Dificuldade para respirar, tosse, coceira e secreção nos olhos, ressecamento da pele. A baixa umidade do ar, agravada pela fumaça que cobre boa parte do país, gera preocupação com a saúde de humanos e pets. A previsão é que o tempo permaneça seco pelos próximos dias, o que eleva o risco de queimadas e incêndios em áreas de vegetação. A atenção deve ser redobrada com filhotes, idosos e animais de focinho curto —como pug e buldogue, que podem até precisar de inalação. O calor também provoca incômodos e pode causar hipertermia, temperatura do corpo mais elevada do que o normal —a dos pets normalmente vai de 38,5ºC a 39,2ºC. Por isso, a hidratação é fundamental, assim como evitar passeios em horários mais quentes ou atividades intensas nos dias muito secos. Alguns sinais de desconforto são claros: animal com respiração ofegante, buscando deitar em piso frio, coçando os olhinhos. Se houver dificuldade extrema para respirar, coloração azulada das gengivas ou língua, desmaios ou fraqueza extrema, o tutor deve procurar ajuda médica. “Esses sinais indicam uma emergência que requer intervenção imediata”, diz o veterinário Felipe Ferraz, do Hospital Veterinário Star Vet. Segundo ele, a situação é mais delicada para pets com condições respiratórias pré-existentes, como asma ou bronquite. “Esses animais são particularmente vulneráveis à piora dos sintomas, e a exposição prolongada à fumaça e ao ar seco pode agravar essas condições, levando a crises mais frequentes e graves.” Animais nessas situações devem ser mantidos dentro de casa, em ambientes com ar purificado e umidificado, e sob medicação prescrita pelo veterinário de confiança. Com o ressecamento dos olhos em meio ao ar seco e poluído, o pet pode tentar aliviar a coceira com as patinhas e, assim, provocar lesões e levar bactérias, causando conjuntivite. De acordo com veterinários ouvidos pelo blog, a limpeza dos olhos deve ser regular e feita com solução fisiológica, passando o algodão delicadamente. Como amenizar os efeitos do calor e da baixa umidade nos pets Ofereça água e espalhe vasilhas pela casa para incentivar o animal a se manter hidratado. Mantenha os bebedouros e a água limpos —o tutor pode também colocar pedrinhas de gelo no pote para refrescar o pet; Em casa, ventilador, sorvetinho feito especialmente para o peludo e até tapete gelado, próprio para os animais, são opções para hidratar e amenizar o calor; Evite passeios na rua em horários mais quentes. Não esqueça de levar a água do pet nas caminhadas; Para um passeio mais agradável, aproveite as sombras pelo caminho —o ideal é priorizar locais arborizados e com grama. Com o solo quente, o animal pode queimar os coxins (as almofadinhas das patas), um ferimento é doloroso; Deixe toalhas molhadas ou bacias com água próximas aos locais de descanso; Umidificadores de ar são recomendados. O aparelho favorece a umidificação das vias aérea, o que torna o trato respiratório menos suscetível a infecções; A limpeza dos olhos deve ser regular e feita com solução fisiológica, passando o algodão delicadamente Sob orientação do médico-veterinário, utilize lubrificantes para manter os olhos hidratados e protegidos; Fique atento e procure orientação médica em casos tosse, secreção nasal e ocular e dificuldade respiratória grave; Avalie com o veterinário a necessidade de inalação, que deve ser feita com soro fisiológico para umidificar as vias aéreas e facilitar a respiração; Mantenha a vacinação do pet em dia. Fontes: Petz, Elanco Saúde Animal, Universidade São Judas, veterinária Carla Berl LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
Saiba como proteger a saúde do pet em períodos de seca e fumaça
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