O indicador aponta alta concentração de ozônio (O3), o que provoca aumento dos sintomas respiratórios em crianças e pessoas com doenças pulmonares, como asma, além de aumento de sintomas respiratórios na população em geral. Segundo a Cetesb, o ozônio é um poluente formado “através da reação entre os óxidos de nitrogênio emitidos por processos de combustão, tanto veicular como industrial, e dos compostos orgânicos voláteis, emitidos em processos evaporativos, queima incompleta de combustíveis automotivos e em processos industriais, na presença de luz solar”. Ainda de acordo com a agência ambiental, historicamente as concentrações mais elevadas ocorrem com maior frequência no período de primavera/verão, época em que a incidência da radiação solar é mais intensa e as temperaturas são mais elevadas. O painel que monitora a qualidade do ar mostra que a concentração de ozônio na estação do Taquaral que era “boa” às 13h, pulou para “muito ruim” às 17h. Classificação da qualidade do ar 0 – 40: Boa41 – 80: Moderada81 – 120: Ruim121 – 200: Muito Ruim>200: Péssima Campinas (SP) atinge qualidade do ar “muito ruim” pela primeira vez em 2024, de acordo com a Cetesb — Foto: Reprodução ‘Céu cinzento’ Como reflexo das queimadas na Amazônia, a região de Campinas (SP) registra céu “cinzento” e visibilidade. Segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp (Cepagri), a nuvem de fumaça que paira sobre o estado de São Paulo deve se manter até sexta (6), reforçando a necessidade de cuidados com a saúde. “A gente tem três situações bastante importantes e é fundamental que as pessoas se atentem: essa sequência de dias com temperaturas muito elevadas; baixa umidade relativa do ar, que desidrata, resseca e causa desconforto nas vias respiratórias e nas mucosas; e a poluição atmosférica que também reforça esse desconforto e potencializa os impactos negativos para a nossa saúde”, detalha. Campinas continua com tempo seco na quinta-feira, com máxima de 35°C; veja a previsão Como a fumaça chegou à região? 🌬️ Segundo Bainy, o denso corredor de fumaça se moveu em direção ao Sul do país por conta de uma frente fria que passou pelo oceano na segunda-feira (2). “Esse escoamento foi defletido, então canalizou toda a fumaça em direção ao estado de São Paulo, e ocasionou esse céu opaco, mais carregado, parecendo até uma nebulosidade”, explica. Ainda de acordo com o meteorologista do Cepagri, a nuvem continua sobre a região nos próximos dias e pode se intensificar na quinta-feira (5), com a aproximação de uma nova frente fria. “A gente vai ter novamente canalização para o estado de São Paulo desse escoamento atmosférico, então voltando a transportar poluição aqui para cá”. “A gente deve ter essa situação amenizada na sexta-feira devido à passagem da frente fria pelo oceano, mas que deve melhorar um pouco a qualidade do ar em termos tanto da umidade quanto da concentração de poluentes. Até lá a gente vai conviver com esse aspecto na atmosfera”, prevê. O “alívio” maior deve chegar na segunda quinzena de setembro, de acordo com Bainy. A expectativa é que as ocorrências de chuva aumentem até outubro, quando há “mais propriamente a estação chuvosa”. Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri — Foto: Reprodução/EPTV Como se proteger? De forma geral, recomendações simples, como a hidratação e evitar atividades físicas nos períodos mais quentes do dia, são essenciais em períodos de tempo seco. Confira: 🏃🏼♀️ Evitar praticar exercícios e trabalhos ao ar livre no período entre 10h e 16h🏬 Evitar aglomerações em ambientes fechados👁️ Usar soro fisiológico nos olhos e narinas🚰 Umidificar o ambiente por meio de toalhas molhadas, recipientes com água e molhamento de jardins☀️ Permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas🥃 Consumir água à vontade Região de Campinas registrou dia ‘cinzento’ causado por queimadas na Amazônia — Foto: Reprodução/EPTV VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região