Os dados compõem o Boletim do Trabalho Formal mais recente, realizado pelo Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba (SP) e que tem como fonte o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. 📈Confira, abaixo, os setores que tiveram maior alta e também os que registraram mais queda. Maiores altas Os dados apontam que a principal alta aconteceu no salário médio de contratação da área de Eletricidade e Gás, que saltou de R$ 1.903,31 no segundo trimestre de 2023, para R$ 2.256,30 no mesmo período de 2024. Uma variação de 18,5%. Em segundo lugar, ficou o setor de Educação, cujo salário médio de admissão passou de R$ 2.151,13 entre abril, maio e junho de 2023, para R$ 2.354,11 no mesmo período de 2024, o que representa uma alta de 9,4%. O setor de Saúde Humana e Serviços Sociais completa o pódio, com uma variação de 8,6%, uma vez que o salário médio do segundo trimestre de 2023, de R$ 1.894,01, passou para R$ 2.057,01 no mesmo período desse ano. Maiores quedas O setor que teve a maior queda nos salários de contratação no segundo trimestre de 2024, no comparativo com o mesmo período de 2023, segundo o Boletim do Trabalho Formal, foi e de Água, Esgoto, Atividades de Gestão de Resíduos e Descontaminação, que, na média, foi de R$ 2.228,53, no segundo trimestre de 2023 para R$ 1.977,86, uma variação negativa de 11,2%. Em penúltimo lugar ficou a área de Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados, que foi de R$ 3.466,81 entre abril, maio e junho de 2023, para R 3.174,09 no mesmo período de 2024, queda de 8,4%. A pesquisadora do Observatório da RMP e professora da Escola de Negócios da PUC Campinas, Cristiane Feltre, afirma que uma hipótese para essa redução são possíveis contratações de profissionais de menor qualificação. “O que pode ter ocorrido, no geral, é a contratação de pessoas com menor qualificação e também de profissionais mais jovens, não ‘seniors’, o que reduz a média dos salários de contratação”, aponta. Eletricidade e Gás, Educação, e Saúde Humana e Serviços Sociais lideram setores com maior alta de salários de contratação na RMP – Rafa manda, precisa subir no sistema — Foto: JN Mais variações positivas e negativas Outros setores que tiveram variação positiva no período, de acordo com o Boletim, foram Atividades Imobiliárias (4,2%); Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aqüicultura (2,4%); Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (2%); Outras Atividades de Serviços (1,2%); Artes, Cultura, Esporte e Recreação (1%); Informação e Comunicação (0,8%) e Alojamento e Alimentação (0,2%). Completam a lista de setores que tiveram variações negativas Administração Pública, Defesa e Seguridade Social (-7,4%); Atividades Profissionais, Científicas e Técnicas (- 4,7%); Construção (-4%); Indústrias Extrativas (-3%); Atividades Administrativas e Serviços Complementares (-1,5%); e Indústrias de Transformação (-0,6%). Metodologia Os resultados do Boletim foram obtidos pelo Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba a partir de microdados do Caged, considerando os períodos entre abril e junho de 2023 e entre abril e junho de 2024. “A partir desses microdados, foram calculadas as médias salariais mensais que também foram deflacionadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com mês-base abril de 2023”, aponta o Observatório no Boletim. A metodologia utilizada para aos cálculos, segundo o Observatório, é similar à do Caged. “Foram eliminados salários menores que 0,3 salários mínimos e acima de R$ 30 mil, excluindo os da categoria intermitente e não identificados, porém considerando o valor base do salário mínimo paulista”, indica o documento. “O Caged estabelece como limite superior salários de contratação de até salários mínimos. Essa linha de corte para a RMP é composta por remunerações bastante divergentes das ocupações. Observou-se que a maioria dos salários acima de R$ 30 mil na região não tem correspondência com as respectivas ocupações”, aponta o Boletim. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região