{"id":48225,"date":"2025-01-16T11:59:00","date_gmt":"2025-01-16T14:59:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/louis-armstrong-a-lenda-do-jazz-e-do-blues\/"},"modified":"2025-01-16T11:59:00","modified_gmt":"2025-01-16T14:59:00","slug":"louis-armstrong-a-lenda-do-jazz-e-do-blues","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/louis-armstrong-a-lenda-do-jazz-e-do-blues\/","title":{"rendered":"Louis Armstrong: a lenda do jazz e do blues"},"content":{"rendered":"

A emiss\u00e3o \u201c\u00c1frica em Clave Cultural: personagens e eventos\u201d desta semana, foi dedicada \u00e0 lend\u00e1ria figura do jazz, dos Estados Unidos, Louis Armstrong. Para al\u00e9m disso, inclui informa\u00e7\u00f5es sobre a participa\u00e7\u00e3o de quatro cineastas dos PALOP, com filmes em competi\u00e7\u00e3o, no FESPACO 2025; sobre a nomea\u00e7\u00e3o da primeira mulher africana como curadora da Bienal de Veneza 2026, na pessoa da camarunesa, Koyo Kouoh; e ainda sobre o Circo \u00c1frica que est\u00e1 a atuar em Roma at\u00e9 2 de fevereiro de 2025. Dulce Ara\u00fajo – Vatican News Para muitos, pode parecer sup\u00e9rfluo falar de Louis Armstrong, figura sobejamente conhecida no mundo da arte musical, particularmente do jazz. Mas, nunca \u00e9 demais visitar o seu percurso e apreciar a sua voz singular e o seu talento de trompetista, sem deixar de lado o seu ativismo pelos direitos civis nos Estados Unidos do seu tempo. Foi o que fizemos juntamente com o Filinto El\u00edsio, poeta, ensa\u00edsta, editor (Rosa de Porcelana Editora) que oferece esta cr\u00f3nica intitulada:\u00a0 Louis Armstrong: a lenda do jazz e do blues O trompetista e cantor norte-americano\u00a0Louis Armstrong confunde-se com a pr\u00f3pria m\u00fasica jazz e tamb\u00e9m do blues! N\u00e3o apenas por ter sido um dos pioneiros do jazz, mas sobretudo por ter estado presente em toda a evolu\u00e7\u00e3o deste\u00a0g\u00e9nero, dos anos 20 aos anos 70, do s\u00e9culo passado. Para al\u00e9m da m\u00fasica, ele foi um ativista pelos direitos civis da popula\u00e7\u00e3o negra norte-americana, sendo emblem\u00e1ticos o seu posicionamento em prol da\u00a0integra\u00e7\u00e3o de estudantes negros, no caso\u00a0Little Rock Central High School\u00a0e as suas doa\u00e7\u00f5es para as causas do Reverendo Marting Luther King, Jr. Nasceu em Nova Orle\u00e3es, no estado de Louisiana, em 4 de agosto de 1901. Louis foi criado apenas pela m\u00e3e, Mayann, que enfrentava s\u00e9rias dificuldades financeiras para manter a casa sozinha, tendo de trabalhar como prostituta.\u00a0 Em 1912, aos 11 anos de idade, foi preso por disparar uma arma durante as festas do Ano Novo. Encaminhado para uma Casa de Corre\u00e7\u00e3o, Louis aprendeu a tocar corneta e teve a oportunidade de desenvolver seus dons musicais, logo tornando-se o l\u00edder da banda da escola.\u00a0 Com 14 anos, ap\u00f3s sair do reformat\u00f3rio, passou a tocar nas bandas de jazz e nas grandes barcas do rio Mississipi. Durante o dia trabalhava vendendo pap\u00e9is velhos, carregando peso nas docas e vendendo carv\u00e3o. A viv\u00eancia musical de Louis nesta \u00e9poca, fez com que ele decidisse seguir a carreira de m\u00fasico profissional, tendo como mentor Joe King Oliver, que era considerado um dos melhores cornetistas da cidade e o convidou para tocar em sua banda em Chicago.