{"id":43906,"date":"2024-12-07T14:13:00","date_gmt":"2024-12-07T17:13:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/xv-edicao-da-bienal-de-arte-contemporanea-africana-de-dakar\/"},"modified":"2024-12-07T14:13:00","modified_gmt":"2024-12-07T17:13:00","slug":"xv-edicao-da-bienal-de-arte-contemporanea-africana-de-dakar","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/xv-edicao-da-bienal-de-arte-contemporanea-africana-de-dakar\/","title":{"rendered":"XV edi\u00e7\u00e3o da Bienal de Arte Contempor\u00e2nea Africana de Dakar"},"content":{"rendered":"

Conclui-se neste dia 7-12-2024, a XV edi\u00e7\u00e3o da Bienal de Arte Contempor\u00e2nea Africana de Dakar – Dak’Art. O tema desta edi\u00e7\u00e3o, que teve pela primeira a curadoria duma mulher, Salimata Diop, foi “The Wake”, o Despertar para as grandes preocupa\u00e7\u00f5es do mundo actual, incluindo a quest\u00e3o ambiental. Cabo Verde, pa\u00eds convidado, levou diversos artistas. Um deles, C\u00e9sar Cardoso, revela as suas impress\u00f5es, enquanto que Filinto El\u00edsio elucida, na sua cr\u00f3nica, a g\u00e9nese, evolu\u00e7\u00e3o e import\u00e2ncia dessa Bienal. Dulce Ara\u00fajo – Vatican News Sendo a Dak’Art o maior evento das Artesa n\u00edvel do continente africano, o programa “\u00c1frica em Clave Cultural: personagens e eventos”, da R\u00e1dio Vaticano, n\u00e3o podia n\u00e3o dar-lhe relevo, at\u00e9 porque p\u00f4s no centro da aten\u00e7\u00e3o um tema de grande atualidade: o relacionamento do ser humano com o meio ambiente e o papel que a arte pode desempenhar na procura da harmonia entre todos os elementos do planeta.\u00a0 Ent\u00e3o conhe\u00e7a Bienal nesta cr\u00f3nica do editor, Filinto El\u00edsio, da Rosa de Porcelana Editora:\u00a0 Cr\u00f3nica “A 15\u00aa edi\u00e7\u00e3o da Bienal de Arte Contempor\u00e2nea Africana, conhecida como Dak\u2019Art, que termina no dia 7 de dezembro, destaca-se como um dos mais importantes eventos internacionais de arte. A Bienal de Dakar foi concebida em 1989, como uma bienal alternando entre a literatura e a arte. A primeira edi\u00e7\u00e3o aconteceu em 1990 voltada para a literatura e em 1992 para artes visuais. Em 1993, a estrutura da bienal foi transformada em Dak`Art, em 1996 tornou-se uma exposi\u00e7\u00e3o especificamente dedicada \u00e0 arte contempor\u00e2nea africana. Nesta edi\u00e7\u00e3o de 2024, o fulgor da criatividade africana re\u00fane artistas, curadores, ativistas, mediadores e entusiastas da arte de todo o mundo. Uma vasta exibi\u00e7\u00e3o que inclui escultura, pintura, instala\u00e7\u00e3o e performance, assim como sess\u00f5es plen\u00e1rias e workshops, refletindo sobre os impactos est\u00e9ticos, ambientais, pol\u00edticos, sociais e filos\u00f3ficos na vida contempor\u00e2nea. Tudo, sob o signo da generosidade e da inclus\u00e3o. O tema central desta 15\u00aa edi\u00e7\u00e3o intitula-se The Wake \u2013 L\u2019\u00c9veil (\u201cO Despertar\u201d), com direc\u00e7\u00e3o art\u00edstica de Salimata Diop, cr\u00edtica de arte e curadora, e apresenta obras de 58 artistas de \u00c1frica e da di\u00e1spora. Esta m\u00faltipla mostra convida a olhar, em v\u00e1rios prismas, a complexa rela\u00e7\u00e3o entre a Humanidade e o Planeta. Em verdade, questiona interfaces m\u00faltiplas entre a arte, a sociedade, as altera\u00e7\u00f5es ambientais e a hist\u00f3ria, resinificando a ideia da globalidade. Os n\u00fameros deste megaevento, que dura um m\u00eas, falam por si. Mais de 400 mil visitantes e 58 artistas, nos eventos centrais e dezenas de outros nos eventos paralelos, que, afirmando individualidades, aderem uma narrativa coletiva num manifesto est\u00e9tico contra a depreda\u00e7\u00e3o do ambiente, da desigualdade social e dos conflitos. Outra exposi\u00e7\u00e3o estrutural, sob o t\u00edtulo \u201cPararemos Quando a Terra Rugir\u201d, re\u00fane trabalhos de Lae\u00efla Adjovi, Beya Gille Gacha e Cl\u00e9oph\u00e9e Moser, entre outros, para confrontar temas como o extrativismo, o consumo desmedido e o neocolonialismo. Entre os destaques est\u00e1 Fil(s) de soi(e), da martiniquense Agn\u00e9s Brezephin, que utiliza fios e bot\u00f5es para explorar a rela\u00e7\u00e3o entre corpo e mem\u00f3ria. Outra obra marcante \u00e9 a instala\u00e7\u00e3o da haitiana Gina Athena Ulysse, que mistura textos arquiv\u00edsticos, calaba\u00e7as e b\u00fazios para abordar os legados da escravatura transatl\u00e2ntica. Para a coordena\u00e7\u00e3o da exposi\u00e7\u00e3o, \u201ceste evento \u00e9 importante porque oferece uma oportunidade aos artistas; d\u00e1-lhes uma plataforma para se darem a conhecer, progredirem na sua carreira e serem reconhecidos\u201d. Dois pa\u00edses convidados de honra, os Estados Unidos e Cabo Verde, com cerim\u00f3nias de abertura no grande Museu das Civiliza\u00e7\u00f5es Negras. Destaca-se na presen\u00e7a de Cabo Verde no ‘Dak\u2019Art 2024’, sob a curadoria do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design. A delega\u00e7\u00e3o cabo-verdiana, chefiada pelo Ministro da Cultura, Augusto Veiga, foi composta pelos artistas pl\u00e1sticos Melissa Rodrigues, Bento Oliveira, Tchal\u00e9 Figueira, Irineu Destourelles, C\u00e9sar Cardoso, e na m\u00fasica o grupo Sizal e, ainda, trabalhos de Alex Silva, Bela Duarte, Lu\u00edsa Queir\u00f3s e Manuel Figueira, parte da cole\u00e7\u00e3o do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design. \u00c0 par da Bienal IN, decorreu a Bienal OFF, onde expuseram outros artistas, entre os quais cabo-verdianos \u2013 Tutu Sousa, Omar Camilo, Jacques Chopin, Gildoca e Edson Garcia, nalgumas galerias de arte, no recinto da Bienal.” Entrevista com o artista C\u00e9sar Schofield Cardoso C\u00e9sar Cardoso Scofield trabalha em videoarte, medias digitais, fotografia, cinema. Foi um dos artistas cabo-verdianos participantes na Bienal de Dakar. Para ele, a Dak’Art \u00e9 como que uma Meca em que os artistas africanos sonham participar. Ele declara-se muito satisfeito da sua participa\u00e7\u00e3o e considera que eventos deste tipo podem constituir tamb\u00e9m para Cabo Verde (pa\u00eds convidado) uma grande oportunidade, se tiverem repecuss\u00e3o nacional, o que n\u00e3o foi o caso, pois n\u00e3o houve interesse dos media e da sociedade cabo-verdiana em geral.\u00a0 C\u00e9sar Cardoso elogia a curadoria de Salimata Diop e o tema escolhido, um tema sobre qual, por coincidencia, ele j\u00e1 vem trabalhando deste h\u00e1 muito, tendo levado para a Bienal 17 obras: 16 fotos cianotipia sobre o universo do mar e um v\u00eddeo , fruto do trabalho com uma comunidade piscat\u00f3ria da ilha de Santiago que evoca a viol\u00eancia da extra\u00e7\u00e3o industrial marinha e as consequ\u00eancias ecol\u00f3gicas e sociais para o pa\u00eds.\u00a0 Na entrevista, este artista sublinha ainda o seu apre\u00e7o pelos pronunciamentos do Papa Francisco sobre quest\u00f5es ambientais e salienta o papel particular da arte na sensibiliza\u00e7\u00e3o pelas quest\u00f5es ambientais, na medida em que a arte fala ao cora\u00e7\u00e3o das pessoas.\u00a0 Oia aqui as suas palavras e partilhe E aqui a emiss\u00e3o “Africa em Clave Cultural: personagens e eventos” Este ano, a Bienal teve tamb\u00e9m uma vers\u00e3o Off em Mil\u00e3o, com a curadoria art\u00edstica do fot\u00f3grafo senegal\u00eas, Ibrahima Mbengue, reunindo ao longo do m\u00eas artistas africanos e italianos na constru\u00e7\u00e3o de um di\u00e1logo intercultural atrav\u00e9s das diversas formas de arte.\u00a0 Foto: cortesia de C\u00e9sar Cardoso.\u00a0 Obrigado por ter lido este artigo. 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