Uma restauração iniciada nesta segunda-feira (9) pela universidade, no entanto, pretende recuperar o edifício histórico. As obras, com duração prevista de quatro anos, devem incluir a revitalização de paredes, portas, janelas, teto e pinturas das paredes. O Solar, que já abrigou vinte cursos de graduação da PUC, vai ter uma nova destinação com previsão de espaços museológicos, exposições artísticas e culturais, cursos de formação na área cultural e artística e projetos educativos para jovens e crianças em situação de vulnerabilidade. 🏙️ Revitalização da cidade Universidade começa obras de restauro em edifício histórico na região central de Campinas — Foto: Reprodução/EPTV Segundo a PUC, a restauração do Solar do Barão de Itapura trará uma série de impactos positivos para Campinas, dos empregos diretos das obras, à revitalização do comércio e valorização do patrimônio histórico e cultural da cidade. “Às vezes todo aquele entorno que foi desqualificado por conta daquele prédio ter sido abandonado, largado [com o restauro] tudo aquilo acaba revitalizando no entorno”, comentou o arquiteto e urbanista João Verde. João defende que, mesmo que eles não recuperem a atividade original, os prédios revitalizados devem receber uma função social que ajude na revitalização da própria cidade. “As novas gerações têm o direito de conhecer o que foi o passado, elas têm o direito de pisar naqueles edifícios, de ver o legado daqueles construtores, pedreiros, pintores, carpinteiros que trabalharam. Não adianta só ver fotos, estar dentro do imóvel é importante”, explicou. 🏛️ Edifício histórico Universidade começa obras de restauro em edifício histórico na região central de Campinas — Foto: Reprodução/EPTV Também conhecido como Pátio dos Leões, o edifício foi construído entre 1880 e 1883 e possui 227 cômodos. Ele se destaca na paisagem urbana pela imponência que mantém mesmo com tantos edifícios construídos no entorno com o passar dos anos. O projeto inicial foi uma das primeiras construções em tijolo no Brasil e tem assinatura do construtor italiano Luigi Pucci, que anos depois seria responsável pela construção do Museu do Ipiranga na capital paulista. Em 1941 ele foi comprada pela Arquidiocese de Campinas e criada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, que deu início à universidade. Na década de 1980 foi tombado como patrimônio histórico pelo estado (Condephaat), em 1984 e município (Condepacc), em 1988. 🏰 Restauração do convento para edição 2025 do Campinas Decor Antigo convento é novo cenário para edição 2025 de Campinas Decor — Foto: Paulo Arantes Outro edifício histórico que está em processo de restauração na metrópole é o convento das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. As obras fazem parte da 27ª edição da mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista, a Campinas Decor de 2025. O edifício foi construído na década de 1940 e possui uma área 6,2 mil metros quadrados de terreno e 3,6 mil metros quadrados de área construída, localizado na Rua Bernardo de Souza Campos, 42, Praça Dom Barreto, no Bairro Ponte Preta, região central de Campinas. “A Casa de Nossa Senhora é um prédio de beleza ímpar e que, apesar de estar em plena área urbana e a poucos minutos do centro da cidade, é pouco conhecido pelos moradores de Campinas”, afirma Fernando Penteado Filho, diretor da mostra. Segundo a organização, o local vai contar com cerca de 50 ambientes internos e externos preparados por profissionais do setor na cidade e região. A mostra pretende apresentar tendências e novidades em artigos para decoração e construção, mobiliário, automação residencial, entre outros. Antigo convento é novo cenário para edição 2025 de Campinas Decor — Foto: Paulo Arantes VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região