5es em quartel do Ex\u00e9rcito em Pirassununga \u2014 Foto: Arquivo pessoal Relembre o caso De acordo com o boletim de ocorr\u00eancia, o militar estava organizando um espa\u00e7o com soldados, quando estes disseram que ele teria que limpar uma c\u00e2mara fria. O pr\u00e9dio do 13\u00ba Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Pirassununga \u2014 Foto: Jo\u00e3o Oliveira \/ For\u00e7a A\u00e9rea Brasileira Ainda segundo o boletim de ocorr\u00eancia, um cabo supostamente envolvido nas agress\u00f5es teria enviado uma mensagem ao militar dizendo que ele “estava mentindo e que iria prejudicar a todos\u201d. A v\u00edtima apresentou imagens das les\u00f5es sofridas e disse que passou por exame de corpo de delito, no Pronto-Socorro Municipal. O Ex\u00e9rcito informou que apura o caso. “Os envolvidos ser\u00e3o punidos e expulsos das fileiras do Ex\u00e9rcito. O Ex\u00e9rcito Brasileiro n\u00e3o compactua com qualquer conduta il\u00edcita envolvendo seus integrantes”, disse em nota. REVEJA V\u00cdDEOS DA EPTV: <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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