Papa reforça apelo por trégua olímpica em prefácio de livro que será apresentado no Estádio Olímpico de Roma

Papa reforça apelo por trégua olímpica em prefácio de livro que será apresentado no Estádio Olímpico de Roma

A partir de julho, Paris irá sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos e Francisco pede que a trégua proposta pelas Nações Unidas seja aceita. No prefácio do livro “Jogos de Paz”, de Vincenzo Parrinello, Francisco escreve que as “histórias humanas de redenção e fraternidade” das manifestações esportivas podem ser um “canal diplomático original” e um “antídoto” para pôr fim à violência e à guerra. Andressa Collet – Vatican News O Papa Francisco assina prefácio do livro “Jogos de Paz – A alma das Olimpíadas e Paralimpíadas”, disponível nas livrarias a partir desta quinta-feira (13/06). A obra em italiano é organizada por Vincenzo Parrinello, diretor esportivo italiano e general da polícia ligada às Finanças no país, editada em colaboração com a Athletica Vaticana e a Livraria Editora Vaticana. Nesta quinta (13/06), o Vatican News e os jornais L’Osservatore Romano, do Vaticano, e La Gazzetta dello Sport, da Itália, divulgam o prefácio do Pontífice. Porém, é na segunda-feira, 17 de junho, que o livro será apresentado em uma das salas do Estádio Olímpico de Roma, com a participação de autoridades esportivas italianas e de atletas olímpicos e paralímpicos. A cerimônia será moderada por Alessandro Gisotti, vice-diretor editorial do Dicastério para a Comunicação. Entre os presentes, o cardeal José Tolentino De Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, que também dá sua contribuição à obra, junto a histórias de 85 protagonistas do esporte olímpico e paralímpico. O prefácio do Papa O lançamento do livro antecipa em um mês e meio a abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, na França (26 de juho a 11 de agosto). Já as Paralimpíadas serão realizadas na mesma sede, mas no final de agosto (28 de agosto a 8 de setembro). As manifestações internacionais serão promovidas num “momento histórico particularmente sombrio” do mundo, escreve o Papa no início do prefácio do livro, e por isso mesmo “são uma oportunidade para a paz” e para a trégua olímpica proposta pelas Nações Unidas, de uma semana antes do início dos Jogos de Paris até uma semana após o encerramento das Paralimpíadas: “Sim, hoje a minha esperança é que o apelo por uma trégua desencadeada pela linguagem popular olímpica comum, compreensível para todos, em todas as latitudes, possa ser aceito.” O Papa, assim, acredita que o “autêntico espírito olímpico e paralímpico” com as suas “histórias humanas de redenção e fraternidade” possa ser um “canal diplomático original” e um “antídoto” para pôr fim à violência e à guerra. O próprio Comitê Olímpico Internacional, em 2021, acrescentou a palavra “Communiter”, ou seja, “Juntos”, ao famoso lema olímpico: “Citius, altius, fortius” (“Mais rápido, mais alto, mais forte”), o que foi muito apreciado por Francisco:  “Olimpíadas e Paralimpíadas, portanto, com o estilo ‘Communiter’: nessa perspectiva, a palavra-chave para o esporte, hoje mais do que nunca, é ‘proximidade’. É a primeira sugestão que, como ‘treinador do coração’, sempre proponho à Athletica Vaticana para delinear a essência da sua presença de compartilhamento: correr, pedalar ou jogar junto com todos os esportistas. Colocando junto diferentes talentos também para construir uma sociedade melhor, mais justa. Quando praticamos esportes juntos, não importa a proveniência, o idioma ou a cultura ou a religião de uma pessoa. Isso também é uma lição para as nossas vidas e nos lembra da fraternidade entre as pessoas, independentemente de suas habilidades físicas, econômicas ou sociais.” Dignidade igual a todos atletas Francisco continua o prefácio, enaltecendo a importância de garantir “a mesma dignidade” a todos os atletas olímpicos e paralímpicos, abraçando as diferentes histórias humanas em virtude dos Jogos de Paris. O Pontífice, então, começa citando a prestação de atletas com deficiência – que o deixa sempre impressionado, “embora fortemente feridos na vida” – mas também pensa aos atletas refugiados com as suas experiências de redenção, como da “nadadora olímpica síria que empurra o bote em mar aberto até a ilha de Lesbos – onde estive pessoalmente duas vezes, em 2016 e em 2021, para visitar o campo de refugiados – salvando 18 pessoas”. “Olimpíadas e as Paralimpíadas são oportunidades para a paz”, reitera ao final do prefácio o Papa, ao afirmar que tanto a Santa Sé como ele, pessoalmente, “encorajam e apoiam o movimento olímpico e paralímpico” com a “proximidade” através do Discastério para a Cultura e a Educação e a Athletica Vaticana, por exemplo. Um incentivo que já remonta a época de São Pio X, finaliza Francisco, “que recebeu Pierre de Coubertin e deu vida no Vaticano, entre 1905 e 1913, a eventos esportivos internacionais com a participação de jovens com deficiência, amputados e cegos”. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

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