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Trump recorre à Suprema Corte por suspensão de sentença em caso de pagamentos a ex-atriz pornô

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Em um documento divulgado na quarta-feira, os advogados de Trump pediram que a mais alta corte dos EUA ordene imediatamente uma suspensão no caso, enquanto ele busca um recurso para resolver questões relacionadas à imunidade presidencial, após uma decisão anterior da própria Suprema Corte. “Este tribunal deve conceder uma suspensão imediata dos procedimentos adicionais no tribunal de primeira instância de Nova York para evitar uma grave injustiça e danos à instituição da Presidência e às operações do governo federal”, disseram seus advogados no recurso de emergência. Os advogados de Trump também observaram nesta quarta os esforços de apelação na sentença do caso podem chegar à Suprema Corte. Eles ainda solicitaram que o tribunal emita uma “suspensão administrativa” temporária enquanto considera o pedido por uma interrupção mais ampla, segundo o documento. Caso a Suprema Corte não anule o processo, Trump será o primeiro criminoso condenado a tomar posse como presidente dos EUA. Ele é o primeiro presidente dos EUA, em exercício ou ex-presidente, a ser condenado criminalmente. Desde a condenação de Trump, seus advogados fizeram duas tentativas sem sucesso de anular o caso. No entanto, o republicano conseguiu sucessivas vezes o adiamento do anúncio da sentença, que inicialmente sairia em julho. Se a Suprema Corte não intervir pela suspensão ou adiamento da condenação no caso, Trump deverá participar, de forma presencial ou virtual, de uma audiência para ouvir sua pena, segundo decisão do juiz Juan Merchan. No entanto, Trump não deve ser condenado à prisão. Sentença de caso criminal Um juiz de Nova York ordenou que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, seja sentenciado no próximo dia 10 de janeiro pelo caso em que ele foi considerado culpado por ocultar pagamentos a uma ex-estrela pornô. Na decisão publicada nesta sexta-feira (3), porém, Juan Merchan indica que Trump não deve ser condenado à prisão. Trump deve participar da audiência de forma presencial ou virtual, segundo a decisão. A defesa do republicano havia argumentado que ele tinha imunidade por ser presidente dos Estados Unidos, mas teve o recurso negado. A condenação fez com que Trump se tornasse o primeiro ex-presidente condenado por um delito criminal. Isso porque uma sentença contra Trump poderia prejudicar o trabalho dele durante o próximo mandato como presidente, segundo as autoridades. No mês passado, Merchan adiou indefinidamente a sentença de Trump, que havia sido agendada para 26 de novembro. A condenação Manchete do jornal “The New York Times” após condenação de Donald Trump no caso Stormy Daniels. — Foto: REUTERS/Stephani Spindel A decisão do júri, anunciada num tribunal de Nova York em maio, foi unânime. Trump foi declarado culpado em todas as 34 acusações pelos 12 integrantes do colegiado. O caso gira em torno de como Trump contabilizou o reembolso feito ao seu advogado pessoal pelo pagamento a Stormy Daniels. O advogado, Michael Cohen, adiantou o dinheiro à atriz com recursos próprios e recuperou o valor mais tarde, por meio de uma série de pagamentos que a empresa de Trump registrou como despesas legais. Trump, que já estava na Casa Branca, assinou a maioria dos cheques pessoalmente. Os promotores afirmaram que tudo foi feito para ocultar o verdadeiro propósito dos pagamentos. O objetivo seria evitar que eleitores soubessem que o republicano tinha se envolvido com uma atriz pornô, o que poderia prejudicar Trump nas eleições de 2016. O presidente eleito disse que o advogado dele foi pago legalmente pelos serviços prestados. Ele justificou ainda que a história de Stormy Daniels foi abafada para evitar constranger sua família, e não para influenciar o eleitorado. Pouco mais de um mês após o veredito, a Suprema Corte decidiu que ex-presidentes não podem ser processados por ações realizadas no curso de sua administração, e que os promotores não podem usar essas ações como base para um caso centrado em conduta puramente pessoal.

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