O projeto pretende plantar 200 \u00e1rvores no centro da cidade dentro dos pr\u00f3ximos meses e busca pessoas interessadas no plantio de mudas em frente \u00e0s suas casas ou de estabelecimentos comerciais. O endere\u00e7o da \u00e1rea de plantio se estende aos moradores do quadril\u00e1tero entre a Avenida Doutro Carlos Botelho, Rua Riachuelo, Rua Major Manoel Ant\u00f4nio de Mattos e Rua Jesu\u00edno de Arruda, na regi\u00e3o da microbacia do c\u00f3rrego do Greg\u00f3rio. O respons\u00e1vel pelo projeto, Paulo Mancine, de 69 anos, explicou que essa regi\u00e3o enfrenta problemas hist\u00f3ricos de inunda\u00e7\u00f5es, principalmente na baixada onde est\u00e1 o Mercad\u00e3o Municipal, e as \u00e1rvores ajudam a desimpermeabilizar o solo reduzindo a velocidade e escoamento da \u00e1gua. \u201cUm fator fundamental para a escolha dessa \u00e1rea \u00e9 porque \u00e9 uma bacia sujeita a enchente h\u00e1 d\u00e9cadas na regi\u00e3o do Mercado Municipal, do Cristo, e do Greg\u00f3rio. Certamente o plantio de \u00e1rvores colabora tamb\u00e9m para mitigar os efeitos das enchentes, porque aumenta a permeabilidade. A gente tem que fazer canteiros grandes de pelo menos 2 metros de 2 metros quadrados, e cada canteiro da \u00e1rvore e tamb\u00e9m a copa da \u00e1rvore , quando ela se forma, ajuda a reduzir a velocidade com que a \u00e1gua da chuva chega at\u00e9 o rio evitando o pior\u201d, contou. “Rua Viva”: quadril\u00e1tero onde as \u00e1rvores ser\u00e3o plantadas dem S\u00e3o Carlos \u2014 Foto: Divulga\u00e7\u00e3o Clima fresco A\u00e7\u00e3o ambiental \u00e9 gratuita e s\u00e3o oferecidas diversas op\u00e7\u00f5es de mudas, como o urucum, ip\u00ea rosa an\u00e3o, babosa branca, entre outras. Para se inscrever, o morador ou comerciante deve entrar em contato pelo site ou pelo WhatsApp (16) 34112639. Uma equipe analisa o local e escolhe a esp\u00e9cie mais adequada. Segundo Mancini, a urbaniza\u00e7\u00e3o urbana planejada e mantida desempenha um papel importante na redu\u00e7\u00e3o das temperaturas locais, e pode diminuir a temperatura em at\u00e9 8\u00baC. \u201cVamos plantar as \u00e1rvores e monitorar os efeitos das \u00e1rvores e de outras atividades que a gente quer desenvolver neste territ\u00f3rio procurando contribuir para a mitiga\u00e7\u00e3o dos efeitos da emerg\u00eancia clim\u00e1tica que a gente est\u00e1 vivendo. As \u00e1rvores retiram CO2 da atmosfera e diminuem a temperatura de 4\u00baC a 8 \u00baC\u201d, disse Paulo Mancini, 69 anos, respons\u00e1vel pelo projeto. A a\u00e7\u00e3o visa tamb\u00e9m melhorar a qualidade do ar, combater o aquecimento global e aumentar a biodiversidade do entorno. Para a realiza\u00e7\u00e3o do Rua Viva, foram disponibilizadas verbas municipais e emendas parlamentares de R$100 mil que est\u00e3o especificadas no link do projeto. Mudas de diversas \u00e1rvores s\u00e3o oferecidas para plantio na regi\u00e3o central de S\u00e3o Carlos \u2014 Foto: Arquivo pessoal O projeto possui fases que 5 fases que v\u00e3o desde o planejamento e identifica\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies adequadas para o local, plantio, cadastramento e identifica\u00e7\u00e3o das mudas plantadas, e acompanhamento para monitoramento do crescimento das \u00e1rvores e realiza\u00e7\u00e3o de eventuais podas e reparos. Etiquetas com um QR code de identifica\u00e7\u00e3o e benef\u00edcios ambientais e sociais tamb\u00e9m acompanham as \u00e1rvores. Cal\u00e7ada verde A professora Juliana Piccin plantou um ip\u00ea rosa an\u00e3o em frente \u00e0 sua casa em S\u00e3o Carlos \u2014 Foto: Arquivo pessoal A professora Juliana Viviani Piccin, 53 anos, moradora no Jardim Gibertoni, ganhou um ip\u00ea rosa em frente \u00e0 sua casa. Ela j\u00e1 queria uma planta, mas n\u00e3o encontrava uma ideal para a sua cal\u00e7ada. \u201cNa verdade a \u00e1rvore que eu havia plantado em minha cal\u00e7ada havia morrido e eu sempre quis ip\u00ea, mas essa esp\u00e9cie \u00e9 muito grande. Mas a muda que foi plantada \u00e9 a an\u00e3o, ent\u00e3o deu certo. A iniciativa \u00e9 excelente e precisamos de muitas ainda\u201d, comentou. Mas o projeto enfrenta tamb\u00e9m algumas dificuldades: \u201cN\u00f3s temos tido dificuldade para plantar porque \u00e9 uma \u00e1rea central da cidade e tem muito com\u00e9rcio e h\u00e1 uma resist\u00eancia de comerciantes muito maior do que a popula\u00e7\u00e3o residencial. A outra dificuldade \u00e9 que as cal\u00e7adas de S\u00e3o Carlos s\u00e3o estreitas e compete com postes de ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica e sinaliza\u00e7\u00e3o de tr\u00e2nsito\u201d, disse Paulo Mancini. Cidades mais quentes As cidades est\u00e3o mais quentes, e o clima at\u00edpico foi sentido em pleno inverno neste ano em S\u00e3o Carlos. De acordo com relat\u00f3rio da Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial (OMM), publicado em junho de 2024, a temperatura m\u00e9dia global deve ser entre 1,1\u00b0C e 1,9\u00b0C mais alta entre 2024 e 2028. Nas \u00e1reas urbanas, a temperatura \u00e9 mais alta devido \u00e0 pavimenta\u00e7\u00e3o escura, constru\u00e7\u00f5es que bloqueiam a circula\u00e7\u00e3o de ar e poluentes dos ve\u00edculos. \u201cEmbaixo de uma \u00e1rvore \u00e9 bem mais fresquinho, n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 por causa da sombra. A sombra tamb\u00e9m tem o efeito porque ela retira um pouco de calor do ambiente. Neste inverno vivemos um \u201cinferno\u201d, e infelizmente vai passar a ocorrer com maior frequ\u00eancia. E o que a gente pode fazer e deve fazer \u00e9 plantar \u00e1rvores. N\u00f3s j\u00e1 vivemos o aquecimento global\u201d, disse Paulo. REVEJA V\u00cdDEOS DA EPTV CENTRAL: <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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