{"id":29741,"date":"2024-08-06T13:52:00","date_gmt":"2024-08-06T16:52:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/novas-especies-de-bichos-pau-homenageiam-divulgadores-cientificos-brasileiros\/"},"modified":"2024-08-06T13:52:00","modified_gmt":"2024-08-06T16:52:00","slug":"novas-especies-de-bichos-pau-homenageiam-divulgadores-cientificos-brasileiros","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/novas-especies-de-bichos-pau-homenageiam-divulgadores-cientificos-brasileiros\/","title":{"rendered":"Novas esp\u00e9cies de bichos-pau homenageiam divulgadores cient\u00edficos brasileiros"},"content":{"rendered":"

O trabalho contou com a ajuda de outros 12 pesquisadores brasileiros, de diferentes institui\u00e7\u00f5es, que descreveram as esp\u00e9cies para o g\u00eanero Urucumania. O artigo foi publicado em abril na revista internacional Biologia, da Springer. As treze esp\u00e9cies descritas s\u00e3o: U. guadanuccii, U. varellai, U. pirulai, U. atilai, U. intervalica, U. brasil, U. tapirape, U. rasocatarinensis, U. dilatata, U. sertaneja, U. albopunctata, U. oriomadeirensis e U. candanga. Al\u00e9m de homenagear o Prof. Jos\u00e9 Paulo Guadanucci, um pesquisador da Unesp de Rio Claro que ajudou a estabelecer o Projeto Phasma, um grupo de pesquisa e divulga\u00e7\u00e3o de bichos-pau, o trabalho ressalta a import\u00e2ncia de outros acad\u00eamicos ligados \u00e0s ci\u00eancias biol\u00f3gicas, que contribu\u00edram com informa\u00e7\u00f5es importantes para a popula\u00e7\u00e3o. ‘Urucumania varellai’ foi uma homenagem ao m\u00e9dico brasileiro Dr Drauzio Varella \u2014 Foto: Abel Figueiredo “Tamb\u00e9m homenageamos o m\u00e9dico Drauzio Varella, o paleont\u00f3logo ‘Pirula’ [Paulo Miranda Nascimento] e tamb\u00e9m o bi\u00f3logo Atila Iamarino, que foi importante na divulga\u00e7\u00e3o de informa\u00e7\u00f5es sobre a Covid-19\u201d, comenta Edgar Crispino, que tamb\u00e9m contribuiu no estudo. Insetos ‘compactos’ De acordo com Victor, os insetos rec\u00e9m-descritos ocorrem desde o sul da Amaz\u00f4nia at\u00e9 o norte da Argentina e todos t\u00eam asas pouco desenvolvidas. “Diferente dos bichos-paus mais comuns que s\u00e3o finos e alongados, ficando mais em vegeta\u00e7\u00e3o alta entre galhos espa\u00e7ados, os Urucumania s\u00e3o compactos, de corpo robusto e s\u00e3o mais encontrados perto do ch\u00e3o ou em galhos e folhas densos”, explica o pesquisador. F\u00eamea da ‘Urucumania nigrovittata’ foi encontrada em Echapor\u00e3 (SP) \u2014 Foto: Victor Ghirotto Os novos exemplares descritos foram encontrados em acervos de museus nacionais e internacionais, principalmente no Museu de Zoologia da USP, em S\u00e3o Paulo, assim como em trabalhos de campo feitos na natureza. \u201cSabia que era uma esp\u00e9cie diferente, mas provar isso n\u00e3o \u00e9 nada simples, \u00e9 um processo rigoroso. Por isso, comecei aos poucos o trabalho de comparar com esp\u00e9cies similares j\u00e1 existentes para embasar uma descri\u00e7\u00e3o formal\u201d, comenta Ghirotto. Uma curiosidade \u00e9 que os bichos-pau do g\u00eanero Urucumania podem expelir uma subst\u00e2ncia ardida como pimenta para afastar predadores, o que fez com que fossem conhecidos como “mij\u00e3o” em algumas regi\u00f5es do Nordeste. “Eles s\u00e3o bichos-pau de tamanho m\u00e9dio, medindo em geral de 4 a 8 cent\u00edmetros dependendo da esp\u00e9cie, sendo os machos um pouco menores e mais finos que as f\u00eameas”, complementa o pesquisador. Transfer\u00eancia de g\u00eanero Logo no in\u00edcio da pesquisa, quando foi analisar duas esp\u00e9cies similares a uma que encontrou (Pseudophasma nigrovittatum e Pseudophasma dentata), Victor percebeu que ambas estavam no g\u00eanero errado. Por diferen\u00e7as morfol\u00f3gicas detalhadas, como padr\u00e3o de colora\u00e7\u00e3o e formato de algumas estruturas, as duas esp\u00e9cies precisavam passar do g\u00eanero Pseudophasma para Urucumania. Elas passaram a se chamar Urucumania nigrovittata e Urucumania dentata na nova classifica\u00e7\u00e3o. Urucumanai dentata foi uma das esp\u00e9cies que mudou de g\u00eanero \u2014 Foto: Camila T. Cegoni \u201cEssas decis\u00f5es de transfer\u00eancia de g\u00eanero s\u00e3o comuns e acontecem muito, principalmente em grupos que n\u00e3o foram revisados recentemente. Por exemplo, as duas esp\u00e9cies mencionadas foram descritas h\u00e1 85 e 149 anos atr\u00e1s, respectivamente, e por isso precisavam ser melhor caracterizadas, seguindo padr\u00f5es da ci\u00eancia moderna”, esclarece o autor principal do trabalho. O reconhecimento de novas esp\u00e9cies contribui, entre outros fatores, para um maior entendimento sobre a fauna, o que auxilia em planos de manejo e conserva\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias \u00e1reas. Segundo Edgar, ainda h\u00e1 muitas outras esp\u00e9cies de bichos-pau a serem estudadas e descritas, j\u00e1 que h\u00e1 um “v\u00e1cuo grande”, principalmente da d\u00e9cada de 80 at\u00e9 agora, nos estudos desses animais pela falta de pesquisadores da \u00e1rea. V\u00cdDEOS: Destaques Terra da Gente <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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