O bispo diocesano de Juína – MT, dom Neri José Tondello, natural de Antônio Prado, no Rio Grande do Sul, assina artigo sobre a tragédia ocorrida no Estado: “a tragédia é apelo humano, ético e cristão para todos. Somos todos irmãos na amizade. A tragédia nos chama e a hora da caridade é agora. A hora da solidariedade está a porta de nosso coração”. Dom Neri José Tondello* Meu querido Rio Grande do Sul. Coração amado, bate forte por ti. As vidas que se foram, meu lamento. Estejam em paz nas moradas eternas. As pessoas perdidas, esperança de encontrarmo-nos, não sei onde. As pessoas feridas e machucadas, nossa cura humana, psicológica e espiritual. As pessoas fora de suas casas, coragem, apoio e fé. As pessoas solidárias, participação, unidade, ajuda e força: muito obrigado. As pessoas orantes, consolo. Peregrinos da esperança, apesar de todo desespero. As pessoas que nos governam, hora da unidade. A tragédia não tem partido, não tem religião. Não tem cor. Não tem opção sexual. A tragédia não tem polarização, a não ser sozinha contra tudo e todos. A tragédia não tem lado. Não tem rico. Não tem pobre. A tragédia é apelo humano, ético e cristão para todos. Somos todos irmãos na amizade. A tragédia nos chama e a hora da caridade é agora. A hora da solidariedade está a porta de nosso coração. A tragédia nos pede conversão ecológica. Conversão sinodal. A tragédia nos leva a rezar e pensar a finitude das rebeldias humanas. A tragédia nos faz irmãos. Se nada aprendemos com a tragédia, nos tornaremos insossos no conjunto da obra. Cada vida em risco, dor e fragilidade alheia. Cada vida ameaçada e engolida e/ou cada vida salva, alteridade em serviço. * Bispo Diocesano de Juína – MT Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui