{"id":48298,"date":"2025-01-17T06:00:00","date_gmt":"2025-01-17T09:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/musa-nos-anos-1990-regininha-poltergeist-vende-empadinhas-na-rua-estou-em-paz-comigo\/"},"modified":"2025-01-17T06:00:00","modified_gmt":"2025-01-17T09:00:00","slug":"musa-nos-anos-1990-regininha-poltergeist-vende-empadinhas-na-rua-estou-em-paz-comigo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/musa-nos-anos-1990-regininha-poltergeist-vende-empadinhas-na-rua-estou-em-paz-comigo\/","title":{"rendered":"Musa nos anos 1990, Regininha Poltergeist vende empadinhas na rua: ‘Estou em paz comigo’"},"content":{"rendered":"
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Rio de Janeiro<\/strong> <\/p>\n

S\u00e3o 11 horas da manh\u00e3 de uma quarta-feira nublada no Rio de Janeiro. Regininha Poltergeist, 53, pega duas sacolas com tabuleiros, garrafas t\u00e9rmicas, guardanapos e talheres. Ela anda 600 metros da porta de casa at\u00e9 a Dias da Cruz, rua principal do M\u00e9ier, na zona norte da cidade, e come\u00e7a a colocar seus produtos em uma mesa de pl\u00e1stico levada um pouco mais cedo pelo pai, Nelson Soares. \u00c9 ali que ela exp\u00f5e suas empadas, docinhos e cafezinhos.<\/p>\n

S\u00edmbolo sexual nos anos 1990, Regininha vende salgados nas ruas para sobreviver h\u00e1 dois meses. Ela enfrenta dificuldades financeiras e procura, sem sucesso, emprego desde o in\u00edcio de 2022. Decidiu seguir o conselho de uma amiga para investir no pr\u00f3prio neg\u00f3cio.<\/p>\n

“Durante muitos anos, a minha m\u00e3e vendeu empadas e empad\u00f5es no bairro. Todo mundo a conhecia, e essa amiga me sugeriu fazer o mesmo. Peguei as receitas, lembrei como fazia e comecei. Estou bastante animada”, diz ao F5<\/strong>.<\/p>\n

Regininha acorda cedo para preparar os salgados. Procura fazer aproximadamente 30 empadas \u2014o carro-chefe de suas vendas\u2014, 30 brigadeiros e duas garrafas t\u00e9rmicas de caf\u00e9 para faturar entre R$ 150 e R$ 200 por dia. “Tem dado certo. Tiro um valor para comprar o material e o resto estou guardando”, conta ela, que cobra R$ 6 pelos salgados de carne, frango, queijo e palmito, e R$ 2 pelos brigadeiros e cafezinhos.<\/p>\n

A ex-modelo diz que tem recebido um bom feedback da clientela. “Sempre gostei de cozinhar e j\u00e1 trabalhei fazendo marmitas. \u00c9 a primeira vez que vendo empadas, e as pessoas est\u00e3o elogiando os meus salgados. Quem sabe daqui a algum tempo eu possa sair da rua e ir para uma loja comercial ou um shopping? Esse \u00e9 o plano”. Ela diz que n\u00e3o liga para coment\u00e1rios negativos sobre a sua atual condi\u00e7\u00e3o. “J\u00e1 debocharam de mim. Me chamaram de decadente, mas estou em paz comigo”.<\/p>\n

Ela conta ao F5<\/strong> que desistiu de trabalhar como massoterapeuta. “Estudei pouco, mas estava procurando me especializar mais. Gosto de fazer massagens, trabalhar com energias, mas ficou imposs\u00edvel. S\u00f3 os homens procuravam os meus servi\u00e7os e eles queriam sexo”, lamenta.<\/p>\n

“O pouco que estou ganhando agora ajuda na renda mensal minha e do meu pai. N\u00e3o d\u00e1 para muitos luxos, mas a minha consci\u00eancia est\u00e1 leve”, diz. O or\u00e7amento fica completo com os R$ 300 que recebe do programa Bolsa Fam\u00edlia e a aposentadoria do pai, um sal\u00e1rio m\u00ednimo.<\/p>\n

Regininha n\u00e3o se esquiva de falar sobre os dez dias de interna\u00e7\u00e3o no Instituto Municipal Philippe Pinel, unidade de emerg\u00eancia psiqui\u00e1trica localizada em Botafogo, zona sul do Rio, em agosto do ano passado. Ela relata que vinha fazendo tratamento em um Centro de Aten\u00e7\u00e3o Psicossocial (CAPS), em Engenho de Dentro, bairro vizinho do M\u00e9ier. “Recebi o diagn\u00f3stico de bipolar e estava tomando os rem\u00e9dios regularmente. S\u00f3 que fiquei agitada por alguns dias e do nada, fui internada. At\u00e9 hoje n\u00e3o sei direito”.<\/p>\n

Seu Nelson interrompe a entrevista e conta o que aconteceu. “Teve uma den\u00fancia de um surto psic\u00f3tico da Regina e a\u00ed veio uma decis\u00e3o da defensoria p\u00fablica. N\u00e3o sabemos quem fez a queixa”, diz. “Deve ter sido um dos nossos vizinhos. Eles me perseguem. Vivi um pesadelo durante a interna\u00e7\u00e3o. Passei muitos dias dormindo direto e tomando rem\u00e9dio. Gra\u00e7as a Deus, eu estou bem”, diz Regininha. “Sou da paz, sabe? Quero muito que esse neg\u00f3cio das empadas d\u00ea certo. Preciso de dias mais tranquilos”, conclui.<\/p>\n<\/p><\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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