Forças de segurança francesas estão se empenhando nesta quarta (15) em uma caçada ao traficante Mohamed Amra, conhecido como “A Mosca”, que protagonizou uma fuga cinematográfica no dia anterior no norte do país. O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que esforços “sem precedentes” estão sendo feitos, com centenas de policiais mobilizados nas operações de busca por Amra e seus comparsas. Nesta quarta-feira, a Interpol emitiu um alerta vermelho contra Amra. A violência da ação dos criminosos chocou o país. Carcereiros fizeram um minuto de silêncio em frente a prisões em diversas cidades, em homenagem aos colegas mortos. Em entrevista à rádio RTL, Darmanin disse que espera a captura de Amra “nos próximos dias”. Sem dar mais detalhes, o ministro afirmou que 450 agentes estão trabalhando nos arredores de onde ocorreu a emboscada. O ataque ocorreu em Val-de-Reuil, no norte da França, a cerca de 100 quilômetros de Paris, e é mais um crime relacionado ao tráfico de drogas, uma ameaça crescente em toda a Europa, o maior mercado de cocaína do mundo. O camburão transportava o traficante de volta para a prisão de Évreux, na Normandia, após uma audiência na cidade de Rouen. Amra, 30, possui uma longa ficha criminal, com 13 condenações, sendo a primeira registrada quando ele tinha apenas 15 anos, segundo a promotora Laure Beccuau. A ação No vídeo, é possível ver um SUV preto colidindo de frente com uma van na saída de uma cabine de pedágio, e logo depois homens armados saem do carro apontando armas automáticas em direção à van, retirando Amra e ateando fogo aos veículos antes de fugir do local. Amra havia sido condenado por roubo no último dia 10 de maio e estava detido na prisão no norte do país. O traficante já havia sido indiciado em Marselha por um sequestro que resultou em morte, disse o escritório da Promotoria de Paris. De acordo com uma fonte policial em Marselha, Amra era um traficante de drogas com vínculos com a poderosa gangue “Blacks” da cidade. Homens armados emboscam camburão que transportava traficante na França e matam dois policiais em 14 de maio de 2024. — Foto: Reprodução/Reuters