\u00a0 Nos primeiros anos da d\u00e9cada de 20, Louis gravou alguns \u00e1lbuns com Oliver, em um dueto de cornetas. Depois disso, mudou-se para Nova York e se juntou \u00e0 orquestra do pianista Fletcher Henderson, mas a parceria n\u00e3o durou muito tempo e Louis retornou para Chicago, passando a integrar o grupo\u00a0Dreamland Syncopators, que marca sua troca de instrumento, deixando a corneta e assumindo o trompete. Os anos seguintes foram de grande destaque na carreira de Armstrong. Ele coordenou diversas grava\u00e7\u00f5es em est\u00fadio, com os grupos\u00a0Hot Five\u00a0e\u00a0Hot Sevens, e os discos gravados nessa \u00e9poca s\u00e3o considerados at\u00e9 hoje os mais influentes de Louis para o jazz. Com solos improvisados no trompete e vocais expressivos com a inova\u00e7\u00e3o do\u00a0scat, Armstrong atingiu grande popularidade, levando o m\u00fasico a muitos tours internacionais. Seguindo nesta crescente, na d\u00e9cada de 30 e com a populariza\u00e7\u00e3o do r\u00e1dio, Armstrong chegou para todos os ouvintes e fez diversas apari\u00e7\u00f5es nos cinemas em filmes musicais.\u00a0 No final dos anos 40 e com o fim da era das\u00a0big bands, Louis passou a liderar um grupo pequeno chamado\u00a0Louis Armstrong and His All Stars, com quem\u00a0gravou sucessos da m\u00fasica pop e se lan\u00e7ou num\u00a0tour pela Europa. O\u00a0Louis Armstrong and His All Stars\u00a0teve diversas forma\u00e7\u00f5es, mas foi o principal grupo de Louis at\u00e9 o fim de sua vida. Aos 63 anos Armstrong recebeu seu primeiro Grammy na categoria de\u00a0Melhor Desempenho Vocal Masculino, pela m\u00fasica\u00a0Hello, Dolly!, que atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso. Poucos anos depois, lan\u00e7ou a can\u00e7\u00e3o\u00a0What a Wonderful World,\u00a0com sua interpreta\u00e7\u00e3o, tornou-se um grande sucesso mundial. Em 1972, ganhou mais um Grammy pelo conjunto da obra. Entre os cl\u00e1ssicos de Louis Armstrong destacam-se as m\u00fasicas\u00a0La Vie Em Rose, Moon River, A Kiss to Build a Dream On, Saint Louis Blues, entre outras.\u00a0Colaborou com v\u00e1rios artistas do jazz e de outros g\u00e9neros, como os duetos sublimes com\u00a0Ella Fitzgerald e Mahalia Jackson. Faleceu em Nova Iorque, no dia 6 de julho de 1971.\u00a0Marcou, como ningu\u00e9m, com o seu virtuosismo no trompete e a sua voz de bar\u00edtono,\u00a0o panorama discogr\u00e1fico e o espet\u00e1culo da m\u00fasica contempor\u00e2nea. FESPACO 2025 Cineastas dos PALOP na 29\u00aa edi\u00e7\u00e3o do FESPACO 2025 O cineasta guineense, Sana Na N\u2019hada, \u00e9 um dos quatro cineastas de pa\u00edses africanos de express\u00e3o oficial portuguesa (PALOP), selecionados para o FESPACO deste ano. Ele vai apresentar o filme \u201cNome\u201d. Os outros tr\u00eas cineastas s\u00e3o Denise Fernandes, com a longa-metragem Hanami; Welket Bungu\u00e9 com o document\u00e1rio, \u201cLatitude F\u00e9nix\u201d; e Inadelso Cossa, com o document\u00e1rio As Noites Ainda Cheiram a P\u00f3lvora. Os quatro filmes fazem parte dos 235 filmes selecionados em diversas categorias, de um total de 1.351 candidaturas, oriundas de 48 nacionalidades, desde a \u00c1frica ao Caribe. A 29\u00aa edi\u00e7\u00e3o do FESPACO, o maior Festival de Cinema e Televis\u00e3o da \u00c1frica, vai ter lugar de 22 de fevereiro a 1 de mar\u00e7o de 2025, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso. Segundo o jornal on line, Bantuman, Alex Moussa Sawadogo, Delegado Geral do FESPACO, descreveu, em confer\u00eancia de imprensa, esta edi\u00e7\u00e3o como uma colheita cinematogr\u00e1fica desafiadora, e destacou que h\u00e1 v\u00e1rias