“Ele estava sempre ali, sempre presente – se eu precisasse dele ou não. Ele estava sempre presente, simplesmente sempre ali”, recorda Gabi Bachem, tutora do falecido. A família Bachem perdeu seu cachorro Pinu’u. Na igreja desconsagrada em Albstadt-Pfeffingen, na Alemanha, famílias enlutadas podem se despedir de seus bichinhos em uma cerimônia. “Para alguns é apenas um animal, mas para outros é um membro pleno da família”, aponta Ellen Weinmann, agente funerária de animais. “E sempre dizemos que cada um pode viver o luto como quiser, e a todos deve ser dado o espaço para isso, seja pequeno ou grande. Quem decide, no fim das contas, é o coração.” Mas tanto a Igreja Católica como a Protestante rejeitam a realização de cerimônias religiosas para animais. Qual é a questão? “O enterro de animais é possível. A questão, claro, é com qual ritual litúrgico isso será acompanhado.”, explica o pastor protestante Markus Gneiting. “E aqui é necessário ter o cuidado de que não seja idêntico a um enterro humano. Mas acompanhar pessoas que queiram se despedir de um animal, isso é uma questão de amor ao próximo, de solicitude e também de assistência pastoral às pessoas.”