Lar Comunidade Viih Tube diz que doença do filho não foi diagnosticada, mas a internet se adianta em culpá-la

Viih Tube diz que doença do filho não foi diagnosticada, mas a internet se adianta em culpá-la

por admin
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Nenhuma mãe deveria ser julgada. Aliás, a culpa já é um sentimento inerente senão a todas, ao menos para a maioria de nós. Agora, transfira toda essa culpa para uma mãe que esteja vivendo o chamado puerpério ou pós-parto. É simplesmente cruel.

Nesse período, há um considerável desajuste na balança dos nossos hormônios. Contudo, só quem passou pela experiência pode comprovar que a gangorra de emoções é avassaladora. Há dias bons, maravilhosos, mas também os péssimos.

Pode bater o baby blues—sentimentos que quase toda mulher que tem um filho vai conhecer. Seus sintomas podem ser confundidos com a depressão, como choro constante, tristeza, excesso de sensibilidade, irritabilidade e ansiedade, mas que tendem a desaparecer em até 21 dias após o parto. Já outras mulheres poderão enfrentar até uma depressão pós-parto.

Venho acompanhando o que Viih Tube tem vivido nos últimos dias. Mesmo sem haver informações sobre o real estado de saúde de seu segundo filho, Ravi, ela vem sendo bombardeada com críticas sobre a possível relação entre as complicações no parto e a internação do bebê.

Mas tanto a influenciadora quanto o marido, Eliezer, afirmaram em suas redes que não há qualquer combinação entre uma coisa e outra, inclusive pediram para que as pessoas parassem de atacá-la ainda mais em um momento tão delicado quanto é o pós-parto e a indefinição do diagnóstico da doença de um filho.

Aliás, estou prestes a passar pelo meu segundo puerpério. No primeiro, enfrentei os hormônios, segurei firme na rede de apoio, sorte a minha ter uma, mas há momentos que a mulher passa sozinha.

O período mais difícil, no meu caso, foi quando minha filha foi diagnosticada com uma luxação no quadril ou displasia do desenvolvimento do quadril, condição não muito comum. A dúvida foi plantada ainda na maternidade, dias depois foram realizados novos exames.

A ortopedista confirmou o diagnóstico, mas nos tranquilizou dizendo que, seguindo o tratamento corretamente, dentro de alguns meses ela estaria curada. Mas perguntei e se tudo desse errado? A resposta foi que ela poderia ter que passar por uma cirurgia complicada ou até mesmo mancar pelo resto da vida.

Na hora me senti a pior mãe do mundo, impotente, pensando como um bebê de menos de 15 dias usaria um suspensório ortopédico limitando seus movimentos, ficaria sem tomar banho por semanas, sentiria dor, e se eu desajustasse alguma coisa ficaria com sequelas? Será que eu poderia ter feito algo para evitar tudo isso?

A médica disse que eu não poderia ter feito nada, colocou o suspensório, explicou que ele não a machucaria. Mesmo assim fiquei angustiada e chorei ao chegar em casa, queria me enfiar num buraco, mas não tinha muita alternativa, tinha uma criança que dependia de mim. Depois, entendi que era o puerpério na minha cola.

Os dias se passaram e o cuidado redobrado em cada troca de fralda para não tirar o aparelho do lugar, o caminho de idas e vindas para repetir ultrassons, retornar às consultas pareciam tarefas intermináveis e, para mim, as análises da médica diziam que pouca coisa evoluía. Tive que exercitar a fé e a paciência. Finalmente, meses mais tarde ouvi que ela estava curada. O puerpério também tinha ido embora. Fui tomada pelo alívio e pela alegria.

Viver essa fase foi difícil para mim e toda a família, mas tivemos o privilégio de contar com o silêncio e a privacidade do mundo offline dos anônimos. No caso de Viih Tube dirão que ela tem que pagar o preço por ser uma figura pública, que expõe a própria vida, mas me solidarizo com seu momento e desejo que os haters deem um tempo para uma mãe respirar, cuidar de si e de seu bebê.

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