estreias de produ\u00e7\u00f5es africanas. \u201cEsta \u00e9 uma das raras ocasi\u00f5es em que tantos filmes foram selecionados em todo o continente africano. Estamos muito orgulhosos desta sele\u00e7\u00e3o com muitas estreias mundiais. S\u00e3o filmes que refletem a din\u00e2mica da produ\u00e7\u00e3o africana, o esp\u00edrito de criatividade dos nossos realizadores. Isto mostra a import\u00e2ncia do FESPACO no leque de festivais\u201d – afirmou. Bantuman faz ainda saber que o documento oficial do FESPACO detalha todos os filmes selecionados. O filme \u201cNome\u201d, de Sana Na N’hada (Guin\u00e9-Bissau), e Hanami, de Denise Fernandes (Cabo Verde), est\u00e3o na disputa pelo Yennenga Gold Standard (o principal pr\u00e9mio) na categoria de longas-metragens de fic\u00e7\u00e3o com mais 15 filmes de pa\u00edses diferentes. As Noites Ainda Cheiram a P\u00f3lvora, de Inadelso Cossa (Mo\u00e7ambique) concorre na categoria de Document\u00e1rio de Longa-Metragem com mais 14 filmes, e Latitude F\u00e9nix, de Welket Bungu\u00e9 (Guin\u00e9-Bissau), na categoria Diversidades. O Festival Pan-Africano de Cinema e Televis\u00e3o de Ouagadougou, FESPACO, \u00e9 uma das principais celebra\u00e7\u00f5es de cinema do continente africano. Criado em 1969, o evento bienal \u00e9 organizado pela Delega\u00e7\u00e3o Geral do FESPACO, destacando-se como um dos poucos festivais de cinema patrocinados pelo Estado que ainda subsistem a n\u00edvel global – sublinha Bantuman. \u00c9 uma aposta do Burkina-Faso na cultura da \u00c1frica como perno de desenvolvimento assente nas identidades culturais do continente. Ali\u00e1s, o lema deste ano \u00e9 \u201cCinemas da \u00c1frica e identidades culturais\u201d.\u00a0 Koyo Kouoh – Curadora da Bienal de Veneza 2026 Koyo Kouoh, nomeada Curadora da Bienal das Artes de Veneza 2026 A camaronesa Koyo Kouoh vai ser a curadora art\u00edstica da Bienal Internacional de Artes de Veneza 2026. Foi nomeada a 5 de novembro passado pelo Conselho da Dire\u00e7\u00e3o do Festival sob proposta do Presidente Pietrangelo Buttafuoco. De 57 anos de idade, Koyo Kouoh \u00e9, desde 2019, Diretora Executiva e Curadora Chefe do Museu Zeitz de Arte Contempor\u00e2nea Africana, o maior deste g\u00e9nero em \u00c1frica, com sede na Cidade do Cabo (\u00c1frica do Sul). J\u00e1 foi, entre diversas outras fun\u00e7\u00f5es e iniciativas de relevo, Diretora art\u00edstica fundadora da Raw Material Company, um centro para a arte, o conhecimento e a sociedade, em Dakar; e em 2020 recebeu o Grande Pr\u00e9mio Meret Oppenheim, prestigioso galard\u00e3o su\u00ed\u00e7o que reconhece sucessos no campo das artes, arquitetura, cr\u00edtica e exposi\u00e7\u00f5es. Ela vive e trabalha entre a \u00c1frica do Sul, o Senegal e a Su\u00ed\u00e7a. Ao comentar a nomea\u00e7\u00e3o de Koyo Kuoh para Curadora art\u00edstica do sector das Artes visivas com o encargo de curar a 61\u00aa Exposi\u00e7\u00e3o Internacional de Arte de 2026, o Presidente da Bienal de Veneza, Pietrangelo Buttafuoco, sublinhou que isto \u00e9 a confirma\u00e7\u00e3o da voca\u00e7\u00e3o dessa bienal: ser a casa do futuro, a casa que sabe acolher os olhares novos. Por seu lado, comentando a sua nomea\u00e7\u00e3o, Koyo Kuoh disse que a Exposi\u00e7\u00e3o Internacional de Arte da Bienal de Veneza \u00e9, h\u00e1 mais de um s\u00e9culo, o centro de gravidade da arte. \u00c9, por conseguinte, uma honra e um privil\u00e9gio – afirmou – seguir as pegadas dos seus predecessores nesta fun\u00e7\u00e3o e criar uma mostra – espera – que possa ter significado para o mundo em que vivemos e que queremos construir. Os artistas – continuou – s\u00e3o vision\u00e1rios e cientistas sociais que nos permitem refletir e projetar de forma \u00fanica. Ela manifestou tamb\u00e9m a sua gratid\u00e3o ao Presidente Buttafuoco por lhe ter confiado esta miss\u00e3o t\u00e3o importante e diz n\u00e3o ver a hora de trabalhar com toda a equipa – l\u00ea-se no site da Bienal. Esta \u00e9 a primeira vez, na hist\u00f3ria da Bienal de Arte de Veneza que uma mulher africana \u00e9 escolhida como Diretora do Sector Artes Visivas da Bienal, com o prestigioso encargo da curadoria da 61\u00aa (sexag\u00e9sima primeira) Exposi\u00e7\u00e3o Internacional de Arte para 2026. Trata-se, por conseguinte, duma nomea\u00e7\u00e3o importante e hist\u00f3rica – sublinham v\u00e1rias fontes de informa\u00e7\u00e3o. A hist\u00f3ria pessoal desta curadora – escreve a revista italiana \u201cAfrica\u201d, est\u00e1 relacionada com os Camar\u00f5es, onde nasceu, e a Su\u00ed\u00e7a, onde cresceu e estudou Economia empresarial, antes de se especializar em Gest\u00e3o Cultural, na Fran\u00e7a. Ela fala franc\u00eas, alem\u00e3o, ingl\u00eas e italiano. N\u00e3o resta que acompanhar a Bienal de Veneza para ver o toque pessoal que ela dar\u00e1 \u00e0 sua curadoria.\u00a0 Circo Africano atua em Roma Circo Africano em Roma at\u00e9 2 de fevereiro de 2025\u00a0 Em Roma, est\u00e1 a decorrer, desde 19 de dezembro de 2024, exibi\u00e7\u00f5es do m\u00e1gico mundo do Circo Africano que se prolongar\u00e1 at\u00e9 2 de fevereiro 2025. \u00c9 no ex-Velodromo de Eur (Via Oceano Pacifico 162) e \u00e9 a primeira vez que se exibe em It\u00e1lia. Trata-se dos melhores talentos provenientes de diversos pa\u00edses africanos. Um espet\u00e1culo com a curadoria de Zoppis Show Productions, que disse querer encantar o p\u00fablico com cores, m\u00fasicas e espet\u00e1culos contagiantes. Uma imers\u00e3o nas artes performativas africanas em todas as suas vertentes. S\u00e3o, segundo a revista \u00c1frica, mais de cinquenta artistas formados em escolas circenses e provenientes Eti\u00f3pia, Tanz\u00e2nia, Tun\u00edsia, Marrocos, Qu\u00e9nia, Egipto, Senegal, \u00c1frica do Sul, celebrando a diversidade art\u00edstico-cultural do continente. \u00a0N\u00famero e performances que j\u00e1 foram exibidos em prestigiosos festivais em v\u00e1rias partes do mundo e que n\u00e3o envolvem animais. Acrobacia, malabarismos, contor\u00e7\u00f5es e dan\u00e7as se entrela\u00e7am com melodias entusiasmantes de lendas da m\u00fasica africana Fela Kuti, Miriam Makeba, Youssou N\u2019Dour, abrilhantadas com a participa\u00e7\u00e3o de \u00edcones internacionais da m\u00fasica como Gloria Gaynor, Bob Marley, Shakira, Stevie Wonder e Le Chi. A m\u00fasica ao vivo d\u00e1 o ritmo aos acrobatas, saltadores e malabaristas extraordin\u00e1rios. A n\u00e3o perder, segundo a revista \u201c\u00c1frica\u201d, os saltadores et\u00edopes e os atletas de basquete acrob\u00e1ticos quenianos. Non faltar\u00e3o emo\u00e7\u00f5es, exibi\u00e7\u00f5es a\u00e9reas e performance de dan\u00e7a que v\u00e3o da tradi\u00e7\u00e3o \u00e0 modernidade, tudo enriquecido com uma incr\u00edvel fus\u00e3o de luzes, cenografias 3D e um jogo vis\u00edvel de tirar o f\u00f4lego – nota ainda a revista \u201c\u00c1frica\u201d.\u00a0 Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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