Saiba como pedir crédito emergencial para pescadores por mortandade de peixes no Rio Piracicaba

Saiba como pedir crédito emergencial para pescadores por mortandade de peixes no Rio Piracicaba

A quantia total liberada para atender o grupo é de R$ 1 milhão. Veja mais detalhes, a seguir, de como será feito o financiamento, valores e prazo para solicitação do benefício. Equipes da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Sema), da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e Associação SOS Piracicaba se reuniram com Antonio Marcos da Silva, presidente da colônia Z30, formada por mais de 700 pescadores nesta quarta-feira (7). “O objetivo foi encontrar a melhor maneira de divulgar e orientar sobre o crédito emergencial liberado pelo Feap, no valor de R$ 1 milhão, para auxiliar pescadores afetados pela desastre ecológico que causou a mortandade de toneladas de peixes no rio Piracicaba há um mês. A principal preocupação das equipes envolvidas na reunião é que a verba alcance os pescadores que dependem da pesca para sua sobrevivência e que tiveram sua fonte de renda comprometida com o desastre”, detalhou a administração municipal. Quem poderá obter o crédito? Que poderá receber o crédito são os pescadores artesanais enquadrados como beneficiários do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, que possuam Declaração de Aptidão ao FEAP – DAF, afetados pela mortandade no rio Piracicaba. Qual é o teto do financiamento? O teto de financiamento é até R$ 25 mil por pescador artesanal, pessoa física e o prazo para pagamento é até 84 meses, incluída a carência de até 12 meses. Os encargos financeiros são de 3% ao ano e a liberação é imediata. Qual é o prazo para solicitação do benefício? O prazo de solicitação vai até 31 de dezembro de 2024 na Cati Regional de Piracicaba e/ou respectiva Casa da Agricultura, que fará a elaboração e acompanhamento dos projetos técnicos para obtenção do financiamento. Onde os pescadores afetados podem buscar mais informações? Para orientações e esclarecimentos, os interessados podem entrar em contato com a Casa da Agricultura de Piracicaba no e-mail (ca.piracicaba@cati.sp.gov.br), telefone (19) 3433-5291) ou presencialmente (endereço rua Campos Salles, 507). Pelo menos 24 famílias de pescadores do Tanquã foram cadastradas pela Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads), para recebimento emergencial de tickets de cestas básicas. A ação beneficiará mensalmente as famílias até o final do ano. “Os pescadores residentes no município de Piracicaba que ainda não foram cadastrados podem entrar em contato com a Superintendência de Proteção Social Básica da Smads, pelo telefone 3417-8800 para solicitar a retirada do ticket”, completou a prefeitura. Dificuldades para vender os peixes Os pescadores que vivem nas colônias do Tanquã e dependem dos peixes afirmou que enfrentam resistência de clientes após a mortandade provocada pelo despejo irregular de resíduos agroindustriais de uma usina de cana-de-açúçar. “É ruim de vender, mesmo quando explicamos que os peixes são de mais de baixo. O povo não quer saber”, observou Nivaldo Albino Siqueira. Hidrotratar durante trabalho de retirada de peixes mortos na APA do Tanquã — Foto: Helen Sacconi/ EPTV A pescadora Andrea Veronez lamenta o ocorrido. “É uma tragédia ambiental para natureza e aos nossos olhos também”, disse. O pescador Gian Carlos Machado reclamou da burocracia para se cadastrar e retirar a cesta. “Depois da mortandade, ficou definido que teria um auxílio emergencial, mas o que houve de momento foi uma cesta básica até o fim deste ano. Precisei fazer dois cadastros, passar pelo CRAS da Vila Rezende para conseguir retirar esse vale nesta quarta-feira”, contou. Entenda a tragédia ambiental Uma força-tarefa foi organizada para remoção dos peixes mortos. Milhares de peixes mortos no Rio Piracicaba — Foto: g1 O que diz a usina? A usina São José S/A de Açúcar e Álcool, investigada pela mortandade de milhares de peixes no Rio Piracicaba e na região do Tanquã, conhecido como minipantanal paulista, alega que não é responsável pelas mortes dos animais e que as causas são desconhecidas. A empresa afirma que não não poupa esforços para colaborar plenamente com a Cetesb, a Polícia Ambiental e o Ministério Público e fornece todas as informações e acessos solicitados para garantir uma investigação transparente. Leia aqui. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e Região

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