Submissão e broderagem: Jaffar Bambirra fala sobre Iberê, de ‘Mania de Você’

Submissão e broderagem: Jaffar Bambirra fala sobre Iberê, de ‘Mania de Você’

São Paulo “Príncipe, bate um wheyzinho pra mim?”. É nessa relação de submissão e “broderagem” entre os personagens Iberê e Mavi que Jaffar Bambirra está ganhando destaque em “Mania de Você” (Globo) ao lado de Chay Suede. Várias cenas da dupla, especialmente aquelas em que eles trocam algum tipo de contato mais carinhoso, viralizaram nas redes sociais. Internautas começaram a pedir que os dois se tornem amantes, o que (ainda) não aconteceu —até porque eles podem vir a descobrir que são irmãos. Em entrevista ao F5, Jaffar diz que curte as especulações do público e também a construção da história entre os personagens. “Acho que ficou muito bacana essa relação entre dois amigos, que também tem carinho, que também tem afeto”, diz. Ator e cantor, ele também fala sobre a ascensão de sua carreira com a novela. Para ele, é bom que o público comente sobre o personagem —para o bem ou para o mal. “‘Significa que o público está engajado, que está curtindo, que está assistindo. A gente sempre acha muito legal tudo que a galera fala”. Na vida real, sua paixão também está na novela. Recentemente, o ator confirmou o namoro com Gabz, a intérprete de Viola. “Foi uma coisa realmente natural. A gente se conheceu e foi se aproximando, criando afeto, até chegar o momento de estar junto”. A rotina de gravações não permite muitos encontros na ficção, mas, quando contracenam, os dois se divertem. Uma das situações foi relatada por Gabz no X: “Briguei com meu namorado em cena hoje. Muito difícil fingir que odeio ele”. Jaffar ri e diz que os dois acabam se divertindo e aproveitando “esses poucos momentinhos”. O ator descreve Iberê como uma pessoa de “muitas camadas”. “Ele tem a ambição dele, ao mesmo tempo, ele tem essa relação com a tia que é meio mal resolvida, mas que existe carinho, existe afeto”, conta. E são justamente essas questões mal resolvidas com a tia, Moema (Ana Beatriz Nogueira), que ficaram pendentes quando traiu seu povo e foi trabalhar para Mavi, que impedem Iberê de crescer ainda mais, segundo ator. “Eu acho que isso causa carência, causa tudo que faz ele estar nesse lugar”, opina. De qualquer maneira, Jaffar enxerga “Mania de Você” como seu maior trabalho na televisão e diz que está sendo mais reconhecido nas ruas: “É um horário que muita gente vê. É muito doida a diferença mesmo. Tenho tido um número maior de pessoas falando comigo, de pessoas comentando a novela, me reconhecendo e falando sobre o personagem”. Antes da novela das 21h, o ator fez parte de alguns outros folhetins da Globo, como “O Sétimo Guardião” (2017) e “Pega Pega” (2020), além da série “A Vida Pela Frente” (Globoplay) , na qual interpretava o personagem Cadé e cantava a trilha sonora. O que talvez poucos saibam é que, além de ator, ele também canta. “Venho muito da MPB e já tive muitas influências do folk. Então, meu primeiro álbum, ‘O Menino Que Nunca Amou’, tem muito dos dois”, diz ele, contando que não escolhe uma carreira à outra: “Geralmente, enquanto eu tô gravando alguma coisa, continuo compondo ou gravando outras músicas”. Muitas das influências vieram da mãe, a atriz e professora de dramaturgia Nádia Bambirra, que faleceu em agosto deste ano, em decorrência de um câncer. “Estar no set, fazendo esse personagem, fazendo o meu trabalho, me traz muito ela no coração. Então, estar fazendo o que eu faço é estar com ela”, diz ele, ao falar sobre o luto. Jaffar diz que cresceu em cima de palcos de teatros e sets de filmagens. Logo, foi natural para ele escolher o caminho da arte. “Minha mãe foi uma mãe solteira, então eu sempre estive com ela em todos os lugares”. “Estar com ela nesses ambientes foi algo que me fez amadurecer muito rápido. De entender o que é o nosso ofício, de entender o que é lidar com tudo isso. Com os altos e baixos da nossa profissão”. Além da arte, também herdou a paixão pelo Flamengo. Quando criança, sonhava em ser jogador de futebol pelo time carioca: “Eu era uma criança que literalmente saía de Flamengo, camisa do Flamengo, short do Flamengo. Então, até uns 10 anos, esse era o meu sonho”. “Vou a quase todo jogo no Maracanã, gosto de ir na torcida, sou fã demais. Desde criança, eu ia muito com meu padrinho.”

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