{"id":47081,"date":"2025-01-05T14:47:00","date_gmt":"2025-01-05T17:47:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/museu-a-ceu-aberto-dos-irmaos-campana-leva-arte-para-a-capital-da-aventura-no-interior-de-sp\/"},"modified":"2025-01-05T14:47:00","modified_gmt":"2025-01-05T17:47:00","slug":"museu-a-ceu-aberto-dos-irmaos-campana-leva-arte-para-a-capital-da-aventura-no-interior-de-sp","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/museu-a-ceu-aberto-dos-irmaos-campana-leva-arte-para-a-capital-da-aventura-no-interior-de-sp\/","title":{"rendered":"Museu a c\u00e9u aberto dos Irm\u00e3os Campana leva arte para a capital da aventura no interior de SP"},"content":{"rendered":"

O parque, que ocupa o s\u00edtio de 52 hectares da fam\u00edlia, come\u00e7ou a receber visitas em novembro e integra arte, educa\u00e7\u00e3o e natureza (veja v\u00eddeo abaixo). Parque \u00e9 inaugurado em s\u00edtio dos irm\u00e3os Campana em Brotas \u201cEu e Fernando herdamos isso h\u00e1 25 anos. Naquela \u00e9poca, a gente n\u00e3o tinha consci\u00eancia de fazer isso, mas a gente sempre quis preservar, a gente arrendou para gado para ningu\u00e9m invadir e plantamos 16 mil mudas de \u00e1rvores para trazer os animais. A gente queria um lugar de prote\u00e7\u00e3o dos animais que n\u00e3o tem mais aqui na regi\u00e3o, morreram todos\u201d, diz Humberto. O mandacaru usado para cercar um dos pavilh\u00f5es remonta \u00e0 cerca do vizinho da casa da fam\u00edlia na cidade, o bambuzal que serve de base para outro espa\u00e7o remete a uma grande touceira da planta na qual Humberto brincava de circo, na inf\u00e2ncia. O tanque de areia da escola que os irm\u00e3os estudaram tamb\u00e9m est\u00e1 presente no parque. Humberto Campana em um dos pavilh\u00f5es criados por ele para o parque em seu s\u00edtio em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 Os pavilh\u00f5es t\u00eam nomes de pessoas importantes na vida dos irm\u00e3os. O pavilh\u00e3o Alberto, \u00e9 uma homenagem ao pai e faz refer\u00eancia a um presente que ele deu a Humberto. \u201cQuando Bras\u00edlia foi inaugurada anos 60, o padre da cidade pediu a meu pai, que era artes\u00e3o – al\u00e9m de ser agr\u00f4nomo – para ele desenhar uma catedral e meu pai fez uma r\u00e9plica perfeita da catedral do Niemeyer. Quanto terminou a prociss\u00e3o, ele a deu de presente para mim. S\u00e3o mem\u00f3rias afetivas\u201d, conta o designer. Integra\u00e7\u00e3o com a natureza Humberto Campana em um dos pavilh\u00f5es criados por ele para a galeria a c\u00e9u aberto em seu s\u00edtio em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 Os espa\u00e7os s\u00e3o feitos com materiais naturais existentes no pr\u00f3prio s\u00edtio, como bambu, eucalipto, mandacaru, palha e agave, em harmonia com a paisagem ao redor. \u201cComecei a fazer pavilh\u00f5es de plantas vivas, elas v\u00e3o crescer e criar arquitetura, aplicando o que \u00e9 meu conhecimento na carreira de design. Eu ampliei o m\u00f3vel para as pessoas entrarem nele, penetrarem. \u00c9 um espa\u00e7o de cura do esp\u00edrito, que \u00e9 um convite \u00e0s pessoas tirarem o sapato em alguns pavilh\u00f5es, sentirem a \u00e1gua, a areia o perfume das plantas, \u00e9 um lugar de sil\u00eancio, \u00e9 um lugar de respeito e se sentir conectado com a terra, com planeta e consigo pr\u00f3prio\u201d, diz Humberto. Cadeira “vermelha”, cria\u00e7\u00e3o dos irm\u00e3os Campana \u2014 Foto: Divulga\u00e7\u00e3o O designer que criou algumas das cadeiras mais famosas do mundo e j\u00e1 teve uma delas leiloada por US$ 44,1 mil, desenvolveu bancos de pedra e cadeira com \u00e1rvores mortas no meio da natureza. \u201cFoi tudo at\u00e9 agora do meu bolso, mas foi legal porque a escassez te faz ser criativo. Eu fiz tanta cadeira do nada, de pl\u00e1stico bolha, com peda\u00e7os de madeira, qualquer material barato e aplicar isso aqui foi uma coisa muito legal porque \u00e9 um exerc\u00edcio de observa\u00e7\u00e3o, voc\u00ea vai criar um pavilh\u00e3o na natureza, voc\u00ea tem que respeitar lugar, n\u00e3o pode poluir.\u201d Parque Campana, em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 A quantidade de pavilh\u00f5es \u2013 12, oito deles j\u00e1 em exposi\u00e7\u00e3o e quatro j\u00e1 projetados, remete ao n\u00famero de cidades etruscas na It\u00e1lia, local de origem da fam\u00edlia de Campana e tamb\u00e9m o primeiro pa\u00eds em que os irm\u00e3os designers fizeram sucesso. \u201cUm dia eu tive um sonho, eu sou muito intuitivo. Sonhei que eu tinha que fazer uma conex\u00e3o entre a It\u00e1lia e o Brasil, mas eu n\u00e3o fui nos romanos eu fui na Etr\u00faria (atualmente a regi\u00e3o da Toscana), nos etruscos que \u00e9 o in\u00edcio, o Pr\u00e9-Romano. Minha fam\u00edlia dos dois lados veio da It\u00e1lia, e falei vou fazer 12 pavilh\u00f5es que me conectem com a minha origem, de onde eu vim”, diz Humberto. Presen\u00e7a de Fernando A ideia da cria\u00e7\u00e3o do parque surgiu durante a pausa for\u00e7ada causada pela pandemia. \u201cN\u00f3s \u00e9ramos n\u00f4mades, viaj\u00e1vamos uma vez a tr\u00eas vezes por m\u00eas para o exterior, aquela loucura. Teve a pandemia e todo mundo ficou preso em S\u00e3o Paulo, em suas casas, e a\u00ed eu falei \u2018eu vou para Brotas\u2019. Eu comecei a ficar aqui, vinha para o s\u00edtio e deu um estalo. Eu dei aula no mundo inteiro, eu e o Fernando, workshops e palestras. Por que eu n\u00e3o posso fazer uma coisa assim na minha cidade para minha comunidade? Eu acho que essa regi\u00e3o \u00e9 muito carente de arte, n\u00e3o tem um lugar que fala e que contamina as pessoas com arte e com educa\u00e7\u00e3o ambiental”, afirma Humberto. Fernando chegou a participar da concep\u00e7\u00e3o de alguns pavilh\u00f5es e ap\u00f3s sua morte, Humberto deu continuidade ao projeto sozinho, mas a presen\u00e7a do irm\u00e3o ainda permanece em tudo o que \u00e9 feito. \u201cA gente \u00e0s vezes acha que supera, mas n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil. Desde que cheguei aqui sinto que Fernando est\u00e1 muito pr\u00f3ximo de mim. Hoje eu fui \u00e0 casa dele – fazia tempo que n\u00e3o ia – pegar flores no jardim dele e levei ao cemit\u00e9rio e entrei em contato com ele. Ele est\u00e1 me inspirando muito, eu sonho muito com ele, ele indica as coisas no sonhos, o que eu tenho que fazer. Por exemplo, l\u00e1 embaixo tem um pavilh\u00e3o de tijolo. No dia que ele faleceu l\u00e1 em S\u00e3o Paulo, eu achei uma mudinha de figueira \u2013 o ficus – ao lado do est\u00fadio. Falam que o Buda nasceu embaixo de um ficus. Eu peguei aquilo, puxei, consegui trazer com a raiz e plantei num vasinho. Um dia, eu tive um sonho com ele pedindo: \u2018planta a figueira l\u00e1’ e eu plantei.