Lar Cidades VÍDEO: vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP

VÍDEO: vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP

por admin
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❤️ De filas para comprar cachorro-quente na praça a rifas de um anel de ouro e até de um bezerro, as tentativas de ajudar financeiramente os pais da criança foram marcadas pela criatividade. Assista ao vídeo acima. A história de Felipe, assim como as ações feitas pelos moradores, já somam mais de 6,6 milhões de visualizações e 1,9 milhão de curtidas no TikTok. Vizinhos fazem fila na praça e rifam até bezerro para ajudar pais de criança com câncer no interior de SP — Foto: Artes/g1 Vida ‘de cabeça para baixo’ Ao g1, a mãe de Felipe, Patrícia Rodrigues, explicou que a vida de todos “virou de cabeça para baixo” após o diagnóstico do filho em agosto de 2024. O comércio da família, única fonte de renda até então, precisou ficar fechado com frequência e, assim, começou a perder cada vez mais clientes. Para conseguir pagar as contas, a família começou a vender cachorro-quente em frente a um supermercado da cidade. A história se espalhou entre vizinhos e conhecidos, e eles começaram a receber doações em dinheiro e em bens para rifar e realizar bingos. “A adega ficou fechada por vários dias porque ele [o Felipe] ficou internado várias vezes. A nossa vida virou de cabeça para baixo, e as nossas dívidas foram aumentando. Foi quando a gente resolveu abrir o cachorro-quente para ajudar na renda”, conta. O dinheiro era pouco e as cobranças continuavam chegando. “Os boletos não paravam. Tinha o aluguel, e a conta de luz da adega chegou a vir R$ 2 mil. Foi virando uma bola de neve”, diz Patrícia. Pais de Felipe decidiram vender cachorro-quente após dificuldades financeiras e diagnóstico de câncer do filho — Foto: Patrícia Carvalho Como tudo começou Para completar a renda, Patricia e o marido iniciaram a venda do lanche, mas foi a cidade que iniciou a divulgação. Emanuela Mantovani, ao ficar sabendo da iniciativa, fez uma montagem com a foto dos pais em frente ao carrinho e enviou em um grupo de mães. “Sempre que a gente fala em criança, a gente fica um pouco mais tocada, né? Ainda mais eu que tenho filhos. Simplesmente, organizei uma arte bem simples, fiz um textinho e mandei nos dois grupos de mães dos meus filhos, e o negócio foi tomando uma proporção super legal”, conta. Nos dias seguintes, a calçada em frente ao supermercado ficou pequena para a quantidade de clientes que compareceram para dar apoio aos pais de Felipe. “Não é só o dinheiro. A gente vai até lá, dá um abraço, uma palavra de apoio e acolhimento. Às vezes faz até mais diferença”, explica. Moradores fazem fila em carrinho de cachorro-quente para ajudar pais de criança com câncer em Socorro. — Foto: Reprodução/fe.rodriguess0 Anel de ouro, bezerro e bingos comunitários Com a mobilização da cidade, Patrícia começou a receber doações de bens para rifar e conseguir arrecadar mais dinheiro. Entre os itens, a família recebeu um anel de ouro e um bezerro, que será sorteado no fim de janeiro. A joia foi o primeiro item arrecadado. Emanuela e Patrícia Carvalho, amiga da família, deram um “empurrãozinho” para que a doação acontecesse. Moradores rifam anel de ouro para ajudar pais de criança com câncer em Socorro (SP) — Foto: Arquivo pessoal “Eu fiquei sabendo da história do Felipe em um bar, e a Manu [Emanuelle] tinha me dito que conhecia uma senhora estava doando um anel para ajudar uma pessoa com câncer”, diz Patrícia. “Eu senti que precisava ajudar essa família. Encontrei o pai do Felipe e disse que iriamos dar o anel para eles rifarem e conseguirem um dinheiro, e que depois a gente ia ver o que fazer”, lembra. Rifa de bezerro em prol da criança será realizada em janeiro deste ano — Foto: Arquivo pessoal A comunidade também conseguiu eletrodomésticos e prendas para a realização de bingos beneficentes. O evento reuniu diversos moradores, que se comoveram e se mobilizaram em prol da família da criança. Moradores fizeram bingo para arrecadar dinheiro para a família — Foto: Arquivo pessoal Repercussão nas redes Com a repercussão das dificuldades enfrentadas pela família, Patrícia começou a receber pedidos de outros moradores para abrir uma chave Pix para receber contribuições em dinheiro. Depois disso, segundo a mãe, Felipe passou a publicar vídeos em uma conta supervisionada no TikTok, que já acumula 116,6 mil seguidores. Nas publicações, além de informar a conta para doações, ele conta sobre o seu diagnóstico, cotidiano com a doença, e responde perguntas de seguidores. Em um primeiros vídeos, o menino explica, nas próprias palavras, o que é a doença e o tipo de tratamento que está recebendo. Felipe publica vídeos em sua rede social, onde fala sobre seu estado de saúde — Foto: Reprodução/fe.rodriguess0 O que é o hepatocarcinoma? De acordo com Patrícia, Felipe foi diagnosticado com câncer no fígado, do tipo hepatocarcinoma. Ele é tratado gratuitamente no Hospital Boldrini, em Campinas (SP). Simone Perales, especialista em cirurgia do fígado e transplante hepático do Hospital de Clínicas da Unicamp, explicou que a doença raramente se manifesta em crianças e 95% das vezes aparece em quem tem cirrose hepática. “Embora seja muito raro na faixa etária pediátrica, é o segundo tipo de tumor primário mais comum. Nesse grupo de pacientes, normalmente os fatores de risco são diferentes. Sendo os principiais doenças metabólicas que afetam o figado, como doenças de armazenamento de glicogênio; uma síndrome conhecida como Alagille; ou mais raramente, devido infecção por vírus B”, explica. Em pacientes adultos, o câncer pode ser silencioso e assintomático. Nas crianças, o tumor pode atingir tamanhos maiores e dar aumento do volume e dores abdominais, água na barriga, mudança na cor da pele para amarelado, além de perda de peso, mal-estar e indisposição. “Um dos grandes problemas dessa lesão é que o fígado funciona como um filtro para o sangue. Então o sangue entra e sai do fígado o tempo todo. Havendo alguma célula de neoplasia no fígado, essa célula pode sair do fígado e viajar para outros lugares através da corrente sanguínea, dando as chamadas metástases, que nesse caso se dá principalmente para pulmões, ossos e para as veias adjacentes ao fígado”, explica Simone. A médica afirma que quando há metástase, lesões volumosas ou invasão de vasos, os tratamentos com intuito curativo (como transplantes, cirurgias e ablações) ficam limitados. Entram, então, os tratamentos paliativos sistêmicos, como quimioterapia, imunoterapia e quimioembolização. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região *Estagiária sob supervisão de Gabriella Ramos.

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