Turboélice e a jato: entenda as diferenças entre os aviões mais usados em voos comerciais

Turboélice e a jato: entenda as diferenças entre os aviões mais usados em voos comerciais

Apesar de diferenças estruturais entre eles, especialistas em aviação reforçam que ambos possuem o mesmo nível de segurança. Veja abaixo as principais diferenças e semelhanças dos modelos: Funcionamento dos motores O professor de engenharia aeronáutica da USP James Waterhouse explicou como é a estrutura de cada um dos motores. “Os motores a jato têm uma carenagem em volta, como se fosse uma hélice, mas toda carenada em volta. Os turboélices tracionam uma hélice convencional.” Ele pontuou que, diante disso, os turboélices foram projetados para operar em altitudes menores e em velocidade média de 500 km/h, enquanto os a jato voam mais alto e em velocidade de 800 km/h. Segundo o piloto Fernando De Borthole, a principal diferença de funcionamento está na forma de gerar propulsão durante o voo. “O jato tem um grande ventilador na frente chamado de Fan, e esse Fan pega a grande quantidade de ar que está à frente do motor e empurra isso para trás em alta velocidade, para que o avião se movimente para a frente. O motor turboélice, ao invés de ter esse Fan, ele tem a hélice, que gira para gerar a propulsão. A diferença entre os dois motores é o que está lá na frente fazendo a propulsão”, diz. Economia e segurança Os especialistas destacam que os turboélices possuem um custo operacional menor, com consumo de combustível mais baixo, e melhor adaptação a adversidades, por isso, são os preferidos pelas companhias para realizar voos mais curtos. “O turboélice leva grande vantagem de conseguir operar em lugares com menos infraestrutura, porque é um motor menos exposto a danos por ingestão de alguma coisa. Um motor a jato, quando ele tem uma ingestão de detritos na pista ou de pássaros, ele fica inoperacional. O motor turboélice já é mais robusto para esse tipo de coisa, porque se passam pássaros ou detritos, não vão diretamente para dentro do motor”, explica De Borthole. Apesar disso, Waterhouse cita que os dois tipos são submetidos e aprovados nos mesmos testes de segurança da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Ambos os aviões passam pelos mesmos critérios de segurança. Eles demonstram às autoridades aeronáuticas as normas sendo aplicadas nos projetos. Tanto o jato quanto o turboélice cumprem esses requisitos, eles são equivalentes [em nível de segurança].” Vídeo mostra como sistema antigelo de aviões ATR funciona Estabilidade lá em cima Por outro lado, o professor ressalta que os aviões com motor turboélice podem ter mais turbulências, devido à altitude em que voam. “O que o pessoal atribui ao turboélice é que, por ele estar em altitudes mais baixas, geralmente, eles ficam em áreas bem mais turbulentas,” afirma. Já o piloto reforça que, mesmo com o fato de esse tipo de avião estar mais sujeito a turbulência, ele é considerado estável. “Isso não diminui a segurança. É simplesmente uma percepção da altitude que o avião está voando. Na verdade, o ATR [que tem motor turboélice] é muito estável, pela configuração dele, de ter asa alta. Aviões com asa alta tendem a ser mais estáveis.” Avião com motor turboélice — Foto: AcervoEP Bagageiros diferentes Outra curiosidade é que o local dos bagageiros muda em relação aos dois tipos de aviões, já que os turboélices são menores. “Por opção do fabricante, como os turboélices não têm dois andares, você acaba tendo que colocar as bagagens [em um espaço] entre o piloto e os passageiros, na cauda ou, eventualmente, até mais na frente. Lembrando que os turboélices operam mais em aeroportos sem tanta infraestrutura, então facilitar a retirada e colocação da bagagem é bastante importante”, completa Waterhouse. Abaixo, veja um comparativo com outras curiosidades sobre os dois tipos de avião: Tragédia no interior de SP O avião com 58 passageiros e quatro tripulantes, totalizando 62 pessoas a bordo, caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo. Veja, ponto a ponto, a cronologia do desastre: A aeronave decolou às 11h46 e o voo seguiu tranquilo até 12h20.Após 24 minutos, subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude.Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca.De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros.A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o ‘Salvaero’ foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio. Trajetória do avião que saiu de Cascavel (PR) e caiu em Vinhedo (SP) — Foto: Arte g1 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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