Prefeito de São Paulo encontra Francisco: um Papa que a gente pode ter muito orgulho

Na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco recebeu em audiência, na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de duzentos participantes, de várias partes do mundo, do encontro promovido pelas Pontifícias Academias das Ciências e das Ciências Sociais sobre o tema “Da crise climática à resiliência climática”. O encontro, que teve início na terça-feira (15/05), na Casina Pio IV, no Vaticano, se conclui nesta sexta-feira (17/05). O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o cacique Raoni participam do Silvonei José – Vatican News O prefeito Ricardo Nunes após o encontro com o Santo Padre visitou a Rádio Vaticano e conversou com Silvonei José. O prefeito, falando sobre os momentos vividos com o Papa destacou, que foram momentos impressionantes, recordando a capacidade que o Papa tem de acolher, “de ser também uma pessoa tão atenciosa para com nós católicos”. Falando sobre o motivo da sua vida a Roma – e naturalmente o encontro com o Santo Padre -, ou seja, o encontro nas Pontifícias Academias das Ciências Sociais, disse que o mesmo é um encontro que olha para as crises climáticas, mas também sobre a resiliência do clima. O Papa Francisco no encontro desta quinta-feira falou abertamente sobre a mudança climática que se agrava de ano e que estamos vivendo nesse momento. O Santo Padre voltou a falar que a destruição do ambiente é uma ofensa a Deus um pecado que não é só pessoal, mas também estrutural. “Estamos trabalhando para uma cultura da vida ou para uma cultura da Morte? perguntou. “Olha, primeiro gostaria de destacar a fala do Papa, – disse o prefeito Ricardo Nunes – uma fala muito importante; o Papa fazer esse convite para 20 líderes do mundo que tem ações importante de Meio Ambiente, de sustentabilidade, trazer esse debate para o Vaticano, é muito importante. A Igreja sempre teve uma posição, um posicionamento muito forte em vários temas na questão do meio ambiente e o Papa Francisco tem se destacado bastante. Prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, visita a Rádio Vaticano “Então – disse –  tenho a honra de estar dentre os 20 que o Papa convidou para participar desse congresso. Realmente na fala hoje de manhã, ele foi muito objetivo em dizer da necessidade do cuidado da Nossa Casa Maior, da questão do meio ambiente, e que realmente é um pecado você fazer alguma agressão ao meio ambiente”. “O bacana disso é que lá em São Paulo nós não estamos praticando esse pecado. Nós estamos realmente fazendo um trabalho bastante importante, que tem sido exemplo para as outras cidades do Brasil e do mundo, tanto é que na minha apresentação ontem, os demais líderes mundiais que estão nesse Congresso ficaram bem impactados, quando eu pude compartilhar as ações. Porque uma coisa é o discurso, é a fala, e a gente não pode ficar só no discurso e na fala. Tem que partir para a prática. E nós temos em São Paulo práticas concretas com relação à questão da resiliência, com a questão de fazer o enfrentamento das mudanças climáticas. E olhe para o que nós estamos passando no Brasil. A minha cidade não, mas lá no Brasil, no Rio Grande do Sul. Nós estamos lá com milhares de pessoas desabrigadas, uma centena de pessoas que infelizmente perderam suas vidas, uma situação de catástrofe, por conta das mudanças climáticas. Tudo alagado e estamos lá, ajudando”. Vídeo O prefeito falou então dos presentes: “inclusive eu trouxe uma bandeira do Rio Grande do Sul para a benção do Santo Padre e vou encaminhá-la para o Rio Grande do Sul, bem como uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Nós estamos dando o apoio lá, mas também é preciso da benção do Papa, da parte espiritual, é fundamental”. “Eu tenho orgulho como prefeito de São Paulo poder ter participado desse encontro e de ter trazido tantas coisas importantes concretas para a questão das mudanças climáticas. Pedi para abençoar também algumas outras imagens; nós trouxemos uma imagem de São Paulo para ele abençoar, estamos levando para ficar lá na nossa cidade. Duas imagens de Nossa Senhora Aparecida. Uma ficou com o Santo Padre e a outra nós estamos levando de volta ao Brasil para enviar aos irmãos do Rio Grande do Sul. A bandeira do Rio Grande do Sul que o Papa abençoou, a gente vai enviar lá para os irmãos do Rio Grande do Sul, e uma bandeira do Brasil e outra bandeira da cidade de São Paulo, além de uma camisa. Como ele gosta muito de futebol, a camisa da seleção do Brasil, e a camisa do Palmeiras, que é o meu time e que foi autografada pelo Endrick, especialmente para o Papa: “ao querido Papa, ele escreveu e autografou”. É uma camisa do Palmeiras para o nosso Papa que nós deixamos. Também duas maquetes da Vila Reencontro. Vila Reencontro é um projeto para as pessoas em situação de rua. São Vilas que a gente faz para acolher as pessoas em situação de rua, e uma maquete do Pátio do Colégio. Como jesuíta a gente trouxe uma maquete do Pátio do Colégio onde tudo começou, onde nasce São Paulo”. Perguntado sobre como viu o Papa, o prefeito disse que Francisco é muito simpático, muito atencioso, é muito generoso. “E ele reuniu 20 lideranças do mundo, – estava lá o prefeito de Londres, de Paris eu de São Paulo, de Massachusetts, da Califórnia, enfim de todo o mundo – da Ásia da Europa da América do Norte, da América Central da América do Sul. Enfim, diante do mundo inteiro ele fez uma fala muito contundente com muita propriedade alertando para a questão das mudanças climáticas”. “Então, é um Papa que a gente pode ter muito orgulho, porque, evidentemente, a principal função é evangelizar cuidar da igreja, mas sem deixar de ter uma visão de mundo, de olhar os mais pobres de poder chamar atenção para as questões do meio ambiente das mudanças climáticas”. Para o senhor, o que que o senhor leva desse encontro. “Ah, dois terços que ele me deu e uma alegria muito forte. O coração está muito feliz de ver o nosso Papa com muita saúde, apesar da dificuldade de locomoção por conta do joelho. Ele tem uma dificuldade para para se locomover, mas chegou andando, super bem, super animado, muito entusiasmado por uma igreja que está muito forte, e continuará forte e cada vez crescendo mais. “Gostaria de deixa um abraço aqui para o meu Bispo lá, porque senão depois eu arrumo uma confusão, mando um abraço aqui para o Dom José Negri meu Bispo da diocese de Santo Amaro, grande abraço dom José”. A íntegra da entrevista: Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui