{"id":23550,"date":"2024-06-12T11:49:00","date_gmt":"2024-06-12T14:49:00","guid":{"rendered":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/pesquisadores-temem-impacto-das-enchentes-do-rs-na-reproducao-de-papagaios-charao\/"},"modified":"2024-06-12T11:49:00","modified_gmt":"2024-06-12T14:49:00","slug":"pesquisadores-temem-impacto-das-enchentes-do-rs-na-reproducao-de-papagaios-charao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/tvdescalvado.com.br\/pesquisadores-temem-impacto-das-enchentes-do-rs-na-reproducao-de-papagaios-charao\/","title":{"rendered":"Pesquisadores temem impacto das enchentes do RS na reprodu\u00e7\u00e3o de papagaios-char\u00e3o"},"content":{"rendered":"

Este ano, o que preocupa pesquisadores do Projeto Char\u00e3o \u00e9 o impacto das enchentes que atingiram quase 95% dos munic\u00edpios do estado, comprometendo \u00e1reas importantes para a reprodu\u00e7\u00e3o do psitac\u00eddeo, como as cidades de Caxias do Sul (RS) e Santa Maria (RS). Das 497 cidades do estado, somente 26 n\u00e3o foram afetadas pela chuva. As enchentes que aconteceram entre o final de abril e in\u00edcio de maio foram consideradas parte da maior cat\u00e1strofe clim\u00e1tica da hist\u00f3ria do estado. De acordo com a bi\u00f3loga e coordenadora do Projeto Char\u00e3o, N\u00eamora Prestes, essas inunda\u00e7\u00f5es devem repercutir j\u00e1 no pr\u00f3ximo ciclo reprodutivo do papagaio-char\u00e3o. Papagaio-char\u00e3o ocorre somente em dois estado do Brasil: Rio Grande do Sul e Santa Catarina \u2014 Foto: Raphael Kurz \u201cOs papagaios usam cavidades das \u00e1rvores, por isso sempre falamos que \u00e1rvores velhas ou mortas n\u00e3o perdem suas fun\u00e7\u00f5es para a fauna silvestre. Precisamos acompanhar o comportamento dos indiv\u00edduos, mas possivelmente eles devem avaliar se vale a pena reproduzir neste ano. N\u00f3s estamos muito apreensivos\u201d, relata a professora. Segundo ela, j\u00e1 houve casos em que a produ\u00e7\u00e3o do pinh\u00e3o foi baixa e casais de char\u00e3o colocaram menos ovos como estrat\u00e9gia de sobreviv\u00eancia. \u201cIsso nunca havia acontecido e n\u00e3o sabemos ainda se eles voltar\u00e3o para \u00e1reas afetadas ou poder\u00e3o, pela sua plasticidade, ocupar \u00e1reas de outras popula\u00e7\u00f5es da esp\u00e9cie. Plasticidade \u00e9 a capacidade que a fauna silvestre pode apresentar respondendo a est\u00edmulos ambientais que n\u00e3o s\u00e3o favor\u00e1veis a eles, havendo uma certa \u2018adapta\u00e7\u00e3o\u2019 a novos locais\u201d, completa. Considerado o menor entre as esp\u00e9cies de papagaios do Brasil, o papagaio-char\u00e3o ocorre no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e \u00e9 o \u00fanico papagaio migrat\u00f3rio do pa\u00eds. Apesar do tamanho pequeno, a esp\u00e9cie surpreende pela capacidade de voar grandes dist\u00e2ncias para se alimentar de pinh\u00f5es. O papagaio-char\u00e3o se reproduz em uma ampla regi\u00e3o do Rio Grande do Sul e quando o outono vai se aproximando, os bandos se deslocam para o sudeste de Santa Catarina em busca das florestas com arauc\u00e1rias, onde tem boa oferta de sementes do pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia) \u2014 N\u00eamora Prestes, bi\u00f3loga e coordenadora do Projeto Char\u00e3o. O papagaio-char\u00e3o \u00e9 uma esp\u00e9cie monog\u00e2mica, formando casais para toda a vida \u2014 Foto: Raphael Kurz Outra esp\u00e9cie estudada pelo Projeto Char\u00e3o \u00e9 o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), amea\u00e7ado de extin\u00e7\u00e3o devido \u00e0 ca\u00e7a para contrabando e a destrui\u00e7\u00e3o de seu habitat. \u201cEsta esp\u00e9cie apresenta distribui\u00e7\u00e3o no Sudeste e Sul, com alguns poucos