São Paulo O cavalo Caramelo, que foi resgatado de cima do telhado de uma casa em Canoas, no Rio Grande do Sul, está em boas condições de saúde e segue sem precisar de medicações. Apesar de ter superado um quadro de desidratação, ainda está abaixo do peso e precisa recuperar 50 kg para estar dentro dos parâmetros da normalidade. O animal está sob a tutela do hospital veterinário da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), que realiza trabalho voluntário de cuidar de animais vítimas das enchentes em Canoas. Além de Caramelo, outros 50 cavalos estão recebendo tratamento no hospital. Na última quinta-feira (9), Caramelo foi resgatado por bombeiros depois de passar quatro dias no telhado de uma casa no bairro de Mathias. O salvamento foi transmitido ao vivo pela televisão e Caramelo se tornou um símbolo da tragédia em função da resiliência com que suportou o ocorrido. Ao chegar ao hospital veterinário, foi constatado que Caramelo não tinha ferimentos graves, só pequenas lacerações nas patas. Ainda de acordo com a Ulbra, em razão do tempo em que ficou com os movimentos restritos, o cavalo desenvolveu alguns machucados na pele e nos músculos. A pata traseira direita também foi lesionada, mas segue evoluindo bem. O veterinário Henrique Mondardo Cardoso, que trabalha na universidade, afirma que a demanda é muito grande: “Todos os hospitais estão com lotação máxima, nós estamos tentando ajudar o máximo que podemos”, afirma. Além do hospital veterinário da Ulbra, clínicas da região vêm prestando trabalho voluntário para ajudar os animais vítimas da tragédia no RS. Um exemplo é o veterinário Guilherme Machado, que conta estar tratando de 20 cavalos em situação grave na clínica Guadalupe, da qual é proprietário. Os veterinários têm se organizado em grupos e atuado junto ao GRAD (Grupo de Resposta a Animais em Desastres) e ao Exército para resgatar animais que ainda estão desabrigados.