\u201d Figueira plantada em homenagem a Fernando Campana, no Parque Campana, em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 A morte de Fernando mudou o processo criativo de Humberto que, por mais de tr\u00eas d\u00e9cadas, teve a parceria do irm\u00e3o. \u201cPara n\u00e3o sofrer, para n\u00e3o me abalar e parar de criar, eu ganhei garras, porque quando se trabalha em dupla voc\u00ea meio que fica pregui\u00e7oso para certos servi\u00e7os e deixa para aquela pessoa que sabe fazer bem aquilo. Hoje, eu tenho que fazer tudo. Eu afiei minhas garras no sentido de n\u00e3o ter tempo, eu estou muito criativo. Aqui [no s\u00edtio] abriu um portal, eu crio demais. Eu tenho uma velocidade de fazer coisas, eu sei que eu vou embora logo, estou com 72 anos, ent\u00e3o, meu tempo aqui j\u00e1 escasso, depois da morte do meu irm\u00e3o, eu sinto essa urg\u00eancia.” Pegada na sustentabilidade e no social Parque Campana, em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 Al\u00e9m de art\u00edstico, o Parque Campana foi criado para ser um espa\u00e7o de aprendizado e conscientiza\u00e7\u00e3o ambiental. Situado em uma \u00e1rea de transi\u00e7\u00e3o entre a Mata Atl\u00e2ntica e o Cerrado, carrega o compromisso com a restaura\u00e7\u00e3o ambiental e a preserva\u00e7\u00e3o dos biomas locais. As visitas ser\u00e3o guiadas e os visitantes ter\u00e3o a oportunidade de participar de uma atividade educativa opcional, com foco em conceitos de preserva\u00e7\u00e3o ambiental e t\u00e9cnicas manuais. O parque ser\u00e1 palco de um projeto pioneiro de pesquisa da USP voltado para a recupera\u00e7\u00e3o da paisagem natural. Pastagens degradadas ser\u00e3o transformadas em florestas e sistemas agr\u00edcolas sustent\u00e1veis, ecologicamente equilibrados e multifuncionais. Em uma segunda etapa do projeto, o parque abrigar\u00e1 um caf\u00e9, que dever\u00e1 servir pratos com produtos que ser\u00e3o produzidos no pr\u00f3prio parque, e um museu com uma sele\u00e7\u00e3o especial das mais de seis mil pe\u00e7as do acervo do Instituto Campana, que incluem obras de design reconhecidas mundialmente. Pavilh\u00e3o Alberto, no Parque Campana, em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 Humberto tamb\u00e9m quer abrir o espa\u00e7o para cursos tem\u00e1ticos e oficinas de artesanato como cestaria, recuperando algumas tradi\u00e7\u00f5es da cidade, e para cursos e ambienta\u00e7\u00f5es de arte. \u201cEu quero trazer tudo isso, recuperar tradi\u00e7\u00f5es que est\u00e3o morrendo. Eu vou fazer os 12 de pavilh\u00f5es que eu acho que eles t\u00eam que serem feitos por mim, alguns Fernando participou, mas depois eu quero instala\u00e7\u00f5es de amigos e colegas, ter um lugar para trazer resid\u00eancia de designers aqui para projetar com o que tem\u201d, diz. Um caipira na Louis Vitton A cria\u00e7\u00e3o do parque marca uma retomada de Humberto com Brotas, cidade em que iniciou seu processo criativo, mesmo sem saber disso. Crian\u00e7a t\u00edmida, com ideias progressistas demais para a cidade pequena, come\u00e7ou a criar um mundo pr\u00f3prio, cheio de imagina\u00e7\u00e3o. \u201cEu n\u00e3o tinha amigos, ficava plantando \u00e1rvores, lendo livros e sozinho, ent\u00e3o eu comecei a criar meu mundo, eu que fazia meus brinquedos, queria ser \u00edndio, andava descal\u00e7o, fazia casas em \u00e1rvores, eu plantava, eu fazia jardins zool\u00f3gicos\u201d, conta. Humberto Campana em um dos pavilh\u00f5es do parque que ele criou em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 Uma das poucas coisas que