‘Uma mentira que me machuca’, diz Hollande sobre acusação de ex-primeira-dama

‘Uma mentira que me machuca’, diz Hollande sobre acusação de ex-primeira-dama

10 setembro 2014Crédito, AFPO presidente da França, François Hollande, repudiou a revelação feita pela ex-companheira, a jornalista Valérie Trierweiler, de que ele ‘odeia pobres’, e classificou a acusação como “uma mentira que me machuca”.Em entrevista à revista Le Nouvel Observateur, o líder socialista afirmou não querer que ninguém pense que ele ridiculariza as dificuldades sociais.Em um livro de memórias recém-lançado, a ex-primeira-dama Valérie Trierweiler escreveu que o ex-companheiro costuma se referir aos pobres como “aqueles desdentados”.Hollande e Trierweiler permaneceram juntos por nove anos até uma reportagem de uma revista francesa revelar um suposto relacionamento extraconjugal do presidente francês com a atriz Julie Gayet.No livro, que foi publicado na semana passada e já se tornou um dos mais vendidos na França, Trierweiler descreve o líder socialista como um homem “insensível” que não gosta de pobreza.Apesar de sua imagem de um líder de esquerda que detesta os ricos, Trierweiler afirma que Hollande desprezava os pobres e se referia a eles como “desdentados” no âmbito privado.A polêmica envolvendo o livro da ex-primeira-dama ocorre após semanas difíceis para Hollande, que viu sua popularidade cair ao nível mais baixo de um presidente francês em mais de 50 anos.Pule WhatsApp e continue lendoNo WhatsAppAgora você pode receber as notícias da BBC News Brasil no seu celularEntre no canal!Fim do WhatsAppO governo de Hollande vem lutando contra altas taxas de desemprego e um crescimento econômico estagnado.O ministro das Finanças, Michel Sapin, cortou a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) francês para 0,4% e anunciou nesta quarta-feira que o governo não conseguirá cumprir as metas da União Europeia sobre as contas públicas até 2017.No mês passado, o primeiro-ministro, Manuel Valls, substituiu seu gabinete após ministros de esquerda se opuseram publicamente às medidas de austeridade do governo.Hollande afirmou que nunca esteve do lado dos poderosos e que “sentiu esse ataque aos pobres, aos despossuídos, como se fosse um golpe desferido contra a minha vida inteira”.”Eu encontrei pessoas sofrendo os piores tipos de dificuldades”, afirmou Hollande à revista. “Eles tem problemas em tratar os dentes. Esse é o símbolo do pior tipo de miséria”.Uma transcrição parcial da entrevista ( em francês) foi publicada nesta quarta-feira na versão online do Le Nouvel Observateur. A íntegra da entrevista chegará às bancas nesta quinta-feira.À revista, o presidente francês falou que de seu passado modesto e de seus dois avôs, um dos quais trabalhava como alfaiate e outro como professor.Hollande reconheceu que ficou desconfortável com que leu no livro de sua ex-companheira, mas afirmou que os cidadãos franceses queriam resultados dele e que não estavam interessados em seu estado emocional.

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