Faltam menos de 24 horas para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Ao longo das últimas semanas os atletas brasileiros que vieram pra Paris puderam contar com a estrutura montada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em Saint Ouen, uma cidade ao norte da capital francesa. Saint Ouen é um pedacinho do Brasil na França. Uma forma de fazer com que os atletas se sintam em casa durante os Jogos olímpicos, de acordo com Joyce Ardies, subchefe da Missão Paris 2024 do COB. “Acho que, pra começar, essa oportunidade de visibilidade é muito importante. Porque, aqui, nesse período dos jogos é onde a gente usa toda oportunidade para potencializar a visualização e a divulgação dos esportes olímpicos. A gente sabe que a gente é culturalmente um país do futebol, mas agora também é o momento de todos os esportes que entram nessa visibilidade e principalmente porque a gente sabe que transmite uma motivação, transmite um conhecimento e quem sabe a prática, né? A gente acredita muito no esporte como ferramenta de transformação da sociedade. E dar essa visibilidade é muito importante para o povo brasileiro”. O objetivo é que os 276 atletas da delegação brasileira tenham as melhores condições na disputa por medalhas. “Esse trabalho começou há mais de cinco anos, numa primeira visita em 2019. A gente tenta percorrer a região nos arredores da Vila Olímpica, para identificar espaços que podem oferecer a estrutura necessária para o apoio operacional e para apoio a performance. Aqui em Saint Ouen, a gente encontrou uma receptividade maravilhosa do prefeito, mas além disso uma estrutura que a gente poderia adaptar para dar esses serviços”. O COB também trabalha para amenizar problemas. Durante essa semana, a skatista Rayssa Leal postou nas redes sociais que ficou três horas esperando o transporte do local de treino para a Vila dos Atletas, que é responsabilidade da organização do evento. “O transporte para os treinamentos e as competições é uma das operações mais complexas que existem nos Jogos. É um serviço do Comitê Organizador e acontece de você ter 30 modalidades partindo para esses treinamentos ao mesmo tempo. Os Jogos Olímpicos são o evento maior do mundo. Então a gente sabe que, no início, precisa ter alguns ajustes, alguns testes, algum refinamento e realmente o caso da Rayssa foi infeliz, porque ela esperou muito tempo. Quando a gente soube da situação, fomos acionados e a gente providenciou um táxi para eles voltarem e não terem que ficar nessa situação”.