Protetor traz 64 gatos resgatados do RS, que são acolhidos por ONGs de SP

Protetor traz 64 gatos resgatados do RS, que são acolhidos por ONGs de SP

No último domingo (12), após quase 21 horas dirigindo de Gravataí (RS) até São Paulo, Renan Lemos de Oliveira, 39, e Irene Bodnar, 60, estacionaram o Fiat Doblo em frente a uma clínica veterinária em Parada Inglesa, bairro da zona norte da capital paulista. Eles traziam no carro passageiros muito especiais: 64 gatinhos resgatados das enchentes no Rio Grande do Sul. Na calçada, esperavam por eles as veterinárias Fernanda Conde, dona da clínica, e Gabriela Bodnar, além de responsáveis e voluntários da Confraria dos Miados e Latidos e da Enquanto Houver Chance —cada uma das duas ONGs ficou com 32 gatinhos. A viagem começou a ser planejada na terça-feira anterior por iniciativa de Fernanda e Gabriela que, em contato com outros veterinários e protetores do Rio Grande do Sul, conversaram sobre a possibilidade de trazer alguns animais para São Paulo. A ideia era desafogar pelo menos um pouco os abrigos gaúchos, que estão lotados, e levar para lá medicamentos, ração, sachê e outros insumos que eles estivessem precisando. “Entrei em contato com amigos, os amigos foram entrando em contato com outros amigos, e conseguimos formar essa corrente de ajuda”, conta a veterinária Gabriela Bodnar, da clínica veterinária Ajuda Animal, na Vila Nova Mazzei, zona norte de São Paulo. Por ter uma filha pequena e o consultório para cuidar, Gabriela sabia que não poderia dirigir até o RS. Mas com o dinheiro arrecadado por todos os envolvidos na missão, o grupo conseguiu contratar o serviço de Renan Lemos de Oliveira, que é especialista em resgate, transporte de manejo de cães e gatos. Para revezar a direção do carro com Renan, Gabriela convocou sua mãe, Irene, que aceitou a tarefa prontamente. E foi assim que Renan e Irene saíram de São Paulo nas primeiras horas da madrugada de sábado (11) com o veículo carregado de medicamentos, ração e caixas de transporte rumo ao sul do país. No total, a ida e a volta contabilizaram mais de 40 horas de viagem. No município de Gravataí, que fica a 30 km de Porto Alegre, eles encontraram a tosadora Mery Anne, que está atuando na linha de frente dos resgates de animais. Ela e outros protetores e veterinários receberam as doações e entregaram os 64 gatos. “Nós acomodamos os animais nas caixas de transporte da forma que fosse a mais confortável possível para eles, cuidamos da alimentação e checamos como eles estavam durante as paradas. Foi uma aventura, mas foi um trabalho importante para que os veterinários e voluntários de lá possam continuar resgatando outros animais”, afirma Renan. Tatiana Sales, presidente e fundadora da ONG Confraria dos Miados e Latidos, diz que dos 32 gatinhos que o abrigo recebeu, apenas um já estava castrado. “Nós vamos castrar, vacinar e divulgar esses animais nas nossas redes sociais. Caso algum deles tenha tutor, nós vamos providenciar a viagem de volta a entregar o gatinho”, ressalta Tatiana. Nesta quinta-feira (16), Renan e Irene partem para a segunda missão, levando mais doações e trazendo mais felinos para São Paulo. “Falta tudo lá, eles estão vivendo num cenário de guerra”, relata Renan. O leitor pode acompanhar a viagem, o acolhimento dos bichanos e fazer doações para as ONGs por meio das informações divulgadas nas redes sociais da Confraria dos Miados e Latidos (@cmiadoselatidos), da Enquanto Houver Chance (@enquantohouverchance), de Renan Lemos de Oliveira (@rl_resgateanimal) e do Pet da Mery (@petdamery). Siga o blog Gatices no Twitter, Instagram e Facebook. LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

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