Ao final da Audiência Geral desta quarta (22/01), Francisco recebeu uma medalha com uma pomba da paz que veio de uma menina de 8 anos que sofre de uma doença, através de Mario Tronca, presidente da Associação Cultural Cristã Ítalo-Ucraniana. Na Sala Paulo VI também estava Giampaolo Matrone que entregou ao Pontífice um livro autografado por ele, que conta sobre o drama vivido em primeira pessoa quando permaneceu sob os escombros e a avalanche de neve por 62 horas em Rigopiano, na Itália. Rosario Capomasi – Vatican News Uma medalha que representa a pomba da paz em um fundo com as cores amarela e azul da bandeira ucraniana. A artista que a criou tem apenas 8 anos de idade, seu nome é Tetyana, e a enviou ao Papa Francisco como agradecimento pessoal por sua constante proximidade com a oração ao seu povo, ainda hoje lembrado junto com todos os outros países em guerra. Esperança em resposta à inutilidade da guerra Um problema de saúde a impediu de estar presente na Audiência Geral de quarta-feira (22/01) na Sala Paulo VI, mas não de confiar o seu “precioso” presente a Mario Tronca, presidente da Associação Cultural Cristã Ítalo-Ucraniana, criada durante o Ano Santo de 2000 a pedido de São João Paulo II, com o objetivo de difundir a cultura da solidariedade e promover a integração entre os dois povos. Um vínculo fortalecido durante o conflito que começou há quase três anos no martirizado país do Leste Europeu. “A menina ainda hoje carrega os danos da guerra em seu corpo”, explica Tronca, “mas o que mais me impressionou é que ela nunca perdeu o sorriso, apesar do trauma que sofreu”. Esse é outro “presente”, talvez ainda mais bonito, dado ao Papa Francisco, que tem enfatizado repetidamente em seus discursos como é doloroso ver os rostos sempre tristes das crianças vítimas da guerra, cujos olhos clamam por ajuda. A mensagem de esperança que Tetyana envia ao Pontífice e a todos por meio de seu sorriso, continua o presidente da associação, “é a resposta mais eloquente à inutilidade de toda guerra, na qual todos perdem. Talvez haja aqueles que perdem menos e aqueles que perdem mais, mas não há vencedor”. As saudações na Sala Paulo VI ao final da Audiência Geral Giampaolo e a tragédia italiana de Rigopiano Sessenta e duas horas preso no hotel Rigopiano, em Abruzzo, na Itália, transformado em um inferno de neve e escombros por uma avalanche que fez 39 vítimas, incluindo a esposa, em 18 de janeiro de 2017. Giampaolo Matrone, 33 anos, de Roma, a última pessoa a ser retirada da avalanche, quis se encontrar com o Papa na manhã de quarta-feira (22/01) para presenteá-lo com o livro que escreveu sobre a tragédia, mas acima de tudo para testemunhar como a esperança enraizada na fé em Deus nunca faz com que as pessoas caiam na resignação. “A primeira coisa que nos deixa naqueles momentos em que as paredes desabam sobre nós é a luz“, explica ele, “e tudo desaparece, mas não aquela ’luz’ em nosso coração”. Depois de mais de dois meses no hospital e cinco cirurgias pelos ferimentos sofridos, ele retomou o controle de sua vida, mesmo com a dor ainda intensa da perda da esposa, recomeçando com a filha Gaia, hoje com 13 anos, e um novo emprego em uma confeitaria em Monterotondo, nos arredores de Roma. “Gostaria que, neste Jubileu centrado na palavra ‘esperança’, todos os peregrinos que vierem à Cidade Eterna meditassem cuidadosamente sobre a força que a crença de que as coisas podem mudar para melhor, mesmo quando tudo parece perdido, pode proporcionar. A vida deve ser vivida em sua plenitude, apesar das tristezas e dificuldades”. A solidariedade do papai Julio As dificuldades enfrentadas por Enzo Cardassi, um adolescente brasileiro de 13 anos do Rio de Janeiro, nascido com uma malformação cardíaca que exigiu uma operação delicada com 1 ano de idade e altos riscos. Hoje ele está praticamente curado e joga futsal no Campeonato “Dente de Leite”, na Tijuca, que conta com a participação dos pais dos atletas como voluntários. “Entrei como uma forma de agradecer a Deus pelo bem feito ao meu filho e agora estou envolvido na doação de produtos de primeira necessidade para famílias carentes e ensinando as crianças a solidariedade com o próximo”, confidencia o pai Julio. A entrega de presentes ao Papa Francisco Um grupo de seminaristas anglicanos na Audiência Em meio à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, um grupo ecumênico de seminaristas anglicanos dos Estados Unidos da América, em visita de estudos a Roma, esteve presente na Audiência Geral. Entre os prelados presentes na Sala Paulo VI estava o bispo de Arezzo-Cortona-Sansepolcro, Andrea Migliavacca, que acompanhou a Associação Carnavalesca Foiano della Chiana, juntamente com o prefeito da cidade toscana. Juntos, eles presentearam o Pontífice com uma estatueta de terracota que o representa. A Audiência Geral deste 22 de janeiro foi realizada na Sala Paulo VI Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui
Papa ganha medalha da paz da Ucrânia e livro sobre a tragédia italiana de Rigopiano
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