{"id":44283,"date":"2024-12-10T13:54:00","date_gmt":"2024-12-10T16:54:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/mae-de-crianca-que-sofreu-racismo-afirma-que-suspeita-nao-falava-com-ela-nao-sabia-que-era-por-preconceito\/"},"modified":"2024-12-10T13:54:00","modified_gmt":"2024-12-10T16:54:00","slug":"mae-de-crianca-que-sofreu-racismo-afirma-que-suspeita-nao-falava-com-ela-nao-sabia-que-era-por-preconceito","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/mae-de-crianca-que-sofreu-racismo-afirma-que-suspeita-nao-falava-com-ela-nao-sabia-que-era-por-preconceito\/","title":{"rendered":"M\u00e3e de crian\u00e7a que sofreu racismo afirma que suspeita n\u00e3o falava com ela: ‘N\u00e3o sabia que era por preconceito’"},"content":{"rendered":"
Maria de Lourdes Vanderlei, que diz que sua filha foi ofendida, conta que apesar de nunca ter se desentendido com a suspeita, a rela\u00e7\u00e3o entre elas era distante, sem intera\u00e7\u00e3o por parte da vizinha. “Minha filha queria brincar com o filho dela, ela n\u00e3o falava comigo e eu n\u00e3o sabia que era por isso, por ela ter preconceito. Eu falava bom dia e ela n\u00e3o respondia e eu n\u00e3o sabia que era por esse motivo”, explica. ‘Por que n\u00e3o posso brincar com o filho dela?’ Para a m\u00e3e, a dor de ver a filha passar por essa situa\u00e7\u00e3o \u00e9 como se as ofensas fossem diretamente a ela. Maria conta que a crian\u00e7a tem perguntado aos pais sobre o motivo de n\u00e3o poder brincar com o filho da vizinha e de ter sido chamada daquela forma. “Eu sinto a dor, n\u00e9, porque \u00e9 minha filha, eu sinto pra mim essas coisas. Minha filha ficou perguntando: ‘por que, m\u00e3e, eu n\u00e3o posso brincar com o filho dela?’ . E ela falou: ‘voc\u00ea n\u00e3o vai brincar com essa macaca mais’. Eu falei: ‘chama a pol\u00edcia agora’ . Por que minha filha vai crescer com isso? Porque ela fica perguntando porque chamaram ela assim”. O pai da v\u00edtima, Evandro Aparecido Nascimento, diz que tamb\u00e9m j\u00e1 foi v\u00edtima de discrimina\u00e7\u00e3o e que vai lutar pelos direitos da filha. “N\u00e3o pode acontecer esse tipo de coisa n\u00e9, preconceito. Esse racismo eu venho passando j\u00e1 h\u00e1 muito tempo, ent\u00e3o vou dar procedimento em diante, e vou com todo direito pra cima. Coisa horr\u00edvel passar a situa\u00e7\u00e3o.” Garota \u00e9 v\u00edtima de ofensa racista em Limeira \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/ EPTV Presa por inj\u00faria racial e liberada O caso ocorreu no terreno dividido pelas duas fam\u00edlias no bairro Olga Veroni. Todos moram no mesmo local h\u00e1 tr\u00eas meses. Segundo a Pol\u00edcia Militar (PM), os agentes foram acionados, a princ\u00edpio, para atender uma ocorr\u00eancia de desentendimento. No local, o pai da crian\u00e7a informou aos policiais que houve uma discuss\u00e3o entre ele, sua esposa e a suspeita, que \u00e9 vizinha da fam\u00edlia, ap\u00f3s ela praticar a ofensa racista. Todos os envolvidos foram encaminhados ao Plant\u00e3o Policial de Limeira, onde uma testemunha foi acionada para prestar depoimento. A testemunha n\u00e3o possui rela\u00e7\u00e3o com nenhuma das partes e estava passando em frente ao local quando os desentendimentos ocorreram. Ele confirmou a vers\u00e3o da fam\u00edlia da v\u00edtima \u00e0 pol\u00edcia. O caso foi registrado como inj\u00faria racial. Em nota, o Tribunal de Justi\u00e7a de S\u00e3o Paulo (TJ-SP) informou que a mulher recebeu liberdade provis\u00f3ria durante audi\u00eancia de cust\u00f3dia, na tarde desta ter\u00e7a (10). No entanto, ter\u00e1 de cumprir as seguintes determina\u00e7\u00f5es: Comparecer a todos os atos do processo;N\u00e3o alterar seu endere\u00e7o sem pr\u00e9via comunica\u00e7\u00e3o \u00e0 Justi\u00e7a;N\u00e3o ter qualquer contato com a v\u00edtima e familiares. O descumprimento das medidas pode levar a nova pris\u00e3o, segundo o TJ-SP. O que diz a suspeita A suspeita disse aos policias que o casal teria iniciado a discuss\u00e3o e que teria sido chamada de “prostituta”. Ela disse, tamb\u00e9m, que teria pedido que seu filho sa\u00edsse de perto da filha do casal e fosse para casa, por causa da discuss\u00e3o. Segundo ela, essa teria sido a atitude que levou os vizinhos a chamarem a pol\u00edcia por racismo. Ela n\u00e3o contratou um advogado e ser\u00e1 atendida pela Defensoria P\u00fablica. V\u00cdDEOS: Tudo sobre Piracicaba e regi\u00e3o <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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