Viracopos registra queda no volume de carga e passageiros no 1º semestre; economista aponta alta do dólar como razão

De acordo com o balanço, que corresponde ao período de janeiro a junho, o terminal registrou a movimentação de 5,8 milhões de passageiros em embarque, desembarque ou conexão para voos domésticos e internacionais. 🔽 Ainda segundo os números da concessionária, a diminuição maior aconteceu nos passageiros internacionais. No primeiro semestre de 2023, foram 516,7 mil pessoas em trânsito para destinos fora do Brasil, enquanto que, neste ano, o dado caiu para 399,6 mil – o que equivale a uma queda de 22,6%. 👉 Atualmente, os voos internacionais regulares com chegada e partida do Aeroporto de Viracopos são: Lisboa, em Portugal; Fort Lauderdale e Orlando, nos Estados Únidos; e Paris (Orly), capital francesa. Em relação à diminuição no volume de passageiros, a concessionária disse, em nota, que “ela deve ser revertida neste segundo semestre com a implementação de novos voos nacionais e internacionais”. Já o volume de cargas, diferentemente do de passageiros, manteve a tendência de queda já registrada em 2023. Segundo a concessionária, o aeroporto registrou 131.851 toneladas de cargas movimentadas nos seis primeiros meses de 2024 contra 148.409 do mesmo intervalo do ano passado. A redução foi de 11%. O economista Roberto Brito de Carvalho afirmou que a desvalorização do dólar frente ao real gera duas consequências para Viracopos. A principal é a queda das importações, já que, com o aumento do preço dos produtos importados, o fluxo consequentemente fica menor. Além disso, o aumento do dólar também faz crescer o valor das viagens internacionais. “Consequentemente, as viagens de negócios por exemplo são obrigatoriamente reduzidas para reuniões”, disse. Já sobre a redução no fluxo de cargas, a Aeroportos Brasil informou que, apesar da queda, há uma tendência, nos últimos anos, de aumento do valor agregado da carga transportada. Ou seja, em relação especificamente à arrecadação e não ao peso, a concessionária afirma que houve um aumento de 19% em relação ao primeiro semestre do ano passado. “Isso demonstra que cargas com menor peso e maior valor estão sendo transportadas cada vez mais pelo aeroporto, tais como as importadas pela indústria de tecnologia e farmacêutica, por exemplo. Desta forma, a queda do volume do peso transportado não significa queda de arrecadação, mas indica que o aeroporto tem processado cargas com maior valor agregado”, diz o texto da nota. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região