“Obviamento o Golfo do México é reconhecido pelas Nações Unidas. Mas por que não chamamos [os Estados Unidos] de ‘América Mexicana’? Nome bonito, né?”, afirmou Sheinbaum apontando para um mapa que mostra o território do México com territórios que atualmente pertencem aos EUA e com os EUA aparecendo em verde com nome de “América Mexicana” . Trump defendeu a mudança do nome do Golfo do México, o maior do mundo, durante coletiva de imprensa na terça (7), a menos de duas semanas de voltar à presidência dos EUA. Trump também fez outras afirmações inflamatórias, como não descartar o uso de força militar para tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá, além da intenção de anexar o Canadá pelo estrangulamento econômico. Veja tudo que ele falou aqui. Para justificar a sugestão, feita de forma irônica, Sheinbaum citou uma Constituição de Apatzingán, promulgada em 1814, mas que nunca foi implementada. O texto propunha a criação de um Estado em todo o território da América do Norte, que compreende México, EUA e Canadá. Durante coletiva de governo nesta quarta-feira, Sheinbaum também afirmou que o Golfo do México é reconhecido internacionalmente e pela Organização das Nações Unidas (ONU). ‘Golfo da América’ Trump diz que vai mudar nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’ Trump disse que mudará o nome do Golfo do México para “Golfo da América” durante seu governo, que inicia em 20 de janeiro. “Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’, que nome bonito. É apropriado porque o México tem um déficit enorme com a gente, e nós fazemos todo o trabalho lá”, afirmou Trump. “América” é o jeito como os norte-americanos se referem aos EUA. Ainda não está claro o que Trump pretende com a fala nem como ocorreria a mudança de nome. Também não ficou claro se a medida seria uma referência ao controle da região. O Golfo do México é o maior golfo do mundo, sendo cercado por terras da América do Norte e da América Central. A região tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão km², e seu subsolo é rico em petróleo. Além dos EUA, o golfo banha o México e Cuba. Veja onde fica o Golfo do México, que Trump promete mudança de nome para ‘Golfo da América’. — Foto: Equipe de arte/g1 A duas semanas da posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu anexar o Canadá e não descartou o uso militar para tomar o controle da Groenlândia e do Canal do Panamá. Ele também afirmou que vai mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. As declarações foram feitas durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (7). Em relação ao Canadá, Trump sugeriu que o país fosse incorporado aos Estados Unidos, se tornando o 51º estado norte-americano. O presidente eleito disse ainda que poderia usar “força econômica” para uma fusão entre os dois países. “Você se livra da linha traçada artificialmente e observa como ela fica… e também seria uma segurança financeira muito melhor”, disse. Segundo o presidente eleito, os Estados Unidos gastam demais para defender o Canadá e afirmou que o país vai deixar de comprar madeira ou carros canadenses, já que “não precisa” dos produtos do vizinho. Canal do Panamá e Groenlândia Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025. — Foto: REUTERS/Carlos Barria “O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro”, afirmou Trump. Não há evidências de que a China controle o Canal do Panamá. Na mesma linha, Trump disse que vai considerar sanções econômicas à Dinamarca por conta da Groenlândia. O país europeu administra a ilha no Atlântico Norte, que Trump quer tomar para os EUA. Essa não é a primeira vez que Trump diz que deseja controlar a Groenlândia. Em 2019, durante o primeiro mandato dele como presidente, o republicano disse que os Estados Unidos deveriam comprar a ilha. À época, a Dinamarca respondeu que não estava vendendo seus territórios. Atualmente, a Groenlândia abriga uma base militar dos Estados Unidos, uma vez que a Dinamarca é uma aliada de longa data do governo norte-americano. Nesta terça-feira, ao ser questionado se ele conseguiria controle do Canal do Panamá e da Groenlândia sem o uso de força militar ou coerção econômica, Trump respondeu: “Não posso garantir nada sobre ambos. Mas posso dizer isso: precisamos deles para a segurança econômica.” “Pode ser que você tenha que fazer alguma coisa. O Canal do Panamá é vital para o nosso país”, disse. “Precisamos da Groenlândia para fins de segurança nacional.”