Lar Cidades Protetora de animais aluga casa e faz moradia exclusiva para cães vítimas de maus-tratos: ‘vê-los renascer é o que nos move’

Protetora de animais aluga casa e faz moradia exclusiva para cães vítimas de maus-tratos: ‘vê-los renascer é o que nos move’

por admin
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O amor pelos animais move a vida das protetoras independentes Cleusa Ana Nyko, de 54 anos, e Marinete Janasi, de 58 anos. O cuidado com os bichinhos é tão grande que elas alugaram uma casa só para alojar cães resgatados vítimas de maus-tratos e abandonados em Araraquara (SP). Atualmente, 26 animais vivem na moradia exclusivamente canina. O espaço é chamado carinhosamente de Acãochego e lá é realizado o projeto #meadote, no qual os cães resgatados ganham uma nova vida e são colocados para adoção, após passar por tratamento em clínica veterinária. “É um trabalho voluntário e vê-los renascer é o que nos move. Damos o mínimo que devem ter, baseado em respeito, e eles afloram. Mudam pele, pêlos, e o olhar. É gratidão quase palpável que vemos, sabe ?”, afirmou Cleusa, mais conhecida como Tuka. Tuka com a “estrelinha” Lady, uma shitzu resgatada de uma rodovia da região. Ela faleceu em 2022 e foi uma grande companheira da protetora — Foto: Arquivo pessoal Leia outras notícias da região: Dedicação total O trabalho voluntário com os animais começou há mais de 20 anos, mas foi em 2016 que Tuka decidiu realizar o sonho de criar um lar para eles e alugou uma casa ao lado da sua, exclusivamente para eles. Tudo para que os doguinhos tivessem mais espaço, visibilidade e possibilidade de adoção. Quando ela não está no local, monitora os animais por câmeras de segurança. “Sempre gostamos e ajudamos os animais. A casa tem câmera em todos os cômodos e assim, se estiver aqui em casa, consigo monitorar lá”, contou Tuka. Projeto #meadote é realizado no espaço “Acãochego” e tem página nas redes sociais — Foto: Arquivo pessoal Acãochego Além de Tuka e Marinete, um time de voluntárias ajuda a manter o projeto em pé por meio de campanhas e rifas, além da venda de artesanatos feitos por Tuka, que ajudam no custeio do aluguel, luz e água. Contando com a ração, as despesas ficam em torno de R$ 3 mil todos os meses. O projeto conta ainda com uma colaboração dos fornecedores e profissionais que ajudam com descontos e flexibilidade nos pagamentos e uma fotógrafa voluntária faz as imagens que vão para as redes sociais da para divulgar a adoção. Clínicas veterinárias parceiras colaboram na recuperação de animais que precisam de fisioterapia e aplicação de ozônio. A castração são realizadas pela Prefeitura de Araraquara. “Nosso trabalho só acontece com a ajuda de outras pessoas. Seja comprando nossas rifas, bolos, massas, apadrinhando um pet e suas necessidades, comprando meus artesanatos feitos para essa renda, e muito é bancado por nós mesmas”, disse Tuka. Antes e depois A alegria das protetoras é ver a recuperação dos cães. Muitos chegam totalmente debilitados, machucados e desidratados. O antes e depois impressiona. “Temos vários casos que são exemplos lindos de recuperação. Muitos ficam meses ou até anos conosco até serem adotados, mas temos animais há mais de 5 anos aguardando uma família para chamar de sua”, comentou. Antes e depois de um cachorro caramelo. Protetoras dedicam tempo e amor aos animais em Araraquara — Foto: Arquivo pessoal A protetora contou que já adotou cãozinhos que demandam mais cuidados, com problema sérios de saúde. É o caso da Pipa, uma pinscher cardíaca de 12 anos que passou por cirurgia recentemente. “Sabemos que muitos ficarão até um dia partir, por serem idosos, doentes ou estão dentre o perfil que as pessoas adotam menos, como adultos, pretos ou de porte maiores. Alguns acabam morrendo, mas eles foram felizes aqui e conheceram o amor.” Pipa é uma pinscher foi adotada pela Tuka. Ela tem problema cardíaco e passou por cirurgia — Foto: Arquivo pessoal Me adote! Para adotar um cachorrinho, a o possível tutor passa por uma entrevista. Tudo é feito pelo WhatsApp. “Buscamos que o perfil do adotante e do adotado casem, numa busca de sucesso total, nessa caminhada que já tem 15 anos. É importante ser bom para todos. As entrevistas acontecem sem pressa e com muita conversa para depois seguirmos pessoalmente”, disse. A protetora ressaltou que elas acompanham a adoção e se for necessário, e pelo bem do pet, pausam o processo. “Muitos querem adotar por ímpeto ou se condoem pela história momentaneamente, então a pressa não favorece mesmo”, disse. Veja os vídeos da EPTV Central

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