O suspeito vendia os animais para o Brasil e exterior, alguns considerados em perigo de extin\u00e7\u00e3o, e os anunciava em um grupo do Whatsapp sem autoriza\u00e7\u00e3o da autoridade ambiental. Segundo a Pol\u00edcia Federal, a investiga\u00e7\u00e3o come\u00e7ou quando a encomenda com as aranhas foi encontrada e retida em um centro de distribui\u00e7\u00e3o dos Correios. O criminoso tinha colocado um nome falso na mercadoria, e s\u00f3 teve a identidade identificada ap\u00f3s as investiga\u00e7\u00f5es realizadas pelo MPF encontrarem o IP do computador utilizado para acessar o c\u00f3digo de rastreio dos Correios. O Minist\u00e9rio P\u00fablico tamb\u00e9m incluiu na den\u00fancia o crime de falsidade ideol\u00f3gica por utilizar documento falso para enviar as aranhas pelos Correios. Animais silvestres apreendidos Durante um mandado de busca e apreens\u00e3o realizado em setembro deste ano na casa do suspeito, foram encontradas 364 esp\u00e9cies da fauna brasileira e mais 138 animais originais de outros pa\u00edses, que somadas com as aranhas retidas nos Correios, totalizam 575. Animais da fauna brasileira encontrados na apreens\u00e3o: Diversas serpentes, incluindo caninana, falsa coral e diferentes tipos de jiboia, Escorpi\u00f5es, Lacraias, Um papagaio-verdadeiroMais de 300 aranhas caranguejeiras. Escorpi\u00e3o-imperador Lagartixa leopardoCaixas com cerca de 100 baratas dos tipos Red Runner e de Madagascar. Mandado de busca e apreens\u00e3o PF de Campinas investiga homem por enviar aranhas para o exterior ilegalmente A Pol\u00edcia Federal (PF) de Campinas (SP) apreendeu, nesta sexta-feira (6), 400 animais silvestres durante uma opera\u00e7\u00e3o que investiga o envio ilegal das esp\u00e9cies para o exterior. O mandado de busca e apreens\u00e3o foi cumprido na casa do suspeito da cria\u00e7\u00e3o, venda e exporta\u00e7\u00e3o, no Residencial Novo Mundo. Entre os animais silvestres, alguns mortos, estavam aproximadamente 300 aranhas caranguejeiras, al\u00e9m de cobras (serpentes e jiboias), escorpi\u00f5es, entre outros. O suspeito disse que cultivava a cria\u00e7\u00e3o “por hobby”. Segundo a PF, ele tinha toda estrutura para fazer a reprodu\u00e7\u00e3o dos animais, al\u00e9m de armazenar outros bichos para alimentar as esp\u00e9cies que ele criava. “Ele mantinha em caixas pl\u00e1sticas ou terr\u00e1rios de vidro, tinha roedores, lagartos, algumas larvas, tudo para alimenta\u00e7\u00e3o dos animais. Queria pedir para n\u00e3o criar fauna silvestre, seja nativa ou ex\u00f3tica, isso depende de conhecimento e capacidade t\u00e9cnica, \u00e9 um risco para a natureza e tamb\u00e9m do ponto de vista da zoonoses, de transmiss\u00e3o de doen\u00e7as”, disse El\u00f3i Venturini, analista ambiental do Ibama. Pol\u00edcia Federal apreendeu esp\u00e9cies da fauna silvestre nesta sexta em Campinas \u2014 Foto: Divulga\u00e7\u00e3o\/Pol\u00edcia Federal De acordo com a PF, a investiga\u00e7\u00e3o come\u00e7ou em outubro do ano passado, ap\u00f3s uma encomenda que iria para a Alemanha ser retida em um centro de distribui\u00e7\u00e3o dos Correios. A an\u00e1lise revelou a presen\u00e7a de 73 aranhas. Os animais s\u00e3o do grupo Araneae, da fam\u00edlia Theraphosidae, sendo 43 do g\u00eanero Avicularia. A corpora\u00e7\u00e3o ainda informou que a exporta\u00e7\u00e3o n\u00e3o tinha licen\u00e7a ambiental e as aranhas estavam em “condi\u00e7\u00f5es degradantes”, acondicionadas em uma caixa de papel\u00e3o e distribu\u00eddas em pequenos frascos pl\u00e1sticos sem alimentos. Os animais foram encaminhados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama), que acompanhou a opera\u00e7\u00e3o nesta sexta, ao Instituto Butantan, em S\u00e3o Paulo. A opera\u00e7\u00e3o recebeu o nome de Arachne. O investigado, que tem 46 anos, vai responder pelo crime de venda e exporta\u00e7\u00e3o de animal da fauna silvestre sem a devida licen\u00e7a. Ele foi detido para prestar depoimento. V\u00cdDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Regi\u00e3o <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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