Às 13h50, Trump tinha uma fortuna estimada em US$ 7,4 bilhões (cerca de R$ 38,5 bilhões) e era a 352ª pessoa mais rica do mundo, segundo o ranking de bilionários da Forbes. Na quinta-feira (30), Trump tinha pouco mais de US$ 7,8 bilhões (cerca de R$ 40,6 bilhões). Essa queda no patrimônio do ex-presidente é puxada, sobretudo, pela forte desvalorização das ações de sua empresa de mídia social, a Trump Media & Technology Group (TMTG), cujo principal produto é a Truth Social – uma rede social ao estilo do X, antigo Twitter. Também às 13h50, as ações da companhia despencavam 7,30% na bolsa de Nasdaq, em Nova York. Antes do julgamento, entre 17 de abril (dois dias após o início do julgamento de Trump em Nova York) e a quarta-feira (29) (um dia antes dele ser condenado), os papéis da Trump Media chegaram a disparar 123,8%. Segundo o analista de investimentos Vitor Miziara, essa alta antes da condenação pode ser explicado pelas expectativas entre participantes do mercado de que Trump seria inocentado e, concorrendo às eleições, poderia sair vencedor. “Se tem uma expectativa de que o presidente da empresa pode ser presidente dos Estados Unidos, alguma coisa boa os investidores esperam disso”, explica. As ações da TMTG foram listadas no final de março na bolsa de Nasdaq após a conclusão um longo processo de fusão, que levou 29 meses, da empresa com a Digital World Acquisition. Com a estreia, o mercado se empolgou e fez o preço dos papéis dispararem mais de 40% já no primeiro dia de negociação. No entanto, a animação logo deu lugar à cautela e, em uma semana, as ações chegaram a cair mais de 30%. Em abril, a divulgação do balanço corporativo da empresa, que reportou um prejuízo de US$ 58 milhões em 2023, fez com que seus preços derretessem ainda mais, levando seus papéis ao posto de mais vendidos do mercado – ou seja, investidores apostando que os preços vão continuar caindo. Além do prejuízo milionário, o que mais chamou a atenção nos resultados da empresa foi a sua receita no último ano: apenas US$ 4 milhões, levantando o questionamento de quão rentável é o negócio. No entanto, junto ao início do julgamento de Trump, as ações voltaram a subir. O patrimônio de Trump Além de deter uma participação estimada em 60% da Trump Media, o ex-presidente americano também é dono de um patrimônio bem diversificado, com participação em vários setores. Ele é presidente da The Trump Organization, que é uma controladora de todas as empresas pertencentes à Donald Trump e seus filhos. Por meio da controladora, a família tem centenas de empreendimentos imobiliários pelo mundo, com hotéis, resorts, torres residenciais campos de golpes, além de fazer corretagem, venda e administração de imóveis pelo mundo. Trump também tem negócios no segmento de lifestyle, com marca de roupas masculinas e femininas, itens para casa e produtos de golf. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023
Trump perde R$ 2,4 bilhões após condenação por fraude contábil e discurso
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