Expoente de um período de riquezas da Campinas (SP) do século XIX, época em que a cidade rivalizava em importância e tamanho com a capital São Paulo, a imponente Catedral Metropolitana passou por reforma há pouco mais de 100 anos para adicionar um elemento que muitos campineiros desconhecem, e poucos sequer tiveram a oportunidade de visitar: a cripta. O g1 esteve na Catedral, escolhida em votação como uma das cinco maravilhas da cidade, e acompanhou a abertura da cripta, além de registrar como é o espaço onde permanecem seis bispos sepultados. O conteúdo faz parte de uma série de reportagens sobre os 250 anos da metrópole. Cripta da Catedral Metropolitana de Campinas é aberta a visitação às segundas, quartas e sextas, das 8h às 16h — Foto: Fernando Evans/g1 Onde fica a cripta? Localizada sob o altar-mor, a cripta foi construída durante a reforma de 1923 pelo engenheiro-arquiteto Adelardo Soares Caiuby, que era muito atuante na capital. O projeto e a construção custaram 29.199 contos de réis, o equivalente a R$ 291 milhões nos dias atuais, segundo projeção do colecionador de moedas, Leandro Tavares. Em pesquisa feita por Paula Elizabeth de Maria Barrantes, mestre em História da Arte pela Unicamp, a diferença entre o estilo da cripta, toda em mármore, em contraste com toda a decoração do templo, em madeira, pode ser explicada pela motivação com a elegância e modernidade que o material traduzia. “As linhas limpas e geometrizadas indicam a mudança no pensamento de modernidade nos primórdios do novecentos”, escreveu Paula. Campinas, 250 anos: Catedral Metropolitana de Campinas foi eleita uma das cinco maravilhas da cidade — Foto: Fernando Evans/g1 Quais bispos estão enterrados? De acordo com a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, foram enterrados na cripta da Catedral os seguintes bispos: Dom João Batista Corrêa Neri (1863-1920);Dom Joaquim José Vieira (1836-1917);Dom Francisco de Campos Barreto (1877-1941);Dom Joaquim Mamede da Silva Leite (1876-1947);Dom Paulo de Tarso Campos (1895-1958);Dom Antônio Maria Alves de Siqueira (1906-1993);Dom Bruno Gamberini (1950-2011). Cabe destacar que em 22 de agosto de 1966, Dom Francisco de Campos Barreto foi transladado para o Mausoléu da Casa Geral das Missionárias de Jesus Crucificado, ordem fundada por ele e pela Madre Maria Villac. Construção da cripta da Catedral Metropolitana de Campinas foi feita toda em mármore, o que reflete a modernidade do início dos anos 1900 — Foto: Fernando Evans/g1 Pode visitar? Padre Caio Augusto de Andrade, pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição e cura da Catedral Metropolitana de Campinas, explica que a cripta é aberta a visitação sempre às segundas, quartas e sextas, das 8h às 16h. O local comporta, no máximo, 20 pessoas por vez. Durante as missas, o acesso à cripta não é permitido. Cripta da Catedral Metropolitana de Campinas, construída na reforma de 1923, abriga seis bispos enterrados — Foto: Fernando Evans/g1 VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região
Vídeo revela como é a cripta da Catedral Metropolitana de Campinas; veja imagens
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