Unicamp vai capacitar alunos para promover inclusão de pessoas com deficiência; entenda

A Unicamp vai oferecer aos seus alunos uma nova disciplina de inclusão e acessibilidade. A ação que reúne quatro universidades públicas de São Paulo, incluindo USP, Unesp e Univesp, tem como objetivo capacitar estudantes de todas as áreas do conhecimento a compreender e promover a inclusão de pessoas com deficiência (PCD). Chamada de “Disciplina Paulista de Acessibilidade e Inclusão”, a matéria tratada como inédita no país será oferecida de forma optativa aos alunos não PCDs, de forma on-line, a partir de março – e com duração de 2 meses, com 80 horas. Apesar de oferecido de forma on-line, o aluno terá períodos para tirar dúvidas com professores e monitores, e haverá avaliação sobre o conteúdo assitido e prova ao final dos dois meses. Serão 2 mil vagas na Unicamp por semestre, totalizando 8 mil nas quatro universidades. “A matéria trará conteúdos essenciais para promover uma educação mais acessível e inclusiva. Entre os principais temas, estão a análise de barreiras físicas, atitudinais, tecnológicas e pedagógicas, além do estudo dos direitos das pessoas com deficiência e da importância da cultura inclusiva”, destaca a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD). Durante as aulas, os alunos também terão acesso “a conceitos sobre tecnologia assistiva e desenho universal para a aprendizagem, práticas pedagógicas voltadas à diversidade e discussões filosóficas e éticas sobre inclusão”. As inscrições devem ser feitas pelos alunos interessados na Diretoria Acadêmica, para que seja contado como crédito. Segundo a SEDPcD, a ação em parceria com as universidades paulistas visa incentivar a formação de profissionais preparados para atender as pessoas com deficiência, que são 3,3 milhões apenas no estado de São Paulo, de acordo com o Observatório dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Cotas para pessoas com deficiência Segundo Ivan Toro, pró-reitor de Graduação da Unicamp, é de conhecimento da comunidade as barreiras físicas existentes na universidade, além de uma necessidade de capacitação para lidar com estudantes com deficiência. “Com o aumento da população de estudantes com deficiência, será fundamental criar um ambiente acadêmico mais preparado e acolhedor, e a conscientização de toda a comunidade universitária desempenhará um papel essencial nesse processo”, afirmou Toro. Unicamp aprova cotas para pessoas com deficiência na graduação