O g1 conta a história de superação da ovina recheada de amor e dedicação de seus tutores. “Sempre tinha ouvido falar que carneirinho era mansinho e sensível. Mas estamos apaixonados, ela é mais carinhosa do que os cachorrinhos que temos. A amora é dócil, muito carinhosa, uma paixão mesmo”, contou a tutora. A família de Larissa cria ovelhas e carneiros em uma ampla propriedade onde também funciona uma casa de repouso. A enfermeira cresceu em ambiente rural e sempre teve contato com animais, mas nunca tinha visto uma rejeição dessas e foi amor à primeira vista. Amora foi adotada pela família de Larissa após ser rejeitada pela mãe e rebanho em fazenda de Araraquara. — Foto: Amanda Rocha/g1 Da rejeição ao amor A tutora contou que um funcionário da fazenda percebeu a rejeição da mãe da ovelinha dias após ela nascer. Amora também estava isolada do rebanho e sem se alimentar. A mãe não queria saber da filhote e dava até umas cabeçadas para espantar a pequena. “Quando vi que ela seguia o funcionário para cima e para baixo, com a mamadeira no sol e ela deitada próxima, eu me preocupei e fui lá ver para tomar conta na tarde. Não teve jeito, me apaixonei e levei ela para casa para dar mamadeira a noite. Desde então ela está com a gente”, contou. Amora tem apenas três meses, mas o vínculo que criou com Larissa e a sua filha Rafaela Marina Zenatti, de 6 anos, parece ser de décadas. Até o mês passado, a cordeirinha dormia no quarto delas e se acostumou com a presença humana. Apegada e carinhosa, adora companhia e afeto. A ovelhinha não pode ficar muito tempo longe da tutora que já começa a emitir os característicos “mééé”. Amora é uma ovelha dócil da raça Santa Inês. Família de Araraquara cria ovelhas e cordeiros. — Foto: Amanda Rocha/g1 De pelagem preta e olhar manso, ela conquista a todos por onde passa. A enfermeira contou que quando leva o animal a um pet shop da cidade, e é impossível não receber atenção e carinho das pessoas. “Ela anda de coleira peitoral, e quando visito minha mãe que mora em apartamento, somos muito bem vindas lá, onde vamos o pessoal para e quer passar a mão, querem dar mamadeira. O mundo precisa de mais carinho mesmo”, disse. Características e alimentação A alimentação da Amora é a base de leite, ração de ovinos e silagem, uma refeição típica de ovinos. Mas a tutora disse que a bichinha é comilona e “furta” até ração das cachorras. A mamadeira está sempre a tiracolo para alimentar a bebê-ovelha. Em breve ela vai passar no veterinário para tomar a primeira vacina e regular a dieta. “Estamos aprendendo a ter uma ovelha, é tudo novo. Agora vai passar pelo veterinário para vermos a dieta dela, porque está ficando muito gordinha”, contou. Rafaela, Larissa e Amora são inseparáveis. Família adotou a ovelhinha após rejeição em Araraquara — Foto: Amanda Rocha/g1 A veterinária Beatriz Boldrin é especializada em animais exóticos e apontou algumas característas sobre o comportamento das ovelhas domésticas. Por exemplo, elas são mamíferos herbíveros, que se alimentam de pasto, campim, leguminosas entre outros. Já a expectativa de vida é de 12 a 14 anos, podendo chegar até os 25 anos. “Elas são animais dóceis que podem ficar próximo de pessoas e outros animais, e podem reconhecer os seus cuidadores pela voz ou pelo cheiro. As ovelhas são ruminantes, ou seja, mastigam e remastigam o alimento que volta ao estômago, um deles conhecido como rúmen”, contou. Animal não convencional Larissa tem duas cachorras e contou que todas se dão super bem, a diferença é que a brincadeira da Amora é dar uns pulinhos e umas “cabeçadinhas” ao invés das mordidinhas de cães. Ela também adora brincar de bola com a Rafaela. Uma das brincadeiras preferidas da ovelhinha é correr atrás de bola com a Rafaela — Foto: Amanda Rocha/g1 Desde que chegou na família, Amora ganhou um edredon e agora dorme junto às outras cachorras da casa em uma casinha de pet. A harmonia entre elas reina, mas como a ovelha tem cascos nas patas, às vezes a pisada nas brincadeiras acaba doendo um pouquinho. “Às vezes ela pisa no pé sem querer e machuca, porque tem o casco, né. A Rafa fala que ela anda de salto alto. Mas é um pet como um cachorro, adora brincar no quintal, a diferença é que ela não faz au au, e sim mémé. A minha Yourkshire é terrível, late muito mesmo, e ela não”, contou aos risos. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: