O Exército de Israel faz novos bombardeios contra alvos do grupo extremista Hezbollah no sul de Beirute neste sábado (5). “Aviões de guerra do inimigo israelense lançaram quatro bombardeios muito violentos contra os subúrbios do sul [de Beirute] e outro contra [a área de] Chweifat”, reportou a Agência Nacional de Notícias do Líbano. O Exército israelense tem feito bombardeios diários à capital libanesa, assim como em outros pontos do Líbano. Segundo Israel, os ataques aéreos são contra alvos militares do Hezbollah. Ao mesmo tempo, as tropas de Netanyahu fazem uma incursão terrestre no sul do país contra alvos do grupo extremista. Correspondentes da AFP disseram ter ouvido várias explosões e viram colunas de fumaça subindo no sul na capital libanesa. Chamas e uma coluna de fumaça são vistos em Beirute em 5 de outubro de 2024. — Foto: Reuters Neste sábado, fontes de segurança disseram às agências Reuters e a AFP que o terrorista cotado para substituir Nasrallah, Hashem Safieddine, está incomunicável e desaparecido desde um bombardeio israelense na sexta (4). Em duas semanas, ataques israelenses em todo o território libanês provocaram cerca de duas mil mortes. Chamas e uma coluna de fumaça são vistos em Beirute em 5 de outubro de 2024. — Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh Entenda o conflito Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas. Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza. Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida. Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos: Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando “uma nova fase na guerra”.Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por meio de um bombardeio em Beirute.Israel lançou uma operação terrestre no Líbano “limitada e precisa” contra alvos do Hezbollah, no dia 30 de setembro.Em 1º de outubro, o Irã atacou Israel como resposta à morte de Nasrallah e outros aliados do governo iraniano. Veja onde fica o Líbano — Foto: Arte/g1