\ud83e\udd14 Como funcionam? As unidades do Caps atendem pacientes de qualquer idade com problemas associados \u00e0 sa\u00fade mental, como transtornos psic\u00f3ticos, depress\u00e3o grave e transtornos de ansiedade. Os centros foram criados como alternativa para substituir as interna\u00e7\u00f5es, e realizam terapias multidisciplinares ministradas por m\u00e9dicos, psiquiatras, psic\u00f3logos e enfermeiros. Todos os servi\u00e7os oferecidos pelo programa s\u00e3o gratuitos. Os Caps tamb\u00e9m fazer atendimentos personalizados para cada faixa et\u00e1ria e caso espec\u00edfico. Joel recebe tratamento em uma unidade do CAPS, em Suamr\u00e9 (SP), h\u00e1 36 anos. \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/EPTV O letrista Joel recebe tratamento para depress\u00e3o, ansiedade e s\u00edndrome do p\u00e2nico h\u00e1 36 anos, desde quando era um adolescente. Ele est\u00e1 entre as cerca de 6 mil pessoas atendidas em 2024 no Caps de Sumar\u00e9, que viu a quantidade de atendimentos dobrar nos oito primeiros meses do ano. Segundo a Prefeitura de Sumar\u00e9, entre janeiro e agosto de 2023, o Caps do munic\u00edpio registrou 2,9 mil atendimentos. No mesmo per\u00edodo deste ano, foram 5,7 mil, alta de 96,5%. Carlos Eduardo Cunha, psic\u00f3logo do Caps de Sumar\u00e9, explica que os aumentos podem estar relacionados ao comportamento introspectivo das pessoas, muitos deles adquiridos durante a pandemia. Carlos Eduardo Cunha explica que aumento nos atendimentos do CAPS v\u00eam de uma mudan\u00e7a de comportamento vindo da Pandemia. \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/EPTV “Por mais que a pandemia j\u00e1 tenha ficado para tr\u00e1s, a gente percebeu que nesse per\u00edodo, as pessoas se tornaram muito introspectivas e passaram a perceber melhor aspectos da pr\u00f3pria sa\u00fade mental, e perceberem que, para algumas coisas, era melhor procurar uma ajuda de sa\u00fade mental”, explica o especialista. Valinhos O aumento tamb\u00e9m foi observado em Valinhos (SP). Segundo a prefeitura, entre janeiro e agosto de 2023, as unidades do munic\u00edpio contabilizaram 9,6 mil atendimentos. Em 2024, por sua vez, foram 16,3 mil, o que representa um aumento percentual de 69,7%. Larissa Tavares, assistente social de forma\u00e7\u00e3o que supervisiona o Centro de Aten\u00e7\u00e3o Psicossocial ” Dr. Carlos Hermenegildo Bissotto”, em Valinhos. Nessa unidade, os atendimentos s\u00e3o direcionados exclusivamente \u00e0 crian\u00e7as e adolescentes. Larissa Tavares percebeu uma crescente na demanda de atendimentos \u00e0 crian\u00e7as e adolescentes. \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/EPTV A profissional afirma que, entre janeiro e agosto de 2024, percebeu uma crescente na demanda de atendimentos de crian\u00e7as. “Tivemos um aumento significativo de demanda, [que vieram] dos pais e de encaminhamentos diretos do ambiente escolas”, conta \ud83e\udd14 Como a crian\u00e7a ou adolescente pode acessar o atendimento? Larissa explica que, para acessar o atendimento, o paciente precisa apenas comparecer ao centro. No caso de menores de idade, eles podem ser levados por um adulto, ou podem ir sozinhos. Mas, h\u00e1 casos em que elas s\u00e3o encaminhadas pelo col\u00e9gio, quando percebe-se uma mudan\u00e7a de comportamento significativa. CAPS infantil de Valinhos \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/EPTV Apesar dos benef\u00edcios e da import\u00e2ncia de receber um tratamento para melhorar a qualidade de vida, Larissa relata que \u00e9 comum que os adolescentes e os pais deixem de procurar atendimento no Caps por medo de serem estigmatizados. “H\u00e1 p\u00e1ginas nas redes sociais que fazem piadas \u00e0 respeito de adolescentes que frequentam o servi\u00e7o, e isso repercute muito no grupo social. […] E eles [os pacientes] deixam de vir para o servi\u00e7o, mesmo compreendendo a import\u00e2ncia e o quanto isso est\u00e1 ajudando. Eles se boicotam.” relata Larissa Com o diagn\u00f3stico e o tratamento correto, Joel consegue ter mais qualidade de vida e consegue fazer escolhas que fa\u00e7am melhor a sua sa\u00fade mental. “Descobri que n\u00e3o consigo trabalhar em ambientes fechados, e com patr\u00f5es. Gosto de trabalhar do meu modo, sem ningu\u00e9m ‘botar ordem’ em mim”, conta Joel. Joel recebe tratamento em uma unidade do CAPS, em Suamr\u00e9 (SP), h\u00e1 36 anos. \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/EPTV <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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