despertava a sua aten\u00e7\u00e3o na cidade eram os filmes que eram exibidos no Cine S\u00e3o Jos\u00e9. \u201cOs filmes vinham em latas de trem de S\u00e3o Paulo. O dono desse cinema, Jos\u00e9 Perricelli, era um homem culto, ent\u00e3o ele trazia ‘Teorema’, ‘Barbarella’, chanchadas, Dercy Gon\u00e7alves, Mazzaroppi. Tinha censura naquela \u00e9poca e ele deixava eu e o Fernando entrar, ent\u00e3o vi tudo. A gente ia \u00e0 tarde, depois tentava imitar o cen\u00e1rio que a gente via de filme de Tarzan de da \u00c1frica, adorava filme da \u00c1frica, da Amaz\u00f4nia porque era a \u00fanica forma de eu me sentir protegido, acolhido. O cinema me acolheu aqui”, lembra. O mundo particular criado na inf\u00e2ncia foi a base da criatividade que colocou Humberto, juntamente com o irm\u00e3o Fernando, na vanguarda do design mundial. Os \u201cIrm\u00e3os Campana\u201d s\u00e3o uns dos poucos profissionais brasileiros com pe\u00e7as no acervo do MoMA, em Nova Iorque, al\u00e9m de fazerem parceria com grandes marcas do design mundial. O parque foi aberto oficialmente no final de outubro, uma semana ap\u00f3s a exposi\u00e7\u00e3o da Louis Vuitton em celebra\u00e7\u00e3o aos 40 anos do Est\u00fadio Campana e colabora\u00e7\u00e3o dos irm\u00e3os brasileiros para maison e \u00e9 uma retomada \u00e0 cidade que oferecendo pouco, despertou muito. “Com 72 anos, acho que \u00e9 amadureci, mas n\u00e3o perdi aquela crian\u00e7a. Eu tenho orgulho de ainda ter isso, aquele caipira que pode estar na Louis Vitton, na Fran\u00e7a, como aqui ou na Favela do Moinho. Eu consigo hoje circular em v\u00e1rios locais que eu n\u00e3o conseguia quando era crian\u00e7a. Uma vez, eu li num lugar alguma coisa budista que \u201ca vida \u00e9 um circulo que a gente sempre retoma, no final da vida a gente volta onde nasceu’ e eu falei: ‘jamais vou voltar para Brotas’ e agora eu estou aqui paguei a l\u00edngua e meu futuro \u00e9 esse projeto, \u00e9 o meu sonho de doar. A vida me deu muita coisa e o que eu quero \u00e9 ser criativo, honesto e \u00e9tico.” Servi\u00e7o e ingressos Parque Campana, em Brotas \u2014 Foto: Fabiana Assis\/g1 O Parque Campana ser\u00e1 aberto ao p\u00fablico na \u00faltima sexta-feira e s\u00e1bado de cada m\u00eas, exceto feriados, com ingressos limitados a 30 pessoas por per\u00edodo, garantindo uma experi\u00eancia exclusiva e tranquila aos visitantes. Cada ingresso d\u00e1 direito a uma visita guiada de uma hora e uma atividade educativa de 30 minutos, totalizando duas horas de imers\u00e3o no ambiente art\u00edstico e natural do parque. Cada ingresso d\u00e1 direito a uma visita guiada de uma hora (obrigat\u00f3ria) + atividade educativa de 30 minutos (opcional). O per\u00edodo de visita\u00e7\u00e3o \u00e9 de 2 horas no total. Os ingressos podem ser adquiridos exclusivamente pelo site oficial: Inteira – R$ 50 Meia-entrada – R$ 25Crian\u00e7as de at\u00e9 5 anos, idosos (acima de 65 anos) e grupos de escolas p\u00fablicas – entrada gratuita. H\u00e1 estacionamento no local, com 20 vagas dispon\u00edveis para carros e motos (R$ 20) e vans ou micro\u00f4nibus (R$ 25), que podem ser reservadas no ato da compra do ingresso. A localiza\u00e7\u00e3o pode ser facilmente encontrada pelo Google Maps ou Waze, buscando por “S\u00edtio Taquaral, Brotas”. Veja os v\u00eddeos da EPTV Central <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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