Deitada de costas, com patas enormes para o ar, a ursa-polar Laerke faz seu exame médico anual. O check-up tem muitas semelhanças com aquele feito pelos humanos —exames de sangue, urina, coração. A diferença? Cerca de meia dúzia de veterinários são necessárias para virá-la durante as avaliações. Planeta em transe Uma newsletter com o que você precisa saber sobre mudanças climáticas O exame recente no Point Defiance Zoo & Aquarium em Tacoma, no estado de Washington (EUA), rendeu resultados animadores para Laerke, que tem três anos e vive com sua irmã gêmea no local desde junho de 2023, quando ambas se mudaram do Detroit Zoo. “Procuramos todo tipo de caroços, inchaços e linfonodos grandes, qualquer coisa que indique problemas de saúde”, diz a veterinária-chefe Karen Wolf. “Mas não encontramos nada disso. Ela está em condição ótima.” A agência Reuters teve acesso exclusivo para filmar Laerke sendo examinada do nariz à cauda durante o exame de uma hora. Os ouvidos dela também foram limpos —os veterinários brincam que é como fazer um “tratamento de spa”. “É incrível ter contato direto com um urso-polar, há tão poucos. Eles são animais realmente carismáticos e precisam mesmo do nosso apoio para salvá-los da extinção e evitar os efeitos das mudanças climáticas”, afirma Wolf. Com o aquecimento no Ártico ameaçando o habitat tradicional dos ursos-polares, que dependem do gelo marinho para caçar focas, os animais estão passando mais tempo em terra, o que os deixa com fome e coloca em risco as populações. A curadora-assistente do Rocky Shore & Tundra do Point Defiance Zoo, Sheridan Ploof, diz que os zoológicos podem ser cruciais para a educação do público quanto ao risco que as mudanças climáticas representam para os animais selvagens. “Acho que os zoológicos desempenham um papel muito importante na conservação. Não é suficiente para nós apenas ter essas meninas aqui apenas para exibi-las. Precisamos trabalhar para conservar suas espécies e ensinar as pessoas sobre as mudanças climáticas”, afirma ela.