Suspeitos de ataque à ativista Malala são presos no Paquistão

Suspeitos de ataque à ativista Malala são presos no Paquistão

12 setembro 2014Crédito, ReutersLegenda da foto, Além de Malala, militantes tinham lista com 22 nomes de ativistas que planejavam atacarO exército do Paquistão anunciou nesta sexta-feira ter prendido dez pessoas suspeitas de envolvimento no ataque contra a adolescente Malala Yousafzai em outubro de 2012.Malala, que foi alvo do ataque quando tinha 15 anos, ganhou fama mundial após o ataque, mantendo sua campanha pelos direitos à educação de garotas muçulmanas. Ela foi indicada ao Nobel da Paz e considerada uma das pessoas mais influentes de 2013 pela revista americana Time.No ataque, um grupo de homens armados, supostamente ligado à milícia Talebã, entrou num ônibus que levava Malala a sua escola no Vale de Swat, região no nordeste do Paquistão. Eles atiraram, ferindo gravemente a ativista na cabeça. Outras duas garotas também ficaram machucadas.Levada para a Grã-Bretanha para passar por cirurgias e se recuperar, Malala decidiu permanecer no país por temer as ameaças do Talebã contra ela e sua a sua família.Lista de alvos”O grupo envolvido no ataque a Malala Yousafzai foi preso”, afirmou o porta-voz do Exército, general Asim Bajwa, em uma coletiva.Ele disse que os dez acusados de tentar matar a ativista – pertencentes a uma facção conhecida como Shura, que faria parte do Talebã paquistanês – foram presos em uma operação conjunta de Exército, polícia e serviços de inteligência paquistaneses.Crédito, BBC World ServiceLegenda da foto, Malala foi atacada quando ia para escola no Vale do Swat, região em que atua o TalebãBajwa disse ainda que o grupo trabalhava sob instruções do mulá Fazlullah, o chefe do Talebã no Paquistão.Ao apreender os homens, o Exército encontrou uma lista de 22 ativistas proeminentes da região do Vale do Swat que o grupo planejava atacar após Malala.Eles estão sendo interrogados e irão para um tribunal antiterrorismo em breve, de acordo com o porta-voz.Malala Yousafzai já havia se tornado conhecida por exigir o direito de educação para garotas no Paquistão antes mesmo do ataque que quase a matou.Ela chamou a atenção em 2009 ao escrever um diário para a BBC Urdu, o serviço paquistanês da BBC, que falava da vida sob o domínio de militantes talebãs que controlam o vale.Em 2013, Malala recebeu o prestigiado prêmio europeu Sakharov, de direitos humanos.

Postagens relacionadas

Um dia após Trump falar em ‘Golfo da América’, presidente do México defende chamar EUA de ‘América Mexicana’

Trump recorre à Suprema Corte por suspensão de sentença em caso de pagamentos a ex-atriz pornô

Ambição expansionista de Trump na Groenlândia colide frontalmente com a Otan