{"id":47016,"date":"2025-01-04T08:00:00","date_gmt":"2025-01-04T11:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/nicole-kidman-conta-o-que-a-atraiu-em-babygirl-exploracao-feminina-da-sexualidade\/"},"modified":"2025-01-04T08:00:00","modified_gmt":"2025-01-04T11:00:00","slug":"nicole-kidman-conta-o-que-a-atraiu-em-babygirl-exploracao-feminina-da-sexualidade","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/nicole-kidman-conta-o-que-a-atraiu-em-babygirl-exploracao-feminina-da-sexualidade\/","title":{"rendered":"Nicole Kidman conta o que a atraiu em ‘Babygirl’: ‘Explora\u00e7\u00e3o feminina da sexualidade’"},"content":{"rendered":"

S\u00e3o Paulo Com uma carreira consolidada em Hollywood, Nicole Kidman, 57, pode escolher o que quer (e, principalmente, o que n\u00e3o quer) fazer na frente das c\u00e2meras. \u00c9 por isso que muita gente se espantou com uma de suas escolhas mais recentes: o thriller er\u00f3tico “Babygirl”, que estreia no dia 9 nos cinemas brasileiros. No filme, a atriz interpreta a executiva Romy, que tem uma vida de comercial de margarina, mas bota tudo em risco quando come\u00e7a a ter um caso com Samuel (Harris Dickinson), o novo estagi\u00e1rio da empresa. A diretora Halina Reijn n\u00e3o economiza nas cenas de sexo e nudez, deixando sua estrela completamente vulner\u00e1vel em muitos momentos. Pois foi justamente essa perspectiva que atraiu a atriz para o projeto. “Eu apenas senti que era uma \u00e1rea que eu nunca havia explorado”, conta ela em bate-papo com a imprensa internacional, do qual o F5 participou. “Lembra esse g\u00eanero de thriller dos anos 1990, mas \u00e9 uma explora\u00e7\u00e3o feminina da sexualidade, dos desejos e de si mesma.” Ela define a jornada como uma “montanha-russa” e diz que todo o processo de filmagens foi muito r\u00e1pido, em parte porque as grava\u00e7\u00f5es foram em Nova York, o que encareceu bastante o projeto. Para economizar, o escrit\u00f3rio do est\u00fadio foi usado como o de sua personagem. “\u00c9 o que chamamos de baixo or\u00e7amento”, ri. “Tivemos tempo antes de come\u00e7ar, mas uma vez que est\u00e1vamos filmando, era como um trem de carga”, compara a atriz. “Est\u00e1vamos completamente imersos, o que de certa forma ajudou, porque tira muito do excesso de pensamento. E \u00e9 um filme muito visceral.” Kidman diz que se sentiu segura para filmar momentos como um em que aparece se masturbando e a j\u00e1 cl\u00e1ssica sequ\u00eancia em fica de quatro no ch\u00e3o para beber leite em um pires. Essa confian\u00e7a, afirma, veio tanto do parceiro de cena e da condu\u00e7\u00e3o da diretora. “\u00c9 um espa\u00e7o muito sagrado”, comenta sobre o set fechado em que s\u00f3 estavam as pessoas que realmente precisavam estar ali. “E, uma vez que voc\u00ea diz ao outro ator ‘estamos juntos nisso’, \u00e9 inviol\u00e1vel. N\u00f3s discutimos tudo com o que nos sent\u00edamos confort\u00e1veis ou desconfort\u00e1veis. Fomos bastante abertos.” Sobre Harris Dickinson, disse que os dois tiveram uma \u00f3tima rela\u00e7\u00e3o desde o momento em que se conheceram. “Eu me senti incrivelmente confort\u00e1vel porque ele \u00e9 um cavalheiro”, elogiou. “E ele est\u00e1 muito ciente de cuidar de voc\u00ea, sabe?”Kidman conta que a experi\u00eancia de ter uma mulher \u00e0 frente dos trabalhos fez muita diferen\u00e7a. “J\u00e1 fiz filmes que lidaram com sexualidade, mas eu nunca tinha feito um com uma [diretora] mulher”, conta, lembrando que Reijn, al\u00e9m de tudo, tamb\u00e9m era a autora do projeto e j\u00e1 foi atriz, o que facilitava o entendimento de v\u00e1rios processos. “Ela entendia todos n\u00f3s e tamb\u00e9m estava disposta a reescrever ou mudar coisas conforme necess\u00e1rio”, afirma. “E ela estava bem ali, no meio de tudo, conosco o tempo todo, o que acho que tornou tudo muito, muito claro. As motiva\u00e7\u00f5es eram claras e o que est\u00e1vamos tentando alcan\u00e7ar era muito claro.” “Foi um lugar realmente incomum para mim, porque eu fiz muitos filmes, mas nunca fiz nada assim”, resume. “E eu provavelmente s\u00f3 faria isso com uma mulher no comando.” No bate-papo, Kidman tamb\u00e9m destacou o papel do diretor de fotografia Jasper Wolf, que “era capaz de meio que se mover conosco muito rapidamente”. “Houve momentos em que est\u00e1vamos fazendo cenas muito \u00edntimas, e a c\u00e2mera estava bem aqui”, diz, aproximando a m\u00e3o do rosto. “Como t\u00ednhamos constru\u00eddo uma rela\u00e7\u00e3o e um entendimento t\u00e3o bons, eu nem percebia a c\u00e2mera.” Isso s\u00f3 ficou claro para ela quando assistiu ao material finalizado. “Metade do tempo, eu n\u00e3o percebi o que est\u00e1vamos filmando, o que \u00e9 \u00f3timo”, afirma. “Quando vi o filme pela primeira vez, fiquei tipo: ‘Uau!’.” DESTRUI\u00c7\u00c3O COMPLETA A atriz tamb\u00e9m comentou o que leva Romy, uma mulher que aparentemente tem tudo, a entrar nessa aventura que pode arruin\u00e1-la em mais de um sentido. “O filme \u00e9 tamb\u00e9m sobre a crise existencial de uma pessoa que est\u00e1 lutando com o fato de que alcan\u00e7ou praticamente tudo o que quer alcan\u00e7ar na carreira”, avalia. “Estou desempenhando todos os meus pap\u00e9is perfeitamente: tenho filhos, tenho um marido, tenho um lindo apartamento em Nova York, tenho tudo… mas sinto que h\u00e1 uma inquieta\u00e7\u00e3o”, continua. “Acho que isso \u00e9 muito relacion\u00e1vel para muitas pessoas.” De repente, ela v\u00ea em Samuel uma v\u00e1lvula de escape para tudo isso. “Voc\u00ea pode dizer que ele \u00e9 um anjo, voc\u00ea pode dizer que ele \u00e9 o diabo, voc\u00ea pode dizer o que quiser… Mas ele tem essas qualidades que est\u00e3o l\u00e1 para perturbar. E elas perturbam”, comenta. “Mas isso porque h\u00e1 uma disposi\u00e7\u00e3o dela para ser perturbada.” Para a atriz, a partir desse encontro, d\u00e1-se “uma explora\u00e7\u00e3o que eu n\u00e3o vi de uma mulher na tela”. Romy passa a jogar luz sobre \u00e1reas obscuras dentro dela pr\u00f3pria e a se questionar coisas como: “Quem sou eu? O que sou eu? O que eu realmente quero? Eu quero me sabotar? O que eu desejo? O que me excita? O que n\u00e3o me excita?”. “\u00c9 um constante empurra e puxa em seu estado psicol\u00f3gico, a ponto de ela ser atra\u00edda para a destrui\u00e7\u00e3o completa”, diz. “\u00c9 como se, para se encontrar, ela precisasse quase perder tudo e ter algu\u00e9m segurando tudo o que ela possui na palma da m\u00e3o, e ocorre que esse algu\u00e9m \u00e9 esse jovem.” Kidman define “Babygirl” como “um filme sobre prazer”. Para ela, inclusive, o longa n\u00e3o teria as mesmas nuances se tivesse outras pessoas por detr\u00e1s. “Ele tem essa textura muito forte que n\u00e3o vejo uma americana escrevendo”, afirma. “Ele s\u00f3 tem isso por causa do background de Halina [que \u00e9 holandesa], por causa de onde ela vem, de sua capacidade de ver a sexualidade de uma maneira diferente, acho que vem de uma perspectiva muito europeia.” Ela adverte que nem todas as cenas de sexo s\u00e3o exatamente agrad\u00e1veis de se assistir. “Voc\u00ea deve se sentir desconfort\u00e1vel \u00e0s vezes, porque esse \u00e9 meio que o ponto”, adianta. “Voc\u00ea deve rir. Voc\u00ea deve pensar. H\u00e1 momentos em que voc\u00ea deve se sentir perturbado, desconfort\u00e1vel, excitado… hipnotizado, espero. \u00c9 definitivamente parte da nova onda de filmes que est\u00e3o sendo feitos sobre sexualidade. E, bem, o que \u00e9 a nossa sexualidade?” <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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