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Recordando Bento XVI: ser amado por Deus por toda a eternidade

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Esse foi o lema da Missa solene celebrada pelo cardeal Kurt Koch, prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, na cripta da Basílica de São Pedro, para marcar o segundo aniversário da morte de Bento XVI. Em uma entrevista à Rádio Vaticano, alguns amigos de longa data recordam o Pontífice da Baviera, falecido há dois anos, na véspera do Ano Novo, aos 95 anos de idade. Silvia Kritzenberger – Cidade do Vaticano “Eu via Joseph Ratzinger, Bento XVI, como uma pessoa muito humilde que se aproximava dos outros e ouvia o que eles tinham a dizer”, recorda o cardeal Koch, prefeito do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, em uma entrevista à Rádio Vaticano. “Ele era uma pessoa muito gentil. Se você olhasse em seus olhos, veria que havia muita luz interior. E sempre foi muito importante para ele o fato de que ser cristão era baseado em ser humano. E isso formava uma unidade para ele. Ser cristão significa aprender a ser humano novamente. E ele foi um excelente exemplo disso”. A centralidade da questão de Deus  O próprio Papa Bento XVI disse certa vez que estava ciente de que não teria um longo Pontificado pela frente, que não seria capaz de iniciar nenhum projeto importante; que sua preocupação, sua missão, era trazer a fé de volta ao centro da Igreja, continuou o cardeal suíço, que foi nomeado presidente do então Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos pelo Papa Bento XVI em 2010. “Para ele, a questão de Deus era central. A centralidade da questão de Deus era o núcleo central de toda a sua obra, mas não um Deus qualquer, um ser supremo no céu, mas o Deus que não é mudo, que fala, que falou ao seu povo Israel e, acima de tudo, mostrou sua face em Jesus de Nazaré, em Jesus Cristo. Acredito que a centralidade da questão de Deus e do cristocentrismo: esse é o núcleo central que certamente permanecerá.” A Missa no segundo aniversário da morte de Bento XVI, celebrada na cripta da Basílica de São Pedro A esperança cristã Com vistas ao Ano Santo da Esperança que acaba de começar, o cardeal Koch enalteceu a Spe salvi, a Encíclica que Bento XVI dedicou ao tema da esperança cristã. “Um texto maravilhoso! Ele mesmo disse certa vez: “Se nos levássemos mais a sério, poderíamos voar como anjos e pássaros. Mas às vezes nos levamos tão a sério que ficamos presos na Terra. Só podemos ter esperança se orientarmos nossa vida para Deus. E é por isso que ele nos mostra qual é o significado intrínseco do Ano Santo. Isso se torna visível com a porta, a Porta, o símbolo de Jesus Cristo. Somente por meio dele podemos alcançar a santidade, e espero que este Ano Santo permita que as pessoas encontrem a santidade que prometeram em seu batismo.” Um cristão e um pai O sacerdote e professor Ralph Weimann, membro do grupo de estudantes de Ratzinger, também descreve o quanto foi influenciado por Bento XVI como pessoa e como sacerdote: “Para mim, o Papa Bento XVI era acima de tudo um cristão. Um cristão é alguém que se revestiu de Jesus Cristo. E foi isso que o Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger, defendeu. Ele seguiu Cristo com a sua verdade e deu testemunho dela. E isso deixou uma impressão profunda no meu coração, e sou muito grato a ele por isso. Então ele era como um pai para mim, mas acima de tudo um cristão. Um cristão conosco, um pai para nós”. O túmulo de Bento XVI Georg Gänswein: com o pensamento em Roma O secretário particular de longa data de Bento XVI, o arcebispo Georg Gänswein, infelizmente não pôde comparecer ao serviço memorial em Roma este ano. Desde o verão é núncio apostólico para os Estados Bálticos, com sede em Vilnius. Mas os seus pensamentos estavam em Roma, na véspera do Ano Novo. Com a distância a proximidade interior cresce… “Sim, é o segundo ano que vivo o Natal sem o Papa Bento XVI”, afirmou Gänswein na entrevista à Rádio Vaticano. “Quanto mais longe estou geograficamente de casa, de Roma, mais cresce a proximidade interior. Claro que sinto tristeza. Mas também sinto uma esperança interior e uma gratidão por todo o tempo que pude estar com ele. Neste aspecto, o Natal deste ano foi algo completamente diferente dos outros anos. Mas é Natal e sei que a ajuda de Bento é um presente para mim”. Ele recorda também a Encíclica de Bento XVI sobre a esperança cristã, que tem um significado muito especial neste Ano Santo: “Spe salvi é uma encíclica que centra a esperança humana principalmente em Deus. E, em última análise, é o próprio Deus quem cria esta esperança. Nele está o fundamento e a meta desta esperança. Para mim a encíclica, e com ela a esperança, tornaram-se muitas vezes a âncora da minha própria vida, a âncora, mas também a meta da minha vida. A esperança ajuda-me a superar as coisas difíceis e angustiantes, a manter os olhos fixos na meta da minha vida, na esperança que se baseia em Deus”. Da Lituânia, seu novo local de trabalho, o arcebispo envia as seguintes saudações pelo Ano Santo: “Desejo a todos os ouvintes da Rádio Vaticano, para o novo Ano Santo, que tem como lema: Esperança e Peregrinação, que nós, como pessoas, sejamos peregrinos de esperança e que vivamos deste mistério. As ricas bênçãos de Deus para o novo ano de salvação de 2025.” Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

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