No vídeo, os banhistas aparecem correndo em debandada, e feridos são carregados em espreguiçadeiras. A Ucrânia não comentou o ataque, ocorrido no último fim de semana. O Kremlin culpou diretamente os Estados Unidos pelo ataque, já que os mísseis foram fornecidos pelos norte-americanos. Moscou advertiu o embaixador dos EUA formalmente que haverá retaliação. Mísseis ucranianos em praia da Crimeia surpreendem banhistas russos A guerra na Ucrânia aprofundou uma crise nas relações entre Rússia e o Ocidente. Autoridades russas disseram que o conflito está entrando na escalada mais perigosa até agora. No entanto, culpar diretamente os EUA por um ataque contra a Crimeia, que a Rússia anexou unilateralmente em 2014, embora a maioria do mundo a considere parte da Ucrânia, é um passo além. “Vocês deveriam perguntar aos meus colegas na Europa e, acima de tudo, em Washington, os secretários de imprensa, por que os seus governos estão matando crianças russas”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres. A Rússia afirmou que, além de fornecer armas, os militares norte-americanos teriam apontado os alvos e fornecido dados. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora norte-americana, Lynne Tracy, e lhe disse que Washington está “travando uma guerra híbrida contra a Rússia e de fato se tornou parte do conflito”. “Definitivamente haverá medidas retaliatórias”, disse. Banhistas fogem de ataque com mísseis na Crimeia, em junho de 2024 — Foto: Reprodução/Reuters EUA diz fornecer armas para defesa de território Tracy afirmou que Washington lamenta qualquer morte de civis, disse a repórteres o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. Ele acrescentou que Washington fornece armas à Ucrânia para que ela possa defender seu território soberano, incluindo a Crimeia. O porta-voz do Pentágono, major Charlie Dietz, disse que a “Ucrânia toma suas próprias decisões sobre alvos e conduz suas próprias operações militares”. O presidente russo, Vladimir Putin, alertou repetidas vezes sobre o risco de uma guerra muito mais ampla, envolvendo as maiores potências nucleares do mundo. Ele já declarou, no entanto, que a Rússia não quer um conflito com a Otan, aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Medidas de retaliação O presidente norte-americano, Joe Biden, descartou enviar tropas dos EUA para lutar na Ucrânia e disse, pouco depois da invasão russa, em 2022, que um confronto direto entre a Otan e a Rússia seria a Terceira Guerra Mundial. Questionado sobre o que seria a resposta russa ao ataque na Crimeia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, lembrou as palavras de Putin em 6 de junho sobre um posicionamento mais amplo de armas convencionais. “Claro, o envolvimento dos Estados Unidos no conflito, cujo resultado são russos pacíficos morrendo, tem que ter consequências”, disse Peskov. “Quais elas serão ? O tempo dirá.”