A decis\u00e3o desta quarta, aprovada por unanimidade entre os ju\u00edzes, confirmou a senten\u00e7a imposta a Kirchner em 2022. Na ocasi\u00e3o, a ex-presidente, que governou a Argentina entre 2007 e 2015 e foi vice de Alberto Fern\u00e1ndez entre 2019 e 2023, havia sido condenada acusada de chefiar uma organiza\u00e7\u00e3o criminosa para desviar dinheiro do Estado durante seu mandato (leia mais detalhes abaixo). Ela nega. A defesa da ex-presidente recorreu da decis\u00e3o ao tribunal de apela\u00e7\u00f5es, que manteve toda a pena, que inclui: Seis anos de pris\u00e3o;Uma multa, que subiu para 85 milh\u00f5es de pesos (cerca de R$ 490 mil);Impedimento vital\u00edcio de concorrer a cargos p\u00fablicos. Apesar de a senten\u00e7a confirmar a pena de pris\u00e3o, Kirchner n\u00e3o ser\u00e1 presa imediatamente porque ela ainda pode apelar \u00e0 Suprema Corte da Argentina. Ser\u00e3o os ju\u00edzes da inst\u00e2ncia m\u00e1xima do pa\u00eds que decidir\u00e3o se a ex-presidente poder\u00e1 ir para a pris\u00e3o \u2014 o que poderia acontecer j\u00e1 que agora ela n\u00e3o tem mais imunidade por ocupar os postos de presid\u00eancia e vice-presid\u00eancia. O caso dever\u00e1 ser enviado \u00e0 Suprema Corte em um prazo de at\u00e9 dez dias, mas os ju\u00edzes dessa inst\u00e2ncia poder\u00e3o levar anos para analisar e julgar o caso. Caso a defesa de Kirchner recorra, a Suprema Corte s\u00f3 comerar\u00e1 a analisar o caso a partir de mar\u00e7o do ano que vem. A acusa\u00e7\u00e3o Cristina Kirchner \u00e9 condenada a 6 anos de pris\u00e3o Cristina Kirchner foi condenada por favorecer o empres\u00e1rio L\u00e1zaro B\u00e1ez, um empreiteiro da regi\u00e3o de Santa Cruz (a prov\u00edncia onde os Kirchner come\u00e7aram sua vida pol\u00edtica) que conseguiu 51 contratos para obras p\u00fablicas. Ela foi inocentada da acusa\u00e7\u00e3o de associa\u00e7\u00e3o il\u00edcita. A ex-presidente foi acusada de chefiar uma associa\u00e7\u00e3o criminosa e de administra\u00e7\u00e3o fraudulenta durante o per\u00edodo em que N\u00e9stor Kirchner foi presidente (de 2003 a 2007) e durante as gest\u00f5es da pr\u00f3pria Cristina (de 2007 a 2015). De acordo com a acusa\u00e7\u00e3o, essa organiza\u00e7\u00e3o cometeu fraudes que tiraram US$ 1 bilh\u00e3o do Estado. Al\u00e9m da ex-presidente, foram julgadas outras 12 pessoas. Entre elas est\u00e3o: L\u00e1zaro B\u00e1ez, empres\u00e1rio;Julio de Vido, ex-ministro;Jos\u00e9 L\u00f3pez, ex-secret\u00e1rio;Nelson Pieriotti, ex chefe do departamento de obras; Os procuradores argumentaram que havia o seguinte esquema criminoso: O empres\u00e1rio L\u00e1zaro B\u00e1ez tinha uma empreiteira que, na verdade, se dedicava a tirar dinheiro do Estado argentino;Essa empresa conseguia contratos para fazer obras p\u00fablicas; foram 51 obras para as quais ela foi contratada. V\u00e1rias delas tiveram estouros de or\u00e7amento e algumas n\u00e3o foram conclu\u00eddas;Assim que acabou o segundo mandato presidencial de Cristina, em 2015, a empresa desapareceu;O processo teve dura\u00e7\u00e3o de 3,5 anos at\u00e9 a condena\u00e7\u00e3o desta ter\u00e7a-feira. Cristina Kirchner negou as acusa\u00e7\u00f5es e acusou o tribunal de ter a senten\u00e7a escrita desde o in\u00edcio do julgamento. Ela afirmou na ocasi\u00e3o que a Justi\u00e7a estava agindo como um “pelot\u00e3o de fuzilamento”. A ex-presidente afirmou ainda que as acusa\u00e7\u00f5es n\u00e3o t\u00eam base legal e argumenta que \u201cas decis\u00f5es sobre investimento p\u00fablico s\u00e3o de compet\u00eancia exclusiva dos \u00f3rg\u00e3os pol\u00edticos e n\u00e3o h\u00e1 norma legal que estabele\u00e7a limites sobre como deve ser feita a sua distribui\u00e7\u00e3o\u201d. <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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