Neste domingo (22), a vazão do Rio Piracicaba era de 28,45 mil litros de água por segundo. A Defesa Civil explica que, apesar da chuva não ter refletido em melhora significativa para aumentar o volume do manancial, a precipitação foi importante para aumento dos índices de qualidade do ar. A chuva não aliviou muito quanto a estiagem e o nível do rio, mas ajudou a melhorar a qualidade do ar. Que estava bem ruim por conta dos incêndios. Precisamos de mais chuva em maior volume”, observa a representante da Defesa Civil de Piracicaba, Graziela Steagall. Rio Piracicaba tem vazão 58% menor que volume médio esperado para o mês de setembro; produtor da EPTV caminha no salto do manancial; veja imagens. — Foto: Edijan Del Santo/EPTV Caminhada no salto do Rio Piracicaba Na última sexta-feira (20), a vazão do Rio Piracicaba estava 72% menor do que a média estimada para setembro. Com o baixo volume, o salto do manancial apresentava um paredão de pedras por onde era possível caminhar, como mostrou o produtor da EPTV, afiliada da Globo para Piracicaba e região, Edijan Del Santo. – Veja no vídeo acima. Produtor da EPTV caminha pelo salto do Rio Piracicaba no dia 20 de setembro, quando a vazão do manancial ficou 72% abaixo do esperado para setembro. — Foto: Edijan Del Santo/EPTV Chuva De acordo com a Defesa Civil de Piracicaba, na noite de sexta-feira (20), a cidade registrou 9,3 milímetros de chuva, segundo dados coletados pelo pluviômetro da região do Bairro Paulista. No Rio Piracicaba, na região da Rua do Porto, foram registrados 10,8 milímetros de chuva até a madrugada de sábado (21). Rio Piracicaba tem vazão 58% menor que volume médio esperado para o mês de setembro; produtor da EPTV caminha no salto do manancial; veja imagens. — Foto: Edijan Del Santo/EPTV Menos de um metro de profundidade Conforme dados da plataforma, o nível do Rio Piracicaba marcou 1,07 metro de profundidade nesta segunda-feira, sendo que a média esperada para setembro é de 1,40 m. Até a noite de sexta-feira (20), o nível era ainda menor, com 0.99. O cenário reflete os números da Sala de Situação das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a partir de dados online do Sistema de Alertas a Inundações de São Paulo (Saisp). Os boletins diários da Sala de Situação PCJ têm por finalidade compilar informações das Bacias PCJ tais como: chuva acumulada em 24 horas; total de chuva acumulada no mês corrente e nos anteriores; vazões e níveis dos rios monitorados pela telemetria do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e previsão de chuva para os próximos 5 dias. Salto do Rio Piracicaba no dia 4 de setembro na região da Rua do Porto em Piracicaba. — Foto: Edijan Del Santo/EPTV Início de setembro O Rio Piracicaba, em Piracicaba (SP), registra vazão 61,8% menor do que o volume médio de água esperado para setembro no dia 3 de setembro tem pedras aparentes ao longo da margem na zona urbana da cidade. O Rio Corumbataí, que é responsável por mais de 80% do abastecimento da cidade, também apresentou volume 54% abaixo da expectativa para este período do ano, com 2,46 mil litros de água por segundo. Os mananciais enfrentam as consequências da estiagem. Os períodos de seca costumam começar entre maio e junho e terminar entre setembro e outubro. A Defesa Civil, entretanto, aponta que este mês ainda requer atenção. – 👇Leia mais na reportagem, abaixo. A vazão média do Rio Piracicaba observada nesta época do ano é de 55,3 mil litros de água por segundo (m3). No dia 3 de setembro, o manancial que abastece cerca de 20% da cidade estava em 39,5 m3 no trecho próximo à Rua do Porto, na região central. Com estiagem mais severa, Rio Piracicaba tem baixa vazão e pedras aparentes. — Foto: Claudia Assencio/g1 Estiagem A representante da Defesa Civil de Piracicaba, Graziela Steagall, destacou que o mês de setembro será, ainda, um período de atenção com a estiagem. “Os centros meteorológicos mundiais indicam que haverá uma rápida transição do fenômeno El Niño para o La Niña entre julho e setembro deste ano”, alerta. Assista à íntegra do Bom Dia Cidade Campinas desta quarta-feira, 4 de setembro de 2024 🌎Mas, o que é o La Niña? – O La Niña é o resfriamento das camadas mais superficiais do oceano Pacífico e esse fenômeno pode ter mais de um ano de duração e ocorrer em intervalos de tempo que variam de dois a sete anos, explica a representante da Defesa Civil. “Então, as projeções dos centros especialistas de meteorologia indicam que o mês de setembro continuará a ter clima seco, diferente de outros anos, quando as chuvas geralmente ocorrem no início da Primavera”, explicou. Vazão do Rio Piracicaba fica quase 62% menor do que a média esperada para setembro nesta terça-feira. — Foto: Claudia Assencio/g1 Volume de chuvas abaixo do esperado Dados captados pela Defesa Civil na cidade indicaram que o volume de chuvas neste ano foi abaixo do esperado. Neste ano, segundo Graziela, o regime de chuvas foi drasticamente menor quando comparado ao ano de 2023. Para se ter noção, nos três primeiros meses de 2023 registramos 880,4 milímetros cúbicos(mm3) de chuva, e para os mesmos meses de 2024, foram de apenas 329,5 mm³. “Diante disso, o nível de água disponível nos rios e mananciais está muito baixo, e não há perspectivas de chuvas até pelo menos o início de outubro pelo que acompanhamos pelos centros de estudo”, disse. Rio Corumbataí, que abastece Piracicaba, tem baixa vazão e pedras aparentes em setembro. — Foto: Edijan Del Santo/EPTV 🔥Risco de incêndio – A especialista explica que, por isso, o risco de incêndio é elevado devido à influência da estiagem, porque a vegetação está sofrendo de estresse hídrico. Dessa forma, se não houver uso consciente da água e também se continuarem a atear fogo em mato seco, haverá o agravamento de uma situação já crítica”, completou. A Prefeitura, por meio da Defesa Civil, em conjunto com demais órgãos da cidade, como o Corpo de Bombeiros, também atua no monitoramento e alerta urgente para evitar ocorrências com fogo em áreas verdes de Piracicaba. Vazão do Rio Corumbataí inicia setembro com volume abaixo da média esperada em Piracicaba — Foto: Edijan Del Santo/EPTV A medida visa a proteção dos espaços contra ocorrências de incêndio durante o período de estiagem, que torna propícios o início e propagação do fogo. “A princípio, a vedação deve ocorrer até o dia 15 de setembro, mas o prazo pode ser prorrogado conforme as condições climáticas e os riscos associados”, ressalta. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região