{"id":47365,"date":"2025-01-08T13:22:00","date_gmt":"2025-01-08T16:22:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/dom-oriolo-a-percepcao-de-deus-no-mundo-digital\/"},"modified":"2025-01-08T13:22:00","modified_gmt":"2025-01-08T16:22:00","slug":"dom-oriolo-a-percepcao-de-deus-no-mundo-digital","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/dom-oriolo-a-percepcao-de-deus-no-mundo-digital\/","title":{"rendered":"Dom Oriolo: A percep\u00e7\u00e3o de Deus no mundo digital"},"content":{"rendered":"

Estamos vivendo numa gal\u00e1xia digital, as pessoas cada vez mais conectadas. A sociedade em transforma\u00e7\u00e3o \u00e9 marcada pelo consumo massivo de conte\u00fados digitais. V\u00eddeos, podcasts, blogs, e-books, infogr\u00e1ficos, games e redes sociais est\u00e3o influenciando nossas opini\u00f5es, decis\u00f5es e nos conectando com pessoas do mundo inteiro. Dom Edson Oriolo – Bispo da Igreja Particular de Leopoldina MG Nos \u00faltimos anos, a paisagem urbana transformou-se radicalmente. Andando pelas ruas, seja em grandes metr\u00f3poles, seja em pequenas cidades, somos testemunhas de uma realidade cada vez mais solit\u00e1ria: pessoas imersas em seus smartphones e em seus tabletes, com os olhos fixos nas telas luminosas. Em transportes p\u00fablicos, escolas, parques, ou simplesmente caminhando pelas cal\u00e7adas, a conex\u00e3o constante com o mundo virtual parece ter substitu\u00eddo o di\u00e1logo face a face. A aten\u00e7\u00e3o, antes direcionada aos amigos, familiares e desconhecidos ao redor, agora se concentra em notifica\u00e7\u00f5es, mensagens e conte\u00fados on-line em seus ecr\u00e3s virtuais. Um verdadeiro sil\u00eancio pelo encantamento pelos ecr\u00e3s. Estamos vivendo numa gal\u00e1xia digital, as pessoas cada vez mais conectadas. A sociedade em transforma\u00e7\u00e3o \u00e9 marcada pelo consumo massivo de conte\u00fados digitais. V\u00eddeos, podcasts, blogs, e-books, infogr\u00e1ficos, games e redes sociais est\u00e3o influenciando nossas opini\u00f5es, decis\u00f5es e nos conectando com pessoas do mundo inteiro. Essa revolu\u00e7\u00e3o digital trouxe in\u00fameras possibilidades, mas tamb\u00e9m novos desafios, como a grande dificuldade de explorar as potencialidades do nosso c\u00e9rebro. O mundo digital, com informa\u00e7\u00f5es acess\u00edveis a um clique, vem transformando radicalmente a forma como nos relacionamos com o conhecimento. Antes, memoriz\u00e1vamos n\u00fameros de telefone, placas de carros, n\u00fameros de resid\u00eancias, endere\u00e7os e rotas, exercitando nossa mem\u00f3ria e aten\u00e7\u00e3o. Hoje, o Google e aplicativos especializados nos fornecem essas informa\u00e7\u00f5es instantaneamente. Essa depend\u00eancia tecnol\u00f3gica, embora conveniente, tem um lado estranho: estamos perdendo a capacidade de guardar informa\u00e7\u00f5es e de desenvolver estrat\u00e9gias para encontrar solu\u00e7\u00f5es por conta pr\u00f3pria. A facilidade em encontrar tudo on-line est\u00e1 atrofiando nossa capacidade cognitiva e nos tornando cada vez mais dependentes de dispositivos. A cada ano, o Dicion\u00e1rio Oxford elege uma palavra ou express\u00e3o, que sintetiza os acontecimentos e as tend\u00eancias culturais dos dozes meses anteriores. Em 2024, a escolha recaiu sobre o termo brain rot, uma express\u00e3o mencionada pelo autor Henry David Thoreau, em seu cl\u00e1ssico: \u201cA Vida nos Bosques\u201d. Com essa escolha, o dicion\u00e1rio busca destacar a crescente tend\u00eancia da sociedade contempor\u00e2nea de privilegiar informa\u00e7\u00f5es simples e superficiais, em detrimento de an\u00e1lises mais profundas e complexas. A express\u00e3o brain rot serve como um alerta para a necessidade de resgatar o pensamento cr\u00edtico e a valoriza\u00e7\u00e3o do aprofundamento, numa sociedade cada vez mais dominada pela cultura da rapidez e do instant\u00e2neo. A express\u00e3o brain rot reflete uma profunda mudan\u00e7a na forma como vivemos e interagimos com o mundo. A constante exposi\u00e7\u00e3o a est\u00edmulos digitais, a press\u00e3o por produtividade e a fragmenta\u00e7\u00e3o da aten\u00e7\u00e3o t\u00eam levado muitas pessoas a experimentarem um estado de fadiga mental cr\u00f4nica. A popularidade desse termo evidencia a necessidade de repensarmos nossas rela\u00e7\u00f5es com a tecnologia e de buscarmos um equil\u00edbrio entre o mundo on-line e o mundo off-line. A busca por estrat\u00e9gias para combater o brain rot n\u00e3o \u00e9 apenas uma quest\u00e3o individual, mas tamb\u00e9m um desafio coletivo que exige a cria\u00e7\u00e3o de ambientes mais prop\u00edcios \u00e0 concentra\u00e7\u00e3o e ao bem-estar mental. A era digital, com seu mar de informa\u00e7\u00f5es instant\u00e2neas e superficiais, moldou um novo h\u00e1bito: a compuls\u00e3o por estar conectado. A necessidade constante de consumir v\u00eddeos, fotos e mensagens em um ritmo fren\u00e9tico est\u00e1 deteriorando nossa capacidade de concentra\u00e7\u00e3o e aten\u00e7\u00e3o. O termo brain rot \u00a0(c\u00e9rebro podre) resume bem essa realidade: ao inundarmos nossos c\u00e9rebros com est\u00edmulos constantes, comprometemos nossa capacidade de pensar de forma cr\u00edtica e de apreciar a complexidade do mundo. No entanto, em um mundo que celebra a cultura brain rot, a teografia \u00e9 um exerc\u00edcio que consiste em percebermos \u201ca escrita de Deus no nosso caminhar, ao longo da vida. S\u00e3o as marcas que Deus deixa em nosso cora\u00e7\u00e3o\u201d, na nossa hist\u00f3ria pessoal. \u00c9 um convite \u00e0 profundidade e \u00e0 contempla\u00e7\u00e3o. Ao buscar as marcas de Deus em nossa vida, estamos, em ess\u00eancia, resistindo \u00e0 tend\u00eancia de simplificar e banalizar a experi\u00eancia humana. A teografia nos convida a desacelerar, a prestar aten\u00e7\u00e3o aos detalhes e a cultivar uma rela\u00e7\u00e3o mais \u00edntima com o divino. Ao perceber a a\u00e7\u00e3o de Deus em nossas vidas, podemos encontrar a for\u00e7a e a esperan\u00e7a necess\u00e1rias para enfrentar os desafios do mundo digital. Destarte, diante da crescente influ\u00eancia digital e da cultura do brain rot, a teografia emerge como luz de esperan\u00e7a. Ao buscarmos a presen\u00e7a divina em nossas vidas, cultivamos a capacidade de transcender as distra\u00e7\u00f5es e encontrar um prop\u00f3sito mais profundo. O encontro com o divino nos convida a desacelerar, a contemplar a natureza, a fortalecer os la\u00e7os humanos e a nos conectarmos com algo maior do que n\u00f3s mesmos. Ao equilibrar a vida on-line e a vida espiritual, podemos encontrar a paz interior e contribuir para a constru\u00e7\u00e3o de um mundo mais humano e compassivo. \u201cOh! Qu\u00e3o bom e qu\u00e3o agrad\u00e1vel habitar todos juntos, como irm\u00e3os!\u201d(Sl 133,1). Concluindo, a teografia, ao dialogar com o mundo digital, nos convida a uma busca mais profunda pelas marcas de Deus em nossas vidas. Ao identificarmos as ‘pegadas divinas’ nas diversas plataformas e intera\u00e7\u00f5es, estamos, na verdade, aprofundando a compreens\u00e3o sobre a a\u00e7\u00e3o de Deus na vida das pessoas. A tecnologia, embora desafie nossos paradigmas teol\u00f3gicos, tamb\u00e9m nos oferece novas ferramentas para experimentar a f\u00e9 e fortalecer a rela\u00e7\u00e3o com o transcendente. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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