registros na Bahia. Em Minas Gerais, est\u00e3o usando palmeiras para reproduzir, mas n\u00e3o em suas cavidades e sim nos galhos. Ou seja, a esp\u00e9cie que necessitava de cavidades para a reprodu\u00e7\u00e3o est\u00e1 utilizando outro lugar para se reproduzir, que n\u00e3o apresenta ocos\u201d, pontua. Comportamento migrat\u00f3rio e reprodu\u00e7\u00e3o De acordo com a pesquisadora, o papagaio-char\u00e3o tem um comportamento bastante peculiar. Eles re\u00fanem todos os indiv\u00edduos de uma popula\u00e7\u00e3o e se deslocam para locais que s\u00e3o bons s\u00edtios de forrageamento (alimenta\u00e7\u00e3o). \u201cConsequentemente, no final da safra do pinh\u00e3o, eles retornam para locais que utilizam para reprodu\u00e7\u00e3o. S\u00e3o grupos grandes, n\u00f3s j\u00e1 registramos esse comportamento migrat\u00f3rio de mais ou menos 120 indiv\u00edduos juntos. J\u00e1 vi coisas lindas nessa vida, mas a reuni\u00e3o dos papagaios acho que \u00e9 a mais linda que vi em toda a minha vida\u201d, lembra N\u00eamora. Quando a safra de pinh\u00e3o come\u00e7a a declinar, os bandos come\u00e7am a retornar para o Rio Grande do Sul para come\u00e7ar um novo ciclo reprodutivo \u2014 Foto: Gabriel Freitas O papagaio-char\u00e3o \u00e9 uma esp\u00e9cie monog\u00e2mica, formando casais para toda a vida. \u201cEles s\u00f3 se separam se um deles morrer. Na literatura temos registros de casais de psitac\u00eddeos que ficaram juntos por 70 anos\u201d. O macho e a f\u00eamea ficam pareados ainda no primeiro ano de vida, mas come\u00e7am a reproduzir a partir de seu terceiro ano. Eles investigam as cavidades na florestas a partir de julho ou agorsto e a f\u00eamea inicia a postura em setembro, colocando de 3 a 4 ovos. \u201cO processo de incuba\u00e7\u00e3o dos ovos dura em torno de 26 dias. Quando eclodem, os filhotes s\u00e3o totalmente dependentes dos pais, logo, o cuidado \u00e9 biparental (feito pelo macho e pela f\u00eamea). Eles levam de 53 a 57 dias para sa\u00edrem do ninho, porque ficam muito vulner\u00e1veis \u00e0 preda\u00e7\u00e3o natural e pelo homem\u201d, explica N\u00eamora. Segundo a pesquisadora, a f\u00eamea s\u00f3 retorna com o macho para este dormit\u00f3rio quando os filhotes tiverem de uma a duas semanas. Os filhotes recrutam a popula\u00e7\u00e3o por volta de 13 dias a partir da sa\u00edda de seu ninho. Papagaio-char\u00e3o \u00e9 o \u00fanico papagaio migrat\u00f3rio do Brasil \u2014 Foto: Raphael Kurz \u201cEm poucos dias, este filhote j\u00e1 participa desta grande migra\u00e7\u00e3o para Santa Catarina em busca de alimento. Tem algumas popula\u00e7\u00f5es mais ao sul do RS que voam mais de 400 km para chegar em Urupema (SC). Claro que n\u00e3o fazem isso num \u00fanico voo. Eles costumam reunir toda a popula\u00e7\u00e3o em Muitos Cap\u00f5es (RS). Este comportamento \u00e9 registrado na ida da migra\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m em seu retorno\u201d. Desmatamento das matas de arauc\u00e1rias A pesquisa pontua que, at\u00e9 a d\u00e9cada de 80, a esp\u00e9cie conseguia ter oferta de pinh\u00e3o dentro do estado do Rio Grande do Sul, como \u00e9 o caso dos munic\u00edpios de Muitos Cap\u00f5es e Esmeralda (RS). A floresta de arauc\u00e1ria \u00e9 um das vegeta\u00e7\u00f5es que comp\u00f5e a Mata Atl\u00e2ntica \u2014 Foto: Luciano Lima \u201cN\u00f3s ga\u00fachos exploramos muito a arauc\u00e1ria em d\u00e9cadas passadas, ent\u00e3o nossos ambientes ficaram empobrecidos. A cidade em que resido, por exemplo, que \u00e9 Carazinho, havia mais de 60 serralherias e todas elas exploraram muito a madeira da arauc\u00e1ria, que pode levar de 20 a 25 anos para come\u00e7ar a produzir pinh\u00e3o, o que \u00e9 bastante tempo\u201d, diz. Segundo N\u00eamora, h\u00e1 iniciativas importantes da Embrapa Florestas do Paran\u00e1 no sentido de reduzir esse tempo de produ\u00e7\u00e3o de pinhas. \u201cOs pesquisadores t\u00eam estudado a t\u00e9cnica de enxertia da arauc\u00e1ria. Eles utilizam um pedacinho de tecido da ponta de um pinheiro f\u00eamea, que produz as pinhas, e o inserem em mudas jovens de arauc\u00e1rias. Dessa forma, as mudas carregam a mem\u00f3ria gen\u00e9tica do pinheiro adulto e, em cerca de 7 a 8 anos ap\u00f3s o processo, essas mudas come\u00e7am a produzir suas pr\u00f3prias pinhas\u201d. De acordo com Jaime Martinez, um dos fundadores do Projeto Char\u00e3o, a redu\u00e7\u00e3o das matas de arauc\u00e1ria no Brasil foi muito intensa, sobrando algo em torno de 3% a 5%, o que resultou em uma grande perda de habitat para as esp\u00e9cies. Papagaio-char\u00e3o viaja mais de 400 km para comer pinh\u00e3o da arauc\u00e1ria \u2014 Foto: Raphael Kurz \u201cAntigamente, o char\u00e3o passava o per\u00edodo de reprodu\u00e7\u00e3o e alimenta\u00e7\u00e3o com o pinh\u00e3o no pr\u00f3prio Rio Grande do Sul. Mas o corte do pinheiro avan\u00e7ou muito de forma clandestina at\u00e9 os anos 1980 e, com isso, o estado reduziu muito a capacidade de suporte do ambiente para o papagaio-char\u00e3o\u201d, afirma o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF). A grande concentra\u00e7\u00e3o de papagaios-char\u00e3o se d\u00e1 em Urupema, munic\u00edpio catarinense com popula\u00e7\u00e3o de menos de 3 mil pessoas e que recebe muitos turistas para fotogravar a revoada diariamente at\u00e9 os dormit\u00f3rios. No Wikiaves, dos 1.296 registros de fotos feitos no estado de Santa Catarina, 1.253 foram realizados em Urupema \u2014 Foto: N\u00eamora Prestes \u201cIsso acontece porque os melhores remanescentes de florestas com arauc\u00e1rias que existem no mundo est\u00e3o na Serra Catarinense. Os dormit\u00f3rios est\u00e3o localizados especialmente na regi\u00e3o entre Urupema (SC) e Painel (RS), mas eles mudam periodicamente\u201d, explica o ornit\u00f3logo e guia de observa\u00e7\u00e3o de aves Raphael Sobania. No Wikiaves, dos 1.296 registros de fotos feitos no estado de Santa Catarina, 1.253 foram realizados em Urupema. Projeto Char\u00e3o O Projeto Char\u00e3o foi criado em 1991 e est\u00e1 completando 33 anos em 2024. A ideia surgiu porque havia uma preocupa\u00e7\u00e3o dos pesquisadores com o sumi\u00e7o de algumas popula\u00e7\u00f5es normalmente vistas em janeiro no Parque Natural Municipal Jo\u00e3o Alberto Xavier da Cruz, no norte do Rio Grande do Sul, que retornavam somente em julho ou agosto. Pinh\u00e3o vem de uma \u00e1rvore t\u00edpica do Sul do pa\u00eds, a arauc\u00e1ria \u2014 Foto: Patr\u00edcia Nicoloso\/iNaturalist As atividades do projeto s\u00e3o dedicadas ao estudo, conserva\u00e7\u00e3o e preserva\u00e7\u00e3o do papagaio-char\u00e3o e do papagaio-de-peito-roxo. Nas mais de tr\u00eas d\u00e9cadas de exist\u00eancia dele, v\u00e1rias a\u00e7\u00f5es foram realizadas para ajudar a diminuir a captura desses animais, principalmente atrav\u00e9s da educa\u00e7\u00e3o ambiental. Ligado \u00e0 Associa\u00e7\u00e3o Amigo do Meio Ambiente (AMA) e \u00e0 Universidade de Passo Fundo (UPF), o projeto contribui tamb\u00e9m para interligar \u00e1reas de alimenta\u00e7\u00e3o e reprodu\u00e7\u00e3o das esp\u00e9cies. Em 1995, os pesquisadores come\u00e7aram a detectar as rotas migrat\u00f3rias que os papagaios-char\u00e3o faziam atrav\u00e9s da contagem de quantos papagaios eram vistos em diferentes lugares durante todo o ano. Arauc\u00e1ria est\u00e1 na lista das esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o e s\u00e3o necess\u00e1rias a\u00e7\u00f5es para estimular seu plantio e conserva\u00e7\u00e3o \u2014 Foto: Jonathan Ehlert\/iNaturalist \u201cMonitoramos a popula\u00e7\u00e3o total da esp\u00e9cie desde quando a encontramos em Santa Catarina. Na \u00e9poca eram apenas oito mil indiv\u00edduos. Os papagaios eram fortemente capturados em seus ninhos para serem mantidos como animais de estima\u00e7\u00e3o”, destaca N\u00eamora. “Realizamos muitas palestras em diferentes segmentos da sociedade e isso fez com que a captura fosse minimizada. N\u00e3o que nenhum papagaio atualmente seja retirado dos ninhos, mas diminuiu drasticamente\u201d, completa. Educa\u00e7\u00e3o ambiental \u201cTemos realizados cursos para professores estimulando a trabalharem em suas disciplinas de sala de aula com a arauc\u00e1ria, cujo nome \u00e9 Resgate do Pinheiro-Brasileiro. J\u00e1 foram dez edi\u00e7\u00f5es nos estados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran\u00e1, S\u00e3o Paulo e Minas Gerais\u201d, diz a bi\u00f3loga. Com o curso, foram instru\u00eddos 573 professores oriundos de 84 munic\u00edpios, representando 323 institui\u00e7\u00f5es de educa\u00e7\u00e3o. O programa envolveu 12,7 mil alunos em atividades multidisciplinares com a arauc\u00e1ria, implantando 143 viveiros florestais escolares que geraram 352 mil mudas de A. angustifolia. Ela tamb\u00e9m destaca a import\u00e2ncia de parcerias pol\u00edticas e da atua\u00e7\u00e3o de \u00f3rg\u00e3os como Ibama e ICMBio para respaldar o trabalho constru\u00eddo ao longo dos anos. Na natureza, a arauc\u00e1ria (Araucaria angustifolia), esp\u00e9cie florestal nativa brasileira, pode levar de 20 a 25 anos para produzir o pinh\u00e3o \u2014 Foto: cbeier\/iNaturalist Outro fruto do trabalho realizado pelos pesquisadores do Projeto Char\u00e3o foi a aquisi\u00e7\u00e3o da Reserva Particular do Patrim\u00f4nio Natural Papagaios-de-Altitude, \u00e1rea de 46 hectares que est\u00e1 situada em Urupema (SC) e que recebe visitantes como quati, veado-catingueiro, ouri\u00e7o-caixeiro, gato-do-mato, jaguatirica, on\u00e7a-parda e outros animais. \u201cL\u00e1 todo o pinh\u00e3o \u00e9 destinado de maneira estrat\u00e9gica aos papagaios. A reserva foi comprada neste local, pois toda a popula\u00e7\u00e3o migra para esta regi\u00e3o durante a oferta de pinh\u00e3o. Temos incentivado propriet\u00e1rios de terras a transformarem parte de suas \u00e1reas em RPPN e queremos criar uma RPPN no RS, como estrat\u00e9gia de conserva\u00e7\u00e3o para a esp\u00e9cie”. Os dois sexos tem cor predominante verde, e s\u00e3o diferenciados pela m\u00e1scara vermelha e espelhos vermelhos da asa mais evidentes no macho \u2014 Foto: Gabriel Freitas Vale lembrar que quem atua com esp\u00e9cie migrat\u00f3ria tem dupla tarefa de conserva\u00e7\u00e3o: proteger s\u00edtios reprodutivos e s\u00edtios de forrageamento. \u201cN\u00e3o \u00e9 muito f\u00e1cil porque o desafio para manter projetos de conserva\u00e7\u00e3o esbarra sempre no financeiro. N\u00e3o precisamos de dinheiro para nossa conta banc\u00e1ria, pois temos nossa profiss\u00e3o, mas precisamos de institui\u00e7\u00f5es que apoiem financeiramente o Projeto Char\u00e3o para que possamos atuar ainda mais na conserva\u00e7\u00e3o desta esp\u00e9cie maravilhosa e resistente”, ressalta N\u00eamora Prestes. “Meu sonho n\u00e3o \u00e9 mostrar que somos honestos para a sociedade, pois o hist\u00f3rico do Projeto Char\u00e3o j\u00e1 conta isso, mas encontrar uma institui\u00e7\u00e3o que possa reconhecer todo este esfor\u00e7o de conserva\u00e7\u00e3o e adotar o Projeto Char\u00e3o atrav\u00e9s de seu compromisso social\u201d, finaliza. V\u00cdDEOS: Destaques Terra da Gente <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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