Polícia precisa produzir laudos próprios sobre a causa do acidente já que os relatórios do Cenipa não podem ser usados para fins de responsabilização criminal. Foto divulgada pela Polícia Federal mostra o trabalho da perícia na manhã de sábado (9) em Vinhedo — Foto: Polícia Federal O compartilhamento de informações foi iniciado após uma reunião entre delegados e peritos da PF com investigadores do Cenipa, em Brasília (DF), nesta segunda. No encontro, os dois órgãos alinharam de que forma vai ocorrer a investigação conjunta. Diferentemente do Cenipa que apura as causas para apontar melhorias e evitar futuras tragédias, a investigação da polícia busca verificar se existem pessoas que devam ser responsabilizadas criminalmente pela tragédia. Por isso, a PF vai produzir, paralelamente ao relatório final do Cenipa, um Laudo de Sinistro Aeronáutico. Para a produção dele, peritos criminais do Instituto Nacional de Criminalística vão acompanhar todos os exames, ensaios e testes realizados no Cenipa, incluindo análise dos destroços, do motor, das caixas pretas e outros. Segundo a corporação, esse documento é importante porque traz aspectos técnicos e científicos acerca do acidente aéreo que, confrontados com testemunhas, podem indicar se atuações pessoais contribuíram com o acidente. Autorização da Justiça Queda do avião em Vinhedo: imagens inéditas em 3D feitas pela PF no local do acidente O que deve constar no laudo? Foto divulgada pela Polícia Federal mostra continuidade do trabalho de resgate na manhã deste sábado (9), após o desastre aéreo em Vinhedo — Foto: Polícia Federal O Laudo de Sinistro Aeronáutico deve apontar as possíveis causas do acidente a partir da análise de alguns pontos: Uma visão geral concisa do acidente, incluindo principais conclusões e recomendações.Descrição detalhada do acidente;Cronologia: uma linha do tempo com a sequência de eventos que levaram ao acidente;Dados Meteorológicos: condições climáticas no momento do evento, apresentadas em forma de gráficos ou tabelas se necessário;Análise dos fatores humanos: com informações sobre os envolvidos, incluindo suas qualificações, experiência, estado de saúde, avaliação dos procedimentos seguidos e do treinamento recebido.Análise de fatores materiais: resultados das inspeções e manutenção da aeronave com gráficos e fotos. Revisão das certificações e registros de manutenção relevantes.Análise dos procedimentos operacionais: discussão sobre a aderência aos procedimentos operacionais e qualquer desvio.Comunicações: análise das comunicações registradas durante o evento.Aspectos organizacionais como políticas da companhia (procedimentos), avaliação do ambiente organizacional e práticas de segurança.Fatores ambientais: descrição das condições do local de operação e sua relevância para o evento.Interferências externas: identificação e análise de fatores externos que possam ter influenciado o acidente. Tudo o que você precisa saber sobre a queda da aeronave em Vinhedo Cronologia da tragédia A aeronave decolou às 11h56 e o voo seguiu tranquilo até 13h20. O avião subiu até atingir 5 mil metros de altitude às 12h23, e seguiu nessa altura até as 13h21, quando começou a perder altitude, segundo a plataforma Flightradar.Nesse momento, a aeronave fez uma curva brusca. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro – a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros. A velocidade dessa queda foi de 440 km/h.O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o “Salvaero” foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio. Como era o avião que caiu em Vinhedo — Foto: Arte g1 VÍDEOS: veja tudo sobre o acidente aéreo em Vinhedo
PF começa a analisar caixas-pretas e dados técnicos de avião da Voepass que caiu em Vinhedo
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