Sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira e muita secreção. Esses são alguns dos sintomas de quem está com a síndrome do olho seco. De acordo com um levantamento realizado em um hospital de Campinas (SP), vêm aumentando os diagnósticos de pacientes com a doença. Segundo o médico oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, várias podem ser as causas do aumento de pacientes que apresentam síndrome do olho seco, mas as mais frequentes são a baixa umidade relativa do ar e uso excessivo de telas. “O olho seco não é uma realidade crescente só no meu consultório, eu diria que é uma realidade crescente nos consultórios de todos os oftalmologistas”, diz o médico. Dados coletados em prontuários de pacientes consultados no Instituto Penido Burnier em Campinas mostram que, entre 2022 e 2023, os diagnósticos da síndrome do olho seco aumentaram de 1.210 para 1.286. Nos primeiros seis meses deste ano, o número chegou a 780. Entenda como baixa umidade e uso de telas impactam diagnósticos de síndrome do olho seco em Campinas — Foto: Reprodução/EPTV 💻 Mundo digital Para o doutor Queiroz Neto, o olho seco é um diagnóstico que se torna cada vez mais comum em clínicas oftalmológicas, e ressalta o uso excessivo de telas como um dos principais agravantes. “Hoje nós vivemos um mundo que o online entrou em nossa vida, então nós estamos ligados a qualquer tipo de telinha e engenhocas eletrônicas. Com isso nós piscamos menos e quando nós piscamos menos, nós produzimos menos lágrima […] e o desequilíbrio dessas camadas do filme lacrimal causam o olho seco”, explica. Entenda como baixa umidade e uso de telas impactam diagnósticos de síndrome do olho seco em Campinas — Foto: Reprodução EPTV 👁️ O que é a síndrome do olho seco? Os principais sintomas são: ArdênciaFotofobiaVisão embaçadaQueimaçãoSensação de securaSensação de areia no olhoVermelhidão O médico oftalmologista esclarece que, atualmente, existem muitas alternativas terapêuticas para a correção do olho seco, resultando em uma melhor visão dos pacientes e diminuição do desconforto. Mas é preciso ter atenção e sempre visitar o oftalmologista. Além disso, segundo o médico, também é possível buscar formas de prevenção cuidando da alimentação, com dietas ricas em ômega 3 e ômega 6, encontrados principalmente em frutas secas, crustáceos e peixes. Cícera Cardeal, gerente de vendas, foi diagnosticada com a doença e passou por um tratamento de três meses com higienização direta com uso de xampu infantil, tratamento com luz pulsada e colírio. “Começa a ficar ressecado, dói os olhos, dá uma ardência. Eu achei até que fosse grau. Mas o doutor me examinou e falou que eu estava com os olhos ressecados mesmo”, conta. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região