Na sua conta X @Pontifex Francisco convida, numa mensagem publicada nesta terça-feira, a “repensar as relações” entre indivíduos e povos, abraçando “a lógica do encontro”. Edoardo Giribaldi – Vatican News Que o #Jubileu2025 possa representar para todos, cristãos e não cristãos, uma oportunidade para repensar as relações que nos unem enquanto seres humanos e comunidades políticas; para superar a lógica do confronto, abraçar a lógica do encontro e construir um futuro de paz. É o que escreve o Papa Francisco, nesta terça-feira (14/01), em sua conta X @Pontifex, com a qual alcança milhões de fiéis em nove idiomas. Jubileu, uma oportunidade para “cristãos e não cristãos” A Bula de Proclamação do Ano Santo, Spes non Confundit, tornou explícito o “forte desejo” do Papa de que houvesse uma “celebração ecumênica” durante o Jubileu. O Papa insiste neste “abraço”, abrindo os braços e as portas a “todos, cristãos e não cristãos”. Auspícios que, no decorrer de 2024, foram concretizados nas inúmeras audiências concedidas por Francisco a luteranos, metodistas, delegados de diferentes denominações cristãs e também ao patriarca assírio Mar Awa, trinta anos após a assinatura da “Declaração Cristológica Comum” por João Paulo II e Mar Dinkha IV, que pôs fim a mais de um milênio de controvérsias doutrinárias entre as Igrejas Católica e Oriental. Relações interpessoais e entre comunidades políticas O Jubileu torna-se, portanto, uma oportunidade para ver as relações “que nos unem como seres humanos e comunidades políticas” de uma perspectiva diferente, “olhando nos olhos uns dos outros”, e não “através de telefone celulares”. A este respeito, Francisco contou recentemente, durante a audiência aos religiosos e religiosas da Família Calasanziana, a anedota de um bispo “repreendido” por uma família sentada à mesa para um almoço, para qual ele disse que teria sido “mais agradável” vê-los conversando entre si do que encontrar todos os quatro olhando para seus celulares. Ampliando o espectro, o Papa insiste em repensar os relacionamentos dentro das comunidades políticas. Um “habitar o social, o trabalho” e, de fato, a “política”, sobre a qual Francisco insiste ao falar às novas gerações, futuras defensoras das relações entre povos e culturas diferentes. Falando aos jovens do “Progetto Policoro” da Conferência Episcopal Italiana (CEI), recebidos por ocasião do 25º aniversário de sua fundação, o Papa os convidou a interagir, nestes contextos, sem medo de “sujar as mãos”, chegando a “habitar” até mesmo os conflitos. “Abraçar a lógica do encontro” A paz, dado o contexto internacional atual, esteve no centro de vários apelos do Papa. Uma “loucura”, uma “derrota”, capaz de se insinuar “em todos os lugares”. Essas são apenas algumas das conotações que Francisco deu aos conflitos, contrastando a “lógica do conflito” com a do “encontro”. Em seu último discurso ao Corpo Diplomático credenciado junto da Santa Sé, o Papa falou sobre a “ameaça concreta de uma guerra mundial”, fazendo um paralelo do Jubileu com a ideia de uma “diplomacia da esperança”, tema que orienta o atual Ano Santo “do qual todos somos chamados a nos tornar arautos